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bilionários da Forbes
Empresa

O que fazem os jovens brasileiros que entraram para a lista de bilionários da Forbes este ano

Empresa com muitas inovações é avaliada hoje em US$ 12,3 bilhões

Data de publicação:08/04/2022 às 04:30 -
Atualizado 2 anos atrás
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Entrar para a famosa lista de bilionários da revista Forbes com pouco mais de 20 anos é realmente uma raridade. Este ano, o feito foi conseguido por dois brasileiros: Henrique Dubugras, 26, e Pedro Franceschi, 25.

O que eles fizeram? Fundaram há apenas cinco anos uma fintech, a Brex, e lançaram um cartão de crédito corporativo voltado para as necessidades de startups. As taxas de intercâmbio que os empresários pagam quando os funcionários passam os cartões da empresa constituem quase toda a sua receita.

bilionários
Pedro Franceschi e Henrique Dubugras - Foto: Divulgação

Segundo estimativas da Forbes, a participação deles na empresa, que é de 14% cada um, chega a US$ 1,5 bilhão.

A empresa recebeu vários aportes - o último foi em janeiro, de US$ 300 milhões em uma rodada de financiamento liderada pelas empresas de investimento Greenoaks Capital e TCV (Technology Crossover Ventures), o que lhe garantiu uma avaliação de mercado de US$ 12,3 bilhões, um salto considerável em relação aos US$ 7,4 bilhões de nove meses atrás.

Com sede em São Francisco, a Brex tem o objetivo de romper o mundo dos pagamentos B2B, ainda muito centrado em planilhas. Mas além do cartão, a empresa também lançou novas ofertas de software, como um produto de gerenciamento de despesas e um recurso de pagamento de contas comerciais.

“Se você receber uma fatura em seu e-mail, basta encaminhá-la para nós e pronto, ela é paga”.

Henrique Dubugras, em entrevista à Forbes de seu escritório em Los Angeles

Em maio de 2021, a empresa lançou um dos primeiros programas corporativos de recompensas envolvendo criptomoedas. E com as inovações conseguiu atrair uma enxurrada de capital de risco.

A startup, hoje com uma equipe de mil pessoas, existe graças a uma animada troca de mensagens no Twitter em dezembro de 2012 entre Dubugras e Franceschi sobre as nuances de ferramentas de codificação.

Na época, eles eram estudantes do ensino médio e moravam em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente. O limite de 140 caracteres dos tuítes atrapalhou o debate, então os dois adolescentes migraram para o Skype para seguir com a discussão.

“No Skype, não tinha como brigar muito e nos tornamos melhores amigos”, diz Dubugras. Em 2013, os amigos lançaram no Brasil a startup Pagar.me, que permitia que comerciantes aceitassem pagamentos online. A empresa tinha 150 funcionários quando foi vendida para a Stone.

Depois disso, a dupla inicialmente queria criar contas bancárias para startups sediadas nos EUA, mas optou por cartões de crédito corporativos como uma rota mais viável.

“Que empresa confiaria seu dinheiro a esses brasileiros aleatórios de 22 anos?” brinca Dubugras. “Com cartões corporativos, estávamos lhes dando dinheiro em vez de pedir pelo dinheiro deles.”

Dubugras e Franceschi fundaram a Brex em 2017, depois de deixarem Stanford antes do fim do primeiro ano de faculdade. Dois anos depois, ambos foram destaques da lista 30 Under 30 de finanças da Forbes norte-americana. Até então, a startup havia levantado US$ 213 milhões e era avaliada em US$ 1,1 bilhão.

Em 2019, a Brex também lançou um negócio de contas bancárias corporativas que chamava a atenção de seus fundadores desde o início. A empresa não é um banco, por isso mantém parcerias com LendingClub e JPMorgan Chase.

Novos investimentos na fintech

Ao todo, a dupla garantiu mais de US$ 1 bilhão em capital de risco de investidores como Tiger Global Management, Peter Thiel e o fundador da Affirm, Max Levchin. A empresa diz que sua receita mais que dobrou em 2021, embora não compartilhe detalhes ou comente sobre lucratividade.

O provedor de dados de mercados privados PitchBook estima que a Brex gerou cerca de US$ 320 milhões em receita no ano passado diz que a startup conta hoje com “dezenas de milhares” de clientes corporativos, incluindo empresas como Carta e Classpass.

A startup pretende manter o ritmo em 2022. Com US$ 300 milhões em novos financiamentos, a Brex planeja aumentar o número de funcionários em pelo menos 50%, além de manter dinheiro nos cofres caso haja uma desaceleração do mercado.

O negócio era inicialmente voltado para atender outras startups, mas Dubugras diz que hoje as empresas de médio porte respondem por mais de 60% da base de clientes. Neste ano, ele espera atrair também grandes corporações.

“Acho que é fácil para as pessoas pensarem que já somos bem-sucedidos. Nós somos e não somos. Estamos obviamente felizes com o que alcançamos, mas há muito mais por vir”, conclui. / Texto original Revista Forbes

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