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Dia D para Orçamento: mercado atento ao prazo para Bolsonaro sancionar, ou não, a lei orçamentária
Mercado Financeiro

Mercado: investidores atentos ao Orçamento e Cúpula do Clima nesta quinta-feira

O mercado financeiro retoma os negócios nesta quinta-feira, 22, após o feriado de Tiradentes. Serão cumpridos dois dias trabalho que, em tese, não prometeriam surpresa, cumpridos…

Data de publicação:22/04/2021 às 08:04 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro retoma os negócios nesta quinta-feira, 22, após o feriado de Tiradentes. Serão cumpridos dois dias trabalho que, em tese, não prometeriam surpresa, cumpridos só para o fechamento da semana.

Contudo, hoje termina o prazo legal para que o presidente Bolsonaro sancione o Orçamento 2021, o que mantém os investidores atentos ao assunto e à participação do chefe do Executivo na Cúpula do Clima, na qual o País recebe as atenções do mundo por conta do desmatamento da Amazônia e tentativa de acordo com os Estados Unidos.

Mercado está na expectativa de aprovação, com veto ou não, do Orçamento 2021 pelo presidente Jair Bolsonaro - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A aprovação é vista como o último capítulo de uma novela que gerou crise entre Poderes e se arrasta há meses.

Apesar do acordo feito com o Congresso, que trouxe um pouco de calma para o mercado, e que foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na véspera, isso não significa que o ambiente de um pouco mais de tranquilidade no mercado esteja assegurado, afirma Fernanda Consorte, economista-chefe do banco Ourinvest.

“O foco do mercado continua voltado ao Orçamento. Podem vir novos capítulos dessa novela, e os investidores reagirão de outra forma se vier surpresas.” 

Uma solução bem encaminhada para a lei orçamentária, sem artifícios para burlar o teto de gastos ou a Lei de Responsabilidade Fiscal, é considerada condição necessária para que o mercado não reaja negativamente às incertezas, já grandes, com o equilíbrio fiscal.

Embora o dólar venha de seguidas quedas, especialistas em câmbio consideram a moeda americana fora de lugar. Um dos motivos seria a insegurança fiscal, aponta a economista-chefe do banco Ourinvest.

“A taxa de câmbio ainda embute muito risco Brasil, diante do cenário bastante desafiador em muitas áreas, principalmente a fiscal.”

O adiamento da instalação da CPI da Pandemia para a próxima semana pode contribuir para um ambiente momentaneamente mais morno aos mercados, prevê Fernanda.

“Mas o início dos trabalhos de investigação sobre as ações do governo nessa pandemia tem tudo para passar a movimentar e influenciar os negócios no mercado financeiro”, destaca.

Brasil no centro da Cúpula do Clima

Os investidores mantém os olhos voltados hoje para a Cúpula do Clima, que reúne vários representantes de países, incluindo o Brasil, que está no centro das atenções do mundo por conta dos problemas com a preservação do meio ambiente.

Em oportunidade de discursar durante três minutos, o presidente Jair Bolsonaro deve anunciar o compromisso de seu governo de antecipar a meta de redução do desmatamento ilegal no País e proporcionar um aumento dos recursos públicos para reforçar a fiscalização ambiental.

Segundo especialistas, o País deve passar por um constrangimento, pois a situação continua fora de controle. Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já vem recebendo alguns pedidos contra a realização de um acordo com o presidente Bolsonaro.

Uma carta aberta na qual 36 artistas, incluindo o ator Leonardo DiCaprio, além de manifestação dos senadores democratas e até de organizações brasileiras solicitam a Biden que não conclua negociações com Bolsonaro.

Na véspera, várias personalidades no Brasil fizeram na véspera uma manifestação no Twitter pedindo a saída do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com a hashtag #ForaSalles, o que se tornou um dos assuntos mais comentados da plataforma.

No entanto, o presidente, em almoço com vários ministros, demonstrou seu apoio à permanência de Salles no cargo.

Orçamento 2021: Bolsonaro aprova acordo

Como parte das negociações para resolver o impacto do Orçamento deste ano, o presidente Jair Bolsonaro sancionou na véspera a lei que vai destravar o lançamento de programas emergenciais de combate à covid-19 e tirar o gasto nessas ações da meta fiscal de 2021, que permite rombo de até R$ 247,1 bilhões.

O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial apenas dois dias após a aprovação do projeto pelo Congresso Nacional.

Segundo Filipe Teixeira, sócio da Wisir Investimentos, a rapidez se deve à necessidade de dar respaldo legal ao lançamento dos programas, aguardados com ansiedade pelo setor empresarial, e também de dar à equipe econômica instrumentos para solucionar o problema das despesas subestimadas do Orçamento.

