Mercado internacional: além da decisão do Fed, o que você precisa saber nesta quarta-feira

Enquanto o mercado global aguarda com expectativa a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a política monetária dos EUA às 15h (horário de Brasília), o Banco Central Europeu (BCE) comunicou que a autoridade monetária criará um instrumento para mitigar os riscos de fragmentação na zona do euro.

Além da nova ferramenta, a autoridade monetária decidiu também adotar flexibilidade nos resgates a vencer do Programa de Compras de Emergência de Pandemia (PEPP, na sigla em inglês), com o objetivo de preservar o "funcionamento do mecanismo de transmissão monetária".

Na nota, a instituição reforça que, desde o início do processo de normalização monetária, em dezembro de 2021, comprometeu-se a atuar contra riscos ressurgentes de fragmentação.

"A pandemia deixou vulnerabilidades duradouras na economia da zona do euro que estão de fato contribuindo para a transmissão desigual da normalização de nossa política monetária entre as jurisdições", ressalta o texto.

BCE, em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 15

O encontro emergencial acontece quase uma semana após a reunião regular do BCE, que na ocasião deixou juros inalterados, mas sinalizou que pretende elevá-los em julho e setembro.

Desde então, os rendimentos de títulos soberanos de países mais endividados, como a Itália, disparam em meio a preocupações com o aumento nos custos de empréstimos. Os retornos nessas economias subiram muito mais que os de governos mais ricos, processo conhecido como fragmentação.

EUA: novos dados econômicos antes da decisão monetária

Em Wall Street, os investidores digerem os últimos dados econômicos do país antes de tomar conhecimento sobre a nova taxa de juros americana.

Segundo o Departamento do Comércio, as vendas no varejo caíram 0,3% em maio, na comparação com abril, somando US$ 672,9 bilhões, após ajustes sazonais. O resultado contrariou a previsão de alta de 0,1% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

O resultado de abril foi revisto para uma alta de 0,7% frente ao mês anterior, de um avanço de 0,9% antes informado.

Já a distrital do Fed de Nova York reportou que o índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, subiu de -11,6 em maio para -1,2 em junho

O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta do indicador a 0 neste mês.

Em junho, cerca de 28% dos entrevistados disseram que as condições de negócios melhoraram ao longo do mês, enquanto 29% disseram que as condições se deterioraram. / com Agência Estado

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