Mercado Financeiro
O que é mercado financeiro?
Quando se fala em mercado financeiro, todos imediatamente pensam em investimentos. Afinal, a cotação do dólar e a variação do Ibovespa aparecem na tela do celular todos os finais de tarde. Entretanto, ao olharem para os números, poucos se dão conta de quanto estão inseridos nele.
O mercado financeiro é de vital importância para a economia. Quanto mais desenvolvida ela for, mais diversificado e eficiente ele será, visto que permeia todos os setores da sociedade pelos seguintes segmentos:
- Mercado monetário: controla a liquidez na economia, por meio da intermediação de títulos públicos;
- Mercado de crédito: por onde são realizados os empréstimos bancários;
- Mercado de capitais: para os negócios envolvendo valores mobiliários;
- Mercado de câmbio: quando as transações incluírem moedas estrangeiras.
Quem são os principais agentes do mercado financeiro?
Órgãos normativos
São responsáveis por definir as regras:
- Conselho Monetário Nacional (CMN): para o mercado financeiro:
- Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): para os setores de seguros, capitalização e previdência complementar aberta;
- Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC): para os fundos de empresas e organizações, conhecidos como fundos de pensão.
Órgãos executivos
Executam as normas, além de controlarem e fiscalizarem as operações:
- Banco Central do Brasil: subordinado ao CMN, é responsável pelo mercado financeiro;
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM): também subordinada ao CMN, é responsável pelo mercado de capitais;
- Superintendência de Seguros Privados (Susep): subordinada ao CNSP, cuida dos mercados de seguros, capitalização e previdência complementar aberta;
- Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): subordinada ao CNPC, fiscaliza os fundos de pensão.
Agentes de intermediação
Exercem atividades de pagamento, além de unirem pessoas que possuem recursos com empresas e governos que precisam de financiamento:
- Instituições financeiras bancárias: bancos comerciais, múltiplos e caixas econômicas;
- Instituições financeiras não bancárias: bancos de investimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, além das cooperativas de crédito;
- Administradoras de consórcio;
- Instituições de pagamento;
- Bolsa de valores, juntamente com as corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
- Seguradoras e entidades de previdência;
- Sociedades de capitalização;
- Fundos de pensão.
Por que existem tantos fundos no mercado financeiro?
Os fundos de investimento, por contarem com uma gestão profissional, costumam ser a principal porta de entrada para os investidores. Dito isso, as principais categorias de fundos são:
Renda fixa
Opção mais conservadora do mercado. Concentrando um percentual mínimo de 80% em títulos de renda fixa, é onde estão os produtos do mercado monetário e de crédito. Sua remuneração é definida pela composição da carteira (títulos prefixados e/ou pós-fixados).
Ações
O gestor tem liberdade para montar a carteira de investimentos, desde que respeite o mínimo de 67% alocado em ações. São fundos que atendem ao mercado de capitais.
Multimercado
Fundo com gestão bastante flexível, permitindo investimentos nos mercados monetário, de crédito, de capitais e de câmbio. Sua estratégia é determinada pela experiência e filosofia de investimento dos principais fundadores, sendo um excelente instrumento de diversificação.
Cambial
Único fundo que investe em câmbio. 80% da carteira é composta por outras moedas.
Qual a importância do open banking para o mercado financeiro?
O conceito de open banking é revolucionário: ao invés dos dados financeiros pertencerem aos agentes de intermediação, eles passam a pertencer aos seus próprios clientes. Isso quer dizer que eles têm a opção de disponibilizá-los para que outras empresas, com tecnologias de inteligência artificial, consolidem a sua vida financeira e indiquem os serviços mais adequados.
Mesmo que muitas instituições financeiras sugiram que estão pouco preparadas para atuar nesse segmento, a tendência é que o setor se ajuste a ele. O motivo é que a tecnologia facilita a inclusão de novos participantes, aumentando o bolo para todos.
Um exemplo que é sempre citado é o sistema de transferência de valores via celular usado em muitos países da África. Sua grande sacada foi permitir o uso de créditos do celular como dinheiro, seja para um pagamento ou até mesmo para um investimento em um fundo.
No Quênia, esse sistema, chamado de M-Pesa, já representa 50% do PIB do país.