A lei altera a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2021 para descontar do cálculo da meta fiscal deste ano os gastos emergenciais com saúde, o programa de manutenção de empregos e o programa de crédito a micro e pequenas empresas, o Pronampe.

Covid-19: empresários pedem reforço na vacinação

O volume de casos de mortes por covid-19 segue elevado no País. Segundo dados do consórcio de imprensa, o Brasil registrou 3.157 novos óbitos pela doença na véspera.

A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, afirmou em entrevista coletiva na última quarta-feira, que “após meses, o Brasil reporta queda nos casos”.

Porém, ela advertiu que o nível de casos segue “alarmantemente alto” e mencionou o fato de que algumas administrações estão se apressando para relaxar medidas de controle, o que pode leva a uma nova piora da pandemia no País.

Na última terça-feira, em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com o presidente Jair Bolsonaro e cerca de 10 ministros, os empresários ressaltaram a importância da vacinação da população, de um bom ambiente econômico para haver investimentos e das reformas estruturais.

Na ocasião, Bolsonaro disse a eles que a vacinação é fundamental para que o País volte a crescer com mais velocidade.

"O Brasil não parou. Fizemos muita coisa no ano passado, desde a gestão Pazuello, e as vacinas são uma realidade hoje. Não temos medo de CPI, mas espero que essa ação não prejudique o nosso trabalho", afirmou o presidente.

Após uma paralisação de cerca de 10 dias, o Instituto Butantan retomou a produção da vacina Coronavac com o carregamento de IFA que chegou da China na última segunda-feira. De acordo com o governo do Estado, a próxima entrega ao Plano Nacional de Imunização (PNI), com 5 milhões de doses, está prevista até a primeira semana de maio.

Em paralelo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na véspera que todos os grupos prioritários podem ser imunizados contra a covid-19 antes de setembro.

Wall Street de olho em novos balanços corporativos

Os contratos futuros negociados nas bolsas de Nova York operam próximos da estabilidade nesta quinta-feira, com investidores se concentrando nas perspectivas de lucros da temporada de balanços, em meio a continuidade da recuperação econômica.

Apesar da redução da cautela, os riscos da pandemia de covid-19 para a recuperação econômica continuam no radar. De acordo com a imprensa local da Índia, o país registrou nas últimas 24 horas o recorde de 2.023 mortes pela doença.

Nos Estados Unidos, apesar da alta recente no número de novos casos de infecção por coronavírus, a vacinação tem avançado. O presidente americano, Joe Biden, divulgou na véspera que o país aplicou 200 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 nos 100 primeiros dias de seu governo.

Biden lembrou que a meta inicial, de aplicar 100 milhões de doses do imunizante contra o coronavírus, foi alcançada 58 dias após sua posse como presidente, o que permitiu dobrar a aposta. "Conseguimos", comemorou.

Por outro lado, assim como o Brasil é foco de apreensão em relação à covid-19 no mundo, a Índia também passou a ser foco de preocupação. Nas últimas 24 horas, o país contabilizou mais de 314 mil casos da doença, um recorde global.

Reunião dos Bancos Centrais Europeus é aguardada pelo mercado

Enquanto isso, os Bancos Centrais Europeus se reúnem nesta quinta-feira. A expectativa do mercado é que eles mantenham sua política econômica inalterada, confirmando que as compras de ativos sob seu programa de pandemia ocorrerão em um ritmo mais rápido até o mês de junho.

De acordo com Teixeira, da Wisir, a reunião será de particular interesse depois que o Banco do Canadá se tornou o primeiro grande banco a sinalizar que reduzirá as compras de ativos e aumentará o cronograma esperado para possíveis aumentos de taxa.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira após um dia de recuperação em Nova York e apesar de temores causados pela disseminação da covid-19 em partes do mundo.

Em Tóquio, o Nikkei saltou 2,38%, aos 29.188,17 pontos. O índice, que havia acumulado fortes perdas nos dois pregões anteriores em meio a preocupações com um novo surto de coronavírus no Japão, foi impulsionado hoje por ações dos setores químico e farmacêutico.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,47% em Hong Kong, aos 28.755,34 pontos, e o sul-coreano Kospi subiu 0,18% em Seul, aos 3.177,52 pontos.

Na China continental, os mercados ficaram mistos: o Xangai Composto recuou 0,23%, aos 3.465,11 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,48%, aos 2.288,18 pontos. Em Taiwan, o Taiex registrou perda de 0,61%, aos 17.096,97 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul hoje, com alta de 0,83% do S&P/ASX 200 em Sydney, aos 7.055,40 pontos. /com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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