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Mercado Financeiro

Mercado financeiro reage com preocupação à ordem de instalação da CPI da pandemia nesta segunda-feira

O mercado financeiro dá início às suas atividades nesta segunda-feira, 12, mantendo a preocupação com os avanços da CPI do coronavírus, os próximos capítulos do Orçamento…

Data de publicação:12/04/2021 às 08:01 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro dá início às suas atividades nesta segunda-feira, 12, mantendo a preocupação com os avanços da CPI do coronavírus, os próximos capítulos do Orçamento 2021 e o avanço da pandemia.

Além disso, os analistas também estão atentos à divulgação logo mais do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Mercado financeiro segue de olho nos desdobramentos da CPI do coronavírus, Orçamento 2021 e pandemia: novos capítulos desses temas podem azedar o humor nesta segunda-feira

Para os analistas, é uma informação que os ajuda a acompanhar a trajetória da economia do país e traçar novas estimativas.

CPI da covid-19 e Orçamento 2021: novos capítulos prometem mais apreensão para o mercado

 No âmbito político, o pedido de instalação da CPI da covid-19, feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), deve continuar rendendo apreensão para o mercado financeiro ao longo da semana, cujos próximos capítulos podem agravar ainda mais a crise política no país. E dividindo as atenções com o Orçamento 2021.

Desde a divulgação da decisão do STF, o governo trabalha para enfraquecer o assunto. O presidente Jair Bolsonaro disse, no último final de semana, que prefeitos e governadores devem ser investigados pela mesma comissão e pretende desgastar ministros do STF com a tramitação e pedidos de impeachment no Congresso.

O senador Carlos Viana, vice-líder do governo, também tenta coletar assinaturas para uma CPI que investigue a interferência entre Poderes e dali saia um pedido de impeachment contra o próprio ministro do STF, Luiz Barroso.

Com tudo isso, não está claro ainda quando será instalada a CPI e tampouco quem será o relator da comissão, mas a determinação de Barroso foi suficiente para elevar o clima de insegurança e azedar o humor do mercado.  “A CPI pode provocar mais ruídos do que muita gente pensa”, comenta Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

O temor é que o possível foco na CPI desvie a atenção de parlamentares de outras questões importantes, como a retomada da agenda de reformas econômicas, afirma Cruz. “A CPI diminui a chance do governo de avançar nas reformas, paradas no Congresso, uma retomada esperada após a solução do impasse que cerca o Orçamento.”

Em relação ao Orçamento, o presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado inclinação para aprovar a lei orçamentária seguindo os direcionamentos do ministro da Economia, Paulo Guedes: aprovar a lei orçamentária com vetos. Porém, há uma certa apreensão de que isso pode colocar ainda mais tempero no imbróglio político do país.

Pandemia segue em descontrole no país

O número de mortos pela covid-19 se mantém em rota de subida, batendo recordes diários. Na véspera, quando o volume costuma a ser mais baixo, o Brasil registrou 1.824 novos óbitos, domingo de maior registro de mortes desde o início da pandemia do coronavírus. A marca anterior mais alta ocorreu há duas semanas, com 1.605 mortes.

Enquanto isso, a vacinação segue em ritmo lento no país, e ainda correndo o risco de ser paralisada por conta da falta de insumos. Segundo dados do consórcio de imprensa, o número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 corresponde a 10,9% da população total, o que representa mais de 23 milhões de pessoas.

Isso levanta a sensação de incerteza dos investidores sobre quando acontecerá um processo de reabertura e retomada econômica mais intensa.

No Orçamento 2021, a crise sanitária segue não sendo protagonista. A saúde perdeu espaço nas emendas parlamentares, apesar da pandemia.

Nos investimentos diretos, o setor ficou com apenas 14% das emendas, enquanto as obras do Ministério do Desenvolvimento Regional, que engloba recursos para obras e projetos de interesse eleitoral, abocanharam 40%.

Mercado externo: Nova York com os futuros em baixa moderada

No cenário externo, a semana iniciou nesta segunda-feira com os contratos futuros negociados na Bolsa de Nova York registrando perdas moderadas, com os investidores avaliando uma recuperação desigual, contra a última perspectiva otimista do presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano), Jerome Powell.

O rendimento dos Treasuries manteve o avanço da última sexta-feira, por conta dos dados de inflação dos preços ao produtor terem vindo mais fortes do que o esperado.

Para o analista da Wisir Research, Filipe Teixeira, os investidores em títulos estão de olho na próxima rodada de leilões do governo americano como um catalisador potencial para outro rali. Os Estados Unidos venderão títulos do Tesouro de três, 10 e 30 anos no início desta semana.

Embora a recuperação dos Estados Unidos esteja acelerada, algumas economias ainda correm o risco de verem aumentar os casos da covid-19 e os entraves da vacinação. Para Teixeira, os investidores também estão preocupados com o fato de que os gastos sem precedentes do governo americano e o estímulo do banco central possam levar à inflação fora de controle.

As discussões sobre o pacote para investimentos em infraestrutura de US$ 2,3 trilhões do presidente Joe Biden também segue sendo acompanhado pelos investidores.

O projeto ainda deve gerar novos debate, principalmente na questão que envolve como ele será financiado. A proposta de aumentar os impostos corporativos ainda não trouxe segurança para os congressistas republicanos para sua aprovação.

Em entrevista veiculada pelo programa “60 Minutes”, o presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano), Jerome Powell, disse que a economia dos Estados Unidos parece estar em um “ponto de inflexão”, em que começa a dar sinais de crescimento mais acelerado.

“Sentimos que estamos em um lugar onde a economia está prestes a começar a crescer muito mais rapidamente, com a criação de empregos chegando mais rápido", acrescentou.

Bolsas asiáticas fecham em baixa nesta segunda-feira

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, com investidores demonstrando cautela em meio a novos surtos de covid-19 e o limitado progresso da vacinação contra a doença na região.

O índice japonês Nikkei caiu 0,77% em Tóquio hoje, aos 29.538,73 pontos, pressionado por empresas que divulgaram resultados trimestrais fracos,

Na China, a queda aconteceu pela pressão de ações de matérias-primas e transporte, com as preocupações sobre aperto da política monetária persistindo diante de expectativas de dados econômicos fortes neste mês.

O Hang Seng recuou 0,86% em Hong Kong, aos 28.453,28 pontos. Na China continental, o Xangai Composto se desvalorizou 1,09%, aos 3.412,95 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda mais acentuada, de 2,13%, a 2.188,89 pontos.

Entre as ações, uma notável exceção positiva em Hong Kong foi a do Alibaba, que saltou 6,51% após a gigante varejista online aceitar pagar multa equivalente a US$ 2,8 bilhões imposta pelo regulador antitruste da China, por abuso de posição dominante, mostrando disposição de resolver a questão rapidamente.

Além disso, a China reconheceu no fim de semana a baixa eficácia de suas vacinas contra a covid-19, e seu governo agora considera misturá-las numa tentativa de torná-las mais eficientes.

Exceções na Ásia, o sul-coreano Kospi garantiu ligeira alta de 0,12% em Seul, aos 3.135,59 pontos, e o Taiex ficou praticamente estável em Taiwan, com ganho marginal de 0,03%, aos 16.859,70 pontos.

O mau humor predominou na Ásia com o surgimento de uma segunda onda de casos de coronavírus em países como Índia, Filipinas e Tailândia. Também preocupa o lento ritmo da vacinação no continente.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo segundo pregão consecutivo. O S&P/ASX 200 caiu 0,30% em Sydney, aos 6.974,00 pontos. / com Tom Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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