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Fundos de Investimentos

‘Monstro do Leblon’ perde R$ 7,14 bilhões com derretimento do Banco Inter

Flávio Calp Gondim, o maior perdedor da Bolsa em 2020, ataca novamente

Data de publicação:24/11/2021 às 21:54 -
Atualizado 3 anos atrás
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O maior perdedor da Bolsa no ano passado atacou novamente. O carioca Flávio Calp Gondim, apelidado no mercado financeiro como o "Monstro do Leblon", tamanho o seu apetite pelo risco, perdeu nos últimos quatro meses um patrimônio de R$ 7,14 bilhões.

Godim é dono do fundo Ponta Sul, um fundo de ações bilionário que opera alavancado e que tem, como uma das maiores posições de carteira, o Banco Inter (BIDI11). O Monstro do Leblon é dono de 12% dos papeis do banco, segundo formulário de referência da instituição. E é justamente por isso que o seu fundo vem sofrendo tanto.

Monstro do Leblon: Fachada do banco Inter em SP
Fachada da sede do banco Inter - Foto: Banco Inter/Divulgação

Como boa parte das fintechs espalhadas pelas bolsas, o Banco Inter vive um inferno astral. Em duas semanas, as ações do banco caíram mais de 20% na B3. E o valor de mercado da empresa saiu de R$ 43,9 bilhões, em 28 de setembro, para atuais R$ 29,9 bilhões.

Segundo especialistas, o momento difícil das fintechs tem relação direta com a esperada aceleração no aumento dos juros dos Estados Unidos. Essas empresas operam no prejuízo e precisam do capital do investidor para financiar suas operações. Com a perspectiva da renda fixa americana pagando bem, os investidores estariam de saída dessas aplicações de alto risco por um porto-seguro com rendimentos.

No caso de Flávio Calp Gondim, ele viu o patrimônio líquido do seu fundo despencar de R$ 9,44 bilhões, no dia 19 de julho de 2021 (o ponto mais alto de seus investimentos), para atuais R$ 2,30 bilhões.

Fundo Ponta Sul, que administra o patrimônio do 'Monstro do Leblon'

Prejuízo

No ano passado, o Monstro do Leblon perdeu cerca de R$ 5 bilhões entre janeiro e março. Passou 2020 inteiro remando para se recuperar e esse ano estava esnobando rentabilidade.

Mesmo agora, com esse derretimento bilionário, o fundo Ponta Sul permanece no azul, em alta de 14,57% em 12 meses. Está certo que o índice de volatilidade estourou para 115,60% em igual período e índice de Sharpe é de módico 0,10.

Monstro do Leblon

Apesar de arrojado nos investimentos, Flávio Godim é um carioca de meia idade recluso. Ele mora no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, dai seu apelido, mas não tem muito relacionamento com a comunidade de investidores que se estica pelo calçadão do bairro imponente.

Sobre o autor
Renato Jakitas
Editor-chefe do Portal Mais Retorno.