Ranking de 2022: o ano foi da renda fixa; bolsa e dólar perderam da inflação
O melhor desempenho no ano foi dos fundos DI, 12,82%, e o pior, do bitcoin -65,16%
Nem bolsa nem dólar . O ano foi da renda fixa , que liderou o ranking de 2022, ano permeado por fortes manifestações geopolíticas, felicidade e eleitorais. Levaram vantagem às aplicações remuneradas por juros , beneficiadas pela política monetária durada comandada pelo Banco Central.
O ranking do ano foi liderado pelos fundos DI, com rentabilidade média de 12,82%, de acordo com os cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo. Os fundos de renda fixa vêm em seguida, com rendimento médio de 12,65%. Veja na tabela a seguir:
Aplicação/ Indicado | Rendimento/ Variação |
1 - Fundos DI* | 12,82% |
2 - Fundos de Renda fixa* | 12,65% |
3 - CDB* | 12,24% |
4 - Títulos IPCA** | 11,95% |
5 - Poupança | 7,90% |
6 - IPCA*** | 5,58% |
7 - IGP-M | 5,45% |
8 - Bolsa | 4,69% |
9 - Fundos Imobiliários | 2,22% |
10 - Dólar **** | -5,32% |
11 - Ouro | -8,48% |
12 - Euro**** | -10,76% |
13 - Bitcoin***** | -65,16% |
Obs.:
* média
** indicativo
*** estimativa
**** Até 29/12
***** dado calculado pelo site Investing.com
O ano não foi fácil para a renda variável, notadamente para as bolsas de valores. Além da concorrência da alta dos juros, teve à frente um cenário coalhado de incertezas, a começar pela invasão da Ucrânia pela Rússia.
A guerra no Leste da Europa desencadeou problemas na cadeia de suprimentos e gerou um processo inflacionário global. Fenômeno que colocou os bancos centrais das principais economias do mundo em ação.
A elevação das taxas de juros, sobretudo pelos Estados Unidos e nos principais países da Europa, trouxe a ameaça de recessão, fantasma que ronda a economia global até hoje. Como se não bastasse, a China, a principal compradora de commodities do País, enfrenta novo surto de covid em meio à flexibilização de medidas mais duras para combatê-la.
Cenário doméstico
O cenário doméstico também não foi amigável à Bolsa. A eleição presidencial adicionou estresse aos negócios e maior instabilidade ao mercado de ações. Não apenas pela disputa acirrada e polarizada entre os dois principais candidatos, como também pelas incertezas geradas pelo vencedor, Lula da Silva, em relação à condução da política fiscal.
Enquanto a renda variável apanhou, a renda fixa doméstica nadou de braçadas na onda altista da taxa básica de juros, a Selic. Uma escalada que deslocou a taxa básica para 13,75% ao ano em agosto, nível em que persiste até hoje e, pela expectativa do mercado, ao longo de 2023.
O ciclo de aperto monetário favoreceu duplamente a renda fixa. A escalada da Selic tornou mais robusto o rendimento nominal e a desaceleração da inflação engordou o juro real, acima do IPCA.
No meio do caminho, entre julho e agosto, a economia conviveu ainda com uma variação negativa da inflação ou deflação, com medidas de isenção de imposto que baixaram os preços de combustíveis e energia.
Veja quanto renderam as aplicações em dezembro, também pelos cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo.
Aplicação/ Indicador | Rendimento/ Variação |
1 - Ouro | 4,50% |
2 - Euro | 4,06% |
3 - Dólar | 1,47% |
4 - Fundos DI | 1,07 a 1,17% |
5 - CDB | 1,06 a 1,16% |
6 - Fundos de Renda Fixa | 1,04 a 1,16% |
7 - Títulos IPCA | 0,98 a 1,08% |
8 - Poupança | 0,71% |
9 - IGP-M | 0,45% |
10 - IPCA | 0,43% |
11 - Fundos Imobiliários (Ifix) | 0,00 |
12 - Bitcoin | -2,32% |
13 - Bolsa | -2,45% |
Obs.:
* Até 29/12
** média
*** indicativo
**** estimativa
***** Cálculo do site Investing.com
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