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Mercado Financeiro

Nesta semana, mercado está atento na ata do Fed sobre juros americanos

Investidores estão atentos a qualquer sinalização sobre mudança na política monetária dos EUA

Data de publicação:05/07/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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O principal foco de atenção do mercado financeiro, local e global, nesta semana é um evento que ocorre na quarta-feira, 7, nos Estados Unidos.

Nesse dia, às 15h, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulga a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) ocorrida há quase duas semanas - em 16 de junho - na chamada Super Quarta, para a definição dos juros americanos.

Na ocasião, o Fed não decidiu alterar o juro de curto prazo – a taxa dos fed funds ficou mantida entre zero e 0,2% ao ano - mas surpreendeu com uma sinalização de que antecipará para 2023 o aumento de juros previsto inicialmente para 2024.

Acenou também que pretende ajustar o juro em duas rodadas de alta daqui a dois anos. A justificativa, segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, seria a inflação que pode ser mais persistente que o esperado.

Mercado financeiro segue em compasso de espera com a divulgação da ata do Fomc - Foto: Divulgação

A surpresa com a indicação do Fed provocou instantaneamente uma forte queda na Bolsa e alta do dólar, um movimento que durou pouco. Suficiente, contudo, para reforçar o interesse do mercado para saber se a ata virá na linha do reajuste sinalizado para 2023 e alguma pista ou fato novo sobre a política monetária dos EUA.

À espera da ata, a perspectiva é que o mercado financeiro comece a semana mais cauteloso, sem iniciativas para grandes decisões, de acordo com analistas e especialistas. Uma ata sem novidades, sobre inflação e juros, em relação aos pronunciamentos pós-reunião do Fed em junho tenderia a manter o mercado em sua rotina, embora em alerta.

Especialistas dizem que, diante do cenário de preocupação global com a inflação, uma ata com mensagem mais branda não seria suficiente para o mercado baixar a guarda.

Um sinal de alta dos juros americanos causa desconforto aos mercados, sobretudo ao de ações, porque um aumento de atratividade da renda fixa americana atrai capitais alocados em mercados de outros países, especialmente em bolsas de valores.

Um movimento de saída de capitais que, pela pressão que exerce no câmbio, leva também à valorização do dólar perante às moedas locais.

Juros lá fora e inflação por aqui

A divulgação da ata do Fomc é o evento mais esperado da semana, mas não o único. Principalmente na agenda doméstica, que tem nesta segunda-feira, dia 5, a divulgação de uma nova edição do boletim Focus, com projeções atualizadas do mercado sobre os principais indicadores econômicos.

Na quarta-feira, dia 7, o IBGE divulga os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que podem influenciar os ânimos na Bolsa, dado que o setor varejista é uma das principais apostas dos investidores, como consequência do avanço da vacinação contra a Covid e perspectiva de reabertura e retomada da atividade econômica.

No dia seguinte - quinta-feira, 8 - serão conhecidos dois índices de inflação de junho, um mais representativo sinal de preços no atacado, o IGP-DI, e outro com peso maior de preços ao consumidor, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Já sob influência do aumento na bandeira vermelha da conta de energia elétrica, a inflação oficial calculada pelo IBGE está estimada em torno de 0,65%.

Atento aos indicadores, o mercado financeiro tende a dedicar maior atenção também, segundo especialistas, ao dia a dia de depoimentos na CPI da Covid, no Senado, e às repercussões políticas dos trabalhos da comissão no centro do poder.

NY: bolsas fechadas

No cenário externo, as bolsas de Nova York estão fechadas por conta do feriado do Dia da Independência do país. Os contratos futuros seguem sem atividade.

Segundo publicação da Capital Economics, analistas e o mercado voltarão suas atenções sobre qual será a postura do Fed para a retirada de estímulos, com alguns especulando que o movimento possa ocorrer de forma adiantada, diante do quadro de recuperação.

