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Economia

Por que o Brasil e Turquia mantêm dólar com preço mais salgado?

A forte queda recente perante o real fez a cotação do dólar sair do valor próximo a R$ 5,50 para a casa de R$ 5,30. Apesar…

Data de publicação:13/05/2021 às 15:23 -
Atualizado 3 anos atrás
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A forte queda recente perante o real fez a cotação do dólar sair do valor próximo a R$ 5,50 para a casa de R$ 5,30. Apesar da melhora, o real é ainda uma das únicas moedas de países emergentes negociada com preços piores antes da pandemia, quando girava no nível de R$ 4,50, chegando a R$ 4,70 em março.

Foto: envato
Analistas não acreditam que o dólar fique abaixo de R$ 5,00 - Foto: Envato

Divisas de países como Chile, África do Sul, México e Colômbia estão em níveis abaixo de onde estavam em 11 de março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde (OMC) passou a classificar oficialmente a situação mundial da covid-19 como pandemia.

Além do Brasil, dentre os países emergentes, apenas a Turquia ainda tem a moeda mais depreciada hoje do que antes da pandemia.

O país turco passou pela troca de toda a equipe econômica do governo local, e choque de juros e ataques contra a lira turca nos últimos meses, devido ao baixo nível de reservas.

Real: longe do nível pré-pandemia

No caso brasileiro, economistas não acreditam que o real volta aos níveis de antes da pandemia tão cedo.

Uma das razões é que o Brasil gastou demais para lidar com a crise, o que deixou a situação fiscal muito pior que em outros países emergente. Porém, como fato positivo, o País tenha tido uma recessão menos severa. Por enquanto, predomina a visão entre analistas de que o dólar deve seguir acima de R$ 5,00.

Mesmo casas que preveem a cotação abaixo desse patamar, projetam a moeda americana em nível não muito aquém, perto dos R$ 4,90.

Dólar abaixo de R$ 5,00?

“Não vejo o dólar abaixo de R$ 5,00”, disse o economista Gustavo Loyola, sócio da consultoria Tendências e ex-presidente do Banco Central.

Em um evento da Genial Investimentos, Loyola disse que, na ausência de eventos externos ou internos inesperados, como mais ruídos políticos em Brasília ou nova piora fiscal do Brasil por causa de gastos contra a pandemia, a moeda deve seguir no curto prazo na casa dos R$ 5,10 a R$ 5,20.

O sócio e gestor da Galápagos Investimento, Sérgio Zanini, afirma que, se de um lado o Brasil teve menor encolhimento da economia, graças a um impulso fiscal na pandemia maior que os demais pares, por outro acabou tendo outras deteriorações, como endividamento do governo, que em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) está bem acima do de outros países emergentes.

O gestor acha que o real continua barato em relação a seus pares, mas não deve voltar a R$ 4,50 tão cedo, embora desde meados de abril tenha tido uma performance melhor que os pares.

Vacinação e risco fiscal

Para o economista sênior para a América Latina da consultoria inglesa Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia, a melhora do real ocorre por uma combinação de fatores externos e internos, que tem feito a divisa ficar mais em linha com os pares, mas ainda mais depreciada.

Em relação ao exterior, segundo Abadia, as condições estão melhorando sobretudo com a elevação dos preços de commodities, por causa da retomada americana, chinesa e, agora, europeia. Isso tem levado o Brasil a registrar exportações recordes.

A expectativa da Pantheon é que, também com os sinais de avanço internamente da vacinação, que ajuda a reduzir a preocupação com o risco fiscal, o dólar recue para algo em torno de R$ 5,15 em seis meses.

A analista de moedas e mercados emergentes do alemão Commerzbank, Alexandra Bechtel, é mais cautelosa e não projeta a divisa americana caindo abaixo de R$ 5,00 em 2021 ou até no ano que vem.

O Brasil, segundo ela, tem “riscos específicos” que tendem a manter o câmbio pressionado, sem que o real se beneficie como deveria da alta dos juros pelo BC, da liquidez mundial e da elevação dos preços das commodities. O banco prevê o dólar a R$ 5,30 em dezembro e R$ 5,00 no fim de 2022. / com Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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