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Mercado Financeiro

Impasse sobre o Orçamento continua e tensão aumenta nos mercados

O mercado financeiro retoma os trabalhos nesta quinta-feira, 15, sem que tenha havido avanço algum até agora nas negociações entre governo e Congresso para a solução…

Data de publicação:15/04/2021 às 08:26 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro retoma os trabalhos nesta quinta-feira, 15, sem que tenha havido avanço algum até agora nas negociações entre governo e Congresso para a solução do impasse em torno do Orçamento 2021. Uma peça orçamentária que define quanto o governo poderá gastar ao longo deste ano, sem furar o teto de gastos determinado por lei.

A incerteza política aumenta à medida que os dias correm. O presidente Bolsonaro tem prazo de mais sete dias para sancionar, com vetos ou sem, o Orçamento, tal como aprovado pela Câmara.

Prazo para sancionar o Orçamento termina em sete dias; impasse continua e tensão aumenta nos mercados
Prazo para sancionar o Orçamento termina em sete dias; impasse continua e tensão aumenta nos mercados
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A questão, de acordo com especialistas, é que ao sancionar o Orçamento como está o presidente estaria cometendo crime de responsabilidade. A peça comporta despesas que desrespeitam o teto de gastos e colocariam o presidente na rota de possível pedido de impeachment.

Caso sancione o Orçamento com vetos, o presidente estaria criando caso com parlamentares do Centrão e poderia perder o apoio dos parlamentares desse grupo político na CPI da Pandemia.

Decisões do mercado seguem baseadas no exterior

Enquanto o impasse continua, o mercado financeiro deve seguir tomando decisões mais ligado ao exterior. Como ocorreu nesta quarta-feira e nos últimos dias. Rodolfo Carneiro, sócio e assessor da Valor Investimentos, diz que a alta das empresas exportadoras de commodities deu sustentação, mais uma vez, ao Ibovespa.

De acordo com Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, outro fator externo que manteve a B3 no terreno positivo foi a indicação dada pelo presidente do FED (Federal Reserve, banco central americano), Jerome Powell, de que os juros não sobem tão cedo. Uma perspectiva de alta do juro nos EUA tenderia a provocar reação negativa na bolsa de valores, porque poderia a aumentar a concorrência da renda fixa com o mercado de ações.

Wall Street com futuros em alta 

Os futuros da bolsa de Nova York trabalham no terreno positivo nesta quinta-feira, com uma agenda movimentada de divulgação de informações importantes para a economia do país, como dados sobre pedidos de auxílio-desemprego, vendas no varejo e produção industrial.

Além disso, a temporada de divulgações dos resultados dos bancos segue ao longo do dia. Além do JP Morgan e Goldman Sachs comunicarem seus lucros, hoje foi a vez do Bank Of America (BofA), que obteve receita de US$ 22,9 bilhões, acima da expectativa de US$ 22,1 bilhões.

Além disso, o banco registrou lucro líquido de US$ 8,1 bilhões no primeiro trimestre de 2021, mais do que dobrando ganho de US$ 4 bilhões obtido em igual período do ano passado.

Os analistas seguem digerindo também a divulgação das informações do Livro Bege pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano), que aponta um futuro “mais otimista” para a economia do país do que em meses anteriores.

O presidente do Fed, Jerome Powell, assinalou ainda que os Estados Unidos estão entrando em um período de rápido crescimento e criação de empregos.

Além disso, Powell ressaltou que o ciclo de aperto monetário só começará quando a inflação estiver “moderadamente” acima de 2% por “algum tempo” e a recuperação do mercado de trabalho for substancial. Contudo, o presidente do Fed considera “altamente improvável” que esses resultados sejam alcançados antes de 2022.

Além disso, os investidores seguem monitorando a temporada de balanços em busca de mais dados para suas previsões.

CPI da Covid-19: aprovação e próximos capítulos

O mercado também está atento às repercussões da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na véspera, que confirmou o pedido do ministro Luís Barroso para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a gestão da pandemia pelo governo federal.

No final da noite da última quarta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco afirmou que ainda definirá a data de instalação da CPI, mas garantiu que irá viabilizar o funcionamento da investigação.

A comissão terá um prazo de 90 dias para concluir os trabalhos. Esse período, porém, pode ser prorrogado por decisão de Pacheco. Por outro lado, o Palácio do Planalto tenta adiar ao máximo a investigação, temendo prejuízo político para o presidente Jair Bolsonaro.

Em paralelo, o Tribunal de Contas sinalizou que devem punir o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e seus auxiliares por omissões na gestão da pandemia da covid-19, o que deve ser uma forte contribuição para engrossar o caldo da CPI.

Segundo o relator da ação, ministro Benjamin Zymler, uma das ações de Pazuello foi mudar o plano de contingência do órgão na pandemia, para retirar responsabilidades do governo federal sobre o gerenciamento de estoques de medicamentos, insumos e testes.

Pandemia: quinto dia de mortes acima dos 3 mil

O Brasil registrou 3.462 novas mortes pela covid-19 na última quarta-feira. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 3.012, ficando pelo quinto dia seguido acima dos 3 mil.

Em apenas 14 dias no mês de abril, o número de vítimas fatais provocadas pelo coronavírus ultrapassou a marca de 40 mil pessoas, totalizando 40.294. Pesquisadores e cientistas continuam apontando que será um mês muito complicado da pandemia no País e que as medidas de isolamento precisam ser reforçadas para evitar um cenário pior.

Em termos de vacinação, o número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou a 24.956.272, o equivalente a 11,79% da população total.

O diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mike Ryan, citou nesta quarta-feira, 14, o Brasil como um caso de "perda de controle" na luta contra a pandemia.

Bolsas asiáticas fecham mistas nesta quinta-feira

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, divididas entre a perspectiva de recuperação econômica, após o choque da pandemia da covid-19, e a possibilidade de que a retomada leve à remoção de estímulos monetários e fiscais, em especial na China.

O índice acionário japonês Nikkei teve alta marginal de 0,07% em Tóquio hoje, aos 29.642,69 pontos, sustentado por ações dos setores petrolífero e financeiro.

Enquanto isso, o sul-coreano Kospi avançou 0,38% em Seul, aos 3.194,33 pontos, graças principalmente a papéis de eletrônicos e internet, e o Taiex registrou ganho de 1,25% em Taiwan, aos 17.076,73 pontos.

No fim da noite da última quarta-feira, o BC da Coreia do Sul deixou seu juro básico inalterado na mínima histórica de 0,50% e prometeu manter a postura acomodatícia para apoiar o crescimento.

Já na China continental, o Xangai Composto caiu 0,52% nesta quinta, aos 3.398,99 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,54%, aos 2.206,55 pontos. E em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 0,37%, aos 28.793,14 pontos.

Os últimos indicadores chineses de inflação e comércio exterior mostraram que a segunda maior economia do mundo se mantém em plena recuperação, alimentando temores de que Pequim poderá reverter incentivos monetários e fiscais adotados em reação à pandemia.

Na próxima madrugada, a China irá divulgar números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, assim como dados de produção industrial e vendas no varejo de março.

Por outro lado, a perspectiva de recuperação da economia global, ancorada por China e EUA, abre espaço para apetite por risco em partes da Ásia.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, após dados mostrarem que a taxa de desemprego do país caiu de 5,8% em fevereiro para 5,6% em março. O S&P/ASX 200 avançou 0,51% em Sydney, a 7.058,60 pontos, renovando máxima em 14 meses. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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