No último final de semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país já administrou mais de 300 milhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus, e que seu programa de pagamentos de US$ 1,4 mil para cidadãos adultos já alcançou mais de 169 milhões de norte-americanos.

Em postagem no Twitter, Biden também afirmou que o país adicionou mais de três milhões de empregos à sua economia. "Percorreremos um longo caminho. Isso é apenas o começo".

De acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal The Washington Post e divulgada na véspera, Biden conta hoje com aprovação de 50% dos norte-americanos. Em abril, 52% aprovavam o governo de Biden. Entre os ouvidos em junho, 42% disseram desaprovar a administração atual, mesmo porcentual de abril.

Sobre a condução da situação da pandemia de covid-19 no país, 62% dos entrevistados disseram aprovar a política do governo, ante 64% em abril, enquanto 31% afirmaram desaprová-lo. 

CPI da Covid: Ricardo Barros e Bolsonaro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado segue com novos desdobramentos de sua investigação e acompanhada de perto pelo mercado.

O colegiado irá votar na próxima terça-feira, 6, a quebra de sigilo do líder do governo Ricardo Barros. O deputado federal teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro como responsável por um suposto esquema de corrupção na aquisição da vacina indiana Covaxin, de acordo com o deputado Luis Miranda (DEM-DF).

Na terça-feira, os senadores também irão decidir se Miranda terá seu sigilo quebrado. A pauta da comissão inclui também o depoimento da servidora Regina Célia Silva Oliveira, que foi apontada como indicada por Barros para seu cargo na Saúde. 

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de mandado de segurança, que seu depoimento ao colegiado seja mantido na próxima quinta-feira, 8.

Pelo Twitter, Barros afirmou estar sendo "impedido" de exercer sua ampla defesa por "abuso de poder da CPI" para atacar sua honra. "Quero falar à CPI e ao Brasil o quanto antes", disse ele.

Na noite da última sexta-feira, 2, a ministra Rosa Weber, do STF, autorizou a abertura do inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação por supostamente não ter comunicado aos órgãos de investigação indícios de corrupção nas negociações para a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

Em uma decisão de sete páginas, a ministra afirma não ver 'óbices' à instauração da investigação. "Estando a pretensão investigativa lastreada em indícios, ainda que mínimos, a hipótese criminal deve ser posta à prova", escreveu.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, num dia de liquidez reduzida por um feriado nos EUA e apesar de dados fracos da atividade econômica chinesa.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,44%, aos 3.534,32 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,74%, aos 2.414,40 pontos, com ganhos liderados por ações de setores industriais.

O apetite por risco se manteve nos mercados chineses mesmo após pesquisa mostrar que o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços chinês diminuiu para 50,3 em junho, tocando o menor nível em 14 meses e ficando bem próximo da marca de 50, que indica estagnação.

A queda veio em meio a um aumento em novos casos de covid-19, o que prejudicou a demanda por viagens.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,35% em Seul hoje, aos 3.293,21 pontos, e o Taiex registrou ganho mais expressivo em Taiwan, de 1,18%, aos 17.919,33 pontos.

Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,64% em Tóquio, aos 28.598,19 pontos, pressionado por ações de telefonia móvel e da área farmacêutica, enquanto o Hang Seng recuou 0,59% em Hong Kong, aos 28.143,50 pontos, influenciado por papéis de tecnologia.

O volume de negócios na Ásia e em outras partes do mundo tende a ser menor nesta segunda devido à comemoração do feriado da Independência nos EUA, que manterá os mercados locais fechados.

Investidores da região asiática também acompanham discussões de produtores de petróleo da Opep+, que desde a semana passada está num impasse sobre seus planos de oferta para este e o próximo ano. As conversas vão ser retomadas hoje.

Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão em alta marginal, sustentada por ações de petroleiras. O S&P/ASX 200 avançou 0,09%, aos 7.315,00 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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