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Mercado Financeiro

Mercado deve tocar os negócios desta quarta-feira na expectativa com a nova Selic e reagindo a balanços

O mercado financeiro toca os negócios desta quarta-feira, 5, convencido de que a taxa básica de juros, a Selic, subirá 0,75 ponto porcentual, para 3,50% ao…

Data de publicação:05/05/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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O mercado financeiro toca os negócios desta quarta-feira, 5, convencido de que a taxa básica de juros, a Selic, subirá 0,75 ponto porcentual, para 3,50% ao ano, no fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC).

Essa quase convicção, contudo, não deve dispensar o sentimento de cautela dos investidores até que a decisão do Copom seja anunciada, no início da noite, após o fechamento dos negócios do dia.

Bolsa da China
Prédio da B3, no Centro de São Paulo - Foto: Divulgação

É nesse ambiente de expectativas e de certa frustração com os resultados de balanços conhecidos na segunda-feira, principalmente com o do banco Itaú, que a bolsa de valores teve um dia negativo ontem, de acordo com Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos. A B3 fechou a sessão abaixo da linha de 118 mil pontos, em 117.712 pontos, com desvalorização de 1,26% no dia.

O cenário externo, que costuma influenciar positivamente o mercado doméstico, também não ajudou, afirma Simone. Houve preocupação dos investidores com a falta de semicondutores nos Estados Unidos, o que puxou para baixo as ações do setor de tecnologia e arrastou à queda também as bolsas americanas.

Outra preocupação nos EUA está relacionada ao aquecimento da economia, diz Simone, já que o processo de expansão é associado à perspectiva de alta das taxas de juro. Reforçou esse temor, ontem, a declaração dada pela secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, à revista The Atlantic, de que os juros podem ter de subir um pouco por causa das políticas de estímulo fiscal do governo americano.

O cenário externo continua no foco do mercado financeiro, com atenção voltada à divulgação, nesta quarta-feira, do PMI da área do euro e dos Estados Unidos. O PMI (Purchasing Managers Index, na sigla em inglês, ou Índice de Gestores de Compras) é um indicador de atividade econômica que orienta a tomada de decisões dos empresários.

A previsão é que este indicador venha em alta tanto na zona do euro como nos EUA, reforçando a ideia de uma recuperação e retomada da atividade econômica, na esteira do avanço da vacinação contra a Covid.

Internamente, o mercado financeiro deve continuar monitorando o dia a dia de trabalhos da CPI da Covid, que tem programado novos depoimentos nesta quarta-feira, incluído o do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello – que não confirmou presença à comissão.

CPI da Covid: novos depoimentos

Nesta quarta-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid deve colher novos depoimentos.

Na véspera, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, entre diversas informações divulgadas durante o depoimento, destacou que um parecer da Advocacia Geral da União (AGU), vinculada ao Ministério da Saúde, alertou que a compra de medicamentos para a tratar a covid-19 sem comprovação científica, como a cloroquina, implicaria em improbidade administrativa.

Além disso, Mandetta afirmou que o País implementou, sempre com atraso, as medidas para redução da transmissão do novo coronavírus, em especial, determinações de quarentena e lockdown.

Mandetta também relatou ter alertado Bolsonaro - em carta que foi ignorada - sobre a possibilidade de colapso na saúde e falta de apoio às ações do Ministério da Saúde.

Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros, o depoimento do ex-ministro foi “produtivo e além das expectativas”.

A oitiva do ex-ministro Nelson Teich foi remarcada para esta quarta-feira, após mudança de data do depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello.

Balanços corporativos: mais resultados

Os investidores seguem acompanhando a divulgação dos resultados trimestrais nesta quarta-feira. Na véspera, o banco Bradesco apresentou os seus números do período.

Segundo balanço da instituição, o lucro líquido obtido no período foi de R$ 6,51 bilhões, alta de 74%¨em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado veio um pouco acima da expectativa dos analistas, que esperavam um crescimento de 70%.

