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Banco Inter
Empresa

Nubank vai abrir capital nos EUA, em valor de US$ 100 bilhões, e o Inter sobe 12% em dois dias; entenda essa relação

Está em curso uma acirrada e intensa competição no segmento de bancos digitais. A disputa é protagonizada pelas fintechs, com iniciativas voltadas sobretudo para encorpar a…

Data de publicação:30/08/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Está em curso uma acirrada e intensa competição no segmento de bancos digitais. A disputa é protagonizada pelas fintechs, com iniciativas voltadas sobretudo para encorpar a carteira de clientes, mas os números nada ficam devendo aos de tradicionais bancões. As cifras são bilionárias e até mesmo contadas em dólar. Foi nesse ambiente de crescente competição que o segmento foi sacudido, semana passada, pela notícia de que o Nubank espera abrir capital em bolsa nos Estados Unidos com valor estimado em US$ 100 bilhões.

A novidade, tornada pública pelo jornal Valor Econômico na quinta-feira, provocou agitação dentro da bolsa de valores e fora dela. 

Foto: Reprodução
fachada da Nubank

O Nubank não é ainda uma empresa listada na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, mas a informação de que tem engatilhado uma oferta inicial de ações (IPO, em siga inglesa) no exterior mexeu com os investidores.

Quem pegou carona na novidade da concorrente e se beneficiou dela foi o banco Inter, cujas ações dispararam na Bolsa de Valores de São Paulo. Papeis preferenciais do banco (BIDI11) subiram 4,56% na quinta-feira e 6,97% na sexta, acumulando valorização de 11,95% em dois dias.

Com IPO do Nubank, Inter parece estar descontado

Especialistas dizem que o anúncio do IPO pelo Nubank animou os investidores que correram para as ações do Inter, movidos pela percepção de que, na comparação com os números projetados pelo ambicioso plano do Nubank, os papeis do Inter estavam supostamente descontados, ou seja, baratos.

Fontes de mercado afirmam que a fintech brasileira pretende chegar à bolsa americana valendo aproximadamente US$ 100 bilhões ou cerca de R$ 520 bilhões pela cotação do dólar na sexta-feira.

Especialistas lembram também que outra motivação para o alento com as ações do Inter, além do valor de mercado pretendido, é que as ações preferenciais do banco (BIDI) participarão da carteira do Ibovespa, o principal índice da B3, a partir de setembro.

A escalada das ações do Inter nos dois últimos dias se seguiu também ao anúncio do banco, feito na noite de quarta-feira, 25, de que liberou R$ 3 bilhões para aumentar o limite de cartão de crédito para 1 milhão de clientes e ampliou o cashback, programa que devolve ao cliente um porcentual do valor gasto em compras com cartão.

Para especialistas, os dois eventos - o IPO do Nubank e as novas iniciativas do Inter - ajudaram a impulsionar as ações do banco Inter. Flávio de Oliveira, head de Renda Variável da Valor Investimentos, vai além e atribui a valorização do papeis do Inter ao movimento dinâmico das fintechs. “O segmento passa por um ritmo de crescimento exponencial, que não deve ser associado apenas à iniciativa do Nubank.”

Transformação no setor é estrutural

“O movimento em curso é muito mais profundo, caracterizado por uma transformação estrutural do setor, em que os bancos digitais ou fintechs estão abocanhando o market share dos bancões.” Para Oliveira, o caso Nubank pode ser considerado um exemplo emblemático do que está acontecendo no mercado de fintechs, em que a trajetória da XP faz parte de um dos capítulos dessa história de expansão do segmento.

Os grandes e vistosos números de algumas fintechs, vinculados a valores para crédito e número de contas, por exemplo, tendem a empolgar os investidores, mas devem ser avaliados com cuidado e até certa reserva, de acordo com especialistas. “O ponto principal se refere à lucratividade real das fintechs. É preciso ver o impacto desses números mirabolantes nas receitas, se eles estarão refletidos em dados positivos de balanços”, alerta Oliveira.

O head de Renda Vaiável da Valor Investimentos diz que o investidor precisa acompanhar de perto se os bancos digitais estão entregando os resultados que prometem, porque nem sempre o plano ambicioso de expansão se reflete em bons resultados. “Muitas fintechs que estão aí crescem em número de clientes e valores, porque os juros estão baixos, mas não dão os lucros esperados.”

A dúvida para ele, portanto, é saber se esse ritmo de crescimento se sustentará em um cenário de juros mais altos. “São esses os pontos que o investidor, animado com alguns números exibidos pelos bancos digitais, precisa avaliar antes de comprar ações de fintechs.”

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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