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Por que ações da Pague Menos subiram 9,6% após compra da Extrafarma; analistas opinam

As ações da rede de farmácias Pague Menos subiram com força nesta terça-feira,18, na esteira do anúncio da compra da concorrente Extrafarma, da rede do Grupo…

Data de publicação:19/05/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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As ações da rede de farmácias Pague Menos subiram com força nesta terça-feira,18, na esteira do anúncio da compra da concorrente Extrafarma, da rede do Grupo Ultrapar, por R$ 700 milhões. A ação da Empreendimentos Pague Menos fechou o pregão da B3 cotada por R$ 11,77, uma valorização de 9,59%.

A analista de Varejo da XP Investimentos, Danniela Eiger, afirma que a compra acrescenta valor à Pague Menos, que com a aquisição acelera um plano de expansão em curso. A compra faz da Pague Menos a segunda maior rede de farmácias do País.

Foto: Extrafarma/Facebook
Pague Menos e Extrafarma juntas formam a segunda maior rede de farmácias no País

O negócio é visto como vantajoso para a Pague Menos sob três pontos positivos, de acordo com Danniela: tende a fortalecer a posição da rede em seu público-alvo, a eliminar o risco de um potencial competidor comprar a Extrafarma e, pelo valor interessante pago na aquisição, a implicar um valuation atraente, com bastante espaço para captura de sinergias, já que a Pague Menos tem, em sua própria reestruturação, uma diretriz a ser seguida. 

O estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, diz que apenas o tempo vai deixar mais claro se a estratégia foi bem-sucedida. “A ideia parece ter sido expandir os negócios no Nordeste, onde a Pague Menos e a Extrafarma já têm presença forte, com menos desafios de logística, mesmo com o risco de sobreposição de lojas”, avalia. “O negócio vai deixar as duas mais bem posicionadas frente à concorrência da rede Raia/Drogasil, no médio e longo prazo, para consolidar a posição onde ambas já são fortes.”

A sobreposição de lojas é um ponto da união que preocupa, admite Cruz, mas a reação positiva dos investidores à compra da Extrafarma seria indicação de que o mercado acredita que a Pague Menos conseguirá incorporar as lojas, as marcas, sem grandes dificuldades.

E quais os riscos?

Analistas da XP apontam, em relatório, três principais riscos, do ponto de vista de operacionalização, na transação. Um seria o risco de execução do processo de incorporação, já que a Extrafarma passa por uma etapa de reestruturação, embora a equipe de analistas acredite que a experiência da Pague Menos poderia acelerar esse processo.

Outro seria o de perda de esforços em sua reestruturação, visto que o processo por que passa a Extrafarma demandaria tempo e foco para ser entregue. O que poderia mitigar esse risco, segundo os analistas, é o fato de que as duas empresas têm o mesmo posicionamento e estratégia e, portanto, as iniciativas seriam apenas extrapoladas para a Extrafarma.

Restaria ainda, por último, o risco de aprovação antitruste pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), porque as duas companhias têm forte sobreposição de suas operações. Os analistas da XP não acreditam, porém, em veto do Conselho à operação, porque as duas empresas, juntas, ainda ficariam atrás da rede Raia/Drogasil.

A aquisição poderia adicionar, segundo o relatório da XP, até R$ 3,50 por ação, na suposição de que a Pague Menos capture o topo da estimativa de sinergia com a Extrafarma.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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