O atacadista Assaí também apresentou seus números após o fechamento do mercado financeiro. Segundo balanço da companhia, o lucro líquido obtido nos três primeiros meses do ano foi de R$ 240 milhões, alta de 113% sobre o mesmo período de 2020.

Nesta quarta-feira, será a vez da comunicação dos resultados de empresas como Braskem, AES Brasil, GPA, Copel, Gerdau, BR Properties, Lojas Quero-Quero,TIM, Totvs, entre outras.

Covid-19: mais de 3 mil mortos

O Brasil voltou a registrar mais de 3 mil óbitos por covid-19 em 24 horas, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. O número de vítimas na véspera ficou em 3.025. Com os últimos registros, o total de mortes pelo novo coronavírus no País chegou a 411.854.

Até o momento, o País vacinou 32.881.298 pessoas com a primeira dose, o que representa 15.53% da população.

Reforma tributária à estaca zero

No mesmo dia da leitura do parecer da reforma tributária, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou extinta a comissão mista que analisa proposta, praticamente inviabilizando a continuidade dos trabalhos nos moldes atuais. A informação foi confirmada pelo vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos em sua conta no Twitter.

A decisão praticamente "zera o jogo" da reforma tributária, segundo técnicos ouvidos pela reportagem. O anúncio foi feito enquanto o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro, ainda lia seu parecer.

Por trás dessa estratégia está o desejo de Lira de fatiar a reforma tributária em quatro projetos distintos, focados em mudanças no âmbito federal, sem incluir Estados e municípios. A ideia é apoiada pela equipe econômica.

NY: futuros em alta

Os contratos futuros negociados nas bolsas de Nova York operam em altanesta quarta-feira, com investidores repercutindo os últimos indicadores econômicos e a fala da seretária do Tesouro Nacional, Janet Yellen, que apontou a possibilidade de um possível aumento de juros no país.

Os papéis do índice S&P 500 aumentaram na véspera, depois que uma alta nos setores de commodities, financeiro e industrial ajudou o indicador a reduzir as perdas.

De acordo com o sócio da Wisir Research, Filipe Teixeira, o debate sobre se os gastos do governo podem estimular uma inflação excessiva ocorre quando as avaliações das ações se aproximam dos níveis mais altos em duas décadas. “Os investidores relutam em empurrar as altas ainda mais, apesar dos ganhos corporativos robustos”, aponta Teixeira.

Embora o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) tenha garantido aos mercados que as taxas de juros permanecerão nas mínimas atuais durante a recuperação, o fortalecimento de dados gerou preocupações de que os formuladores de políticas possam “apertar o cinto” mais cedo do que o previsto.

A LPL Financial comenta que o crescimento nos EUA pode estar se aproximando de um pico e diz que, depois disso, o ambiente pode ser "mais desafiador" para as ações locais.

A Capital Economics projeta um cenário em que as ações da zona do euro terão maior valorização até o final do ano em comparação às americanas, com uma média de 3% a 1%, respectivamente. A consultoria acredita que a rotação para setores que foram duramente atingidos pela pandemia, como energia e finanças, será retomada no bloco, além da possibilidade de que as "boas notícias" para a economia dos EUA já tenham sido precificadas.

Ásia: fechamento em queda

As bolsas asiáticas terminaram os negócios desta quarta-feira em baixa, com liquidez restrita em meio a feriados que mantiveram os mercados do Japão e da China fechados pelo terceiro dia consecutivo. Na Coreia do Sul, também não houve pregão hoje em função de um feriado local.

O índice Hang Seng caiu 0,49% em Hong Kong, aos 28.417,98 pontos, e o Taiex recuou 0,53% em Taiwan, aos 16.843,44 pontos, ampliando perdas recentes diante de um novo surto de covid-19 na ilha.

A aversão a risco na Ásia veio também após o tom predominantemente negativo das bolsas de Nova York ontem, com perdas lideradas pelo setor de tecnologia.

Na Oceania, a bolsa australiana tomou o rumo oposto das asiáticas e ficou no azul nesta quarta, impulsionada por 16 das 20 maiores empresas em valor de mercado listadas em Sydney. O S&P/ASX 200 avançou 0,39%, a 7.095,80 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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