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Inflação de agosto
Finanças Pessoais

Ranking de agosto: Bolsa lidera com alta de 6,16%, dólar sobe 0,51%; confira

Bitcoin é novamente o lanterninha e acumula desvalorização de 58% no ano

Data de publicação:31/08/2022 às 20:53 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, emendou o segundo mês consecutivo de valorização em agosto, liderando o ranking de investimentos. Desta vez, com uma alta de 6,16%, a segunda maior em um mês desde janeiro. O dólar, em uma reação de última hora, inverteu a persistente baixa e fechou com alta de 0,51%.

Entre a bolsa e o dólar, no pelotão intermediário do ranking, se destacam os ativos de renda fixa, com o rendimento encorpado pelo ciclo de elevação da Selic. E favorecidos também pela desaceleração da inflação, estimada como inflação negativa ou deflação também em agosto.

ranking
Bolsa de Valores do Brasil sustentou valorização na contramão das principais bolsas globais - Foto: Reprodução

O Ibovespa sustentou valorização em um mês que as principais bolsas globais, americanas e europeias, fecharam o mês negativas. Um desempenho positivo que, para analistas, esteve apoiado na retomada mais forte de fluxo de capital estrangeiro para a bolsa doméstica.

Dados da B3 apontam que o capital externo apresenta um saldo positivo (volume de ingresso de divisas superior ao de retiradas) de R$ 17,98 bilhões em agosto, até dia 29, bastante superior à média dos últimos meses. Esse valor corresponde a cerca de 25% do superávit de R$ 71,74 bilhões de capital estrangeiro acumulado pela B3 no ano.

O fluxo financeiro positivo para a bolsa local expressa, para especialistas, uma visão positiva do investidor estrangeiro em relação à economia brasileira. O País está no fim do ciclo de elevação dos juros e assiste a uma desaceleração da inflação e atividade em alta.

Um quadro diferente do de economias mais avançadas, as europeias e a americana, sob ameaça de inflação e juros em alta. E um desfecho que muitos temem, uma possível recessão econômica

"O Brasil é rota de investimento, porque o ambiente aqui contrasta com o cenário adverso lá fora", afirma Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos.

O investidor estrangeiro voltou a olhar com interesse o Brasil. “O País reúne uma combinação de indicadores positivos, uma atividade em recuperação, que saiu de uma estimativa para 2022 de crescimento zero para os atuais 2%, inflação em queda e ciclo de alta de juros perto do fim”, aponta Bertotti. “Tudo isso traz capital estrangeiro, atrai o investidor de fora não apenas para a bolsa, mas também para a renda fixa.”

Foi esse cenário mais otimista com o País e o fortalecimento do fluxo de ingresso de capital estrangeiro na bolsa e renda fixa que tiraram a sustentação do dólar praticamente ao longo de todo o mês.

Especialistas não disfarçam animação com a melhora do mercado, mas sem abrir mão de dose de cautela. Causa preocupação ainda o cenário global de muitas incertezas, relacionadas à aceleração da inflação e à recessão nas principais economias. E também o quadro doméstico, em que se destaca o risco político, que pode aumentar antes e depois das eleições presidenciais.

A renda fixa continua surfando na temporada de juros altos, beneficiada também pela deflação. Menos os ativos, títulos e fundos de investimento, indexados ao IPCA, que, com a inflação negativa, ficam com rendimento menor e até no vermelho.

O bitcoin, que ensaiou uma recuperação em julho, ao interromper uma longa sequência de quedas, voltou ao terreno negativo em agosto. Dados calculados pelo site Investing.com apontam uma desvalorização de 14,16%, com a criptomoeda cotada por R$ 20.220,90 no fim de agosto.

Confira quanto renderam as aplicações em agosto no ranking abaixo, com dados apurados pelo administrador de investimentos Fabio Colombo.

Ranking dos investimentos

Aplicação/indicadorAgostoEm 2022
Bolsa de Valores - B3 6,16% 4,48%
Fundos Imobiliários (Ifix) 5,76% 6,11%
CDBs*de 1,10 a 1,20% 7,66%
Fundos de Renda Fixa*de 1,09 a 1,19% 7,90%
Fundos DI*de 1,08 a 1,18% 7,99%
Poupança 0,74% 5,04%
Dólar 0,51% -6,71%
Títulos IPCA**de 0,16% a 0,26% 8,57%
IPCA*** -0,33% 4,42%
IGP-M -0,70% 7,63%
Euro -1,18%-17,24%
Ouro -1,72%-13,64%
Bitcoin****-14,16%-57,98%
Fonte: Fábio Colombo

Obs.:

* Média  

** Indicativo  

*** Estimativa 

**** dado calculado pelo site Investing.com 

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.