Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: acompanhe as movimentações da Bolsa e do dólar nesta sexta-feira, 08 de julho

Mercados globais operam sem direção única no último pregão da semana

Data de publicação:08/07/2022 às 11:20 - Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa de Valores brasileira, a B3, iniciou o último pregão da semana com bastante volatilidade, com os investidores repercutindo os dados da inflação de junho e acompanhando o exterior. Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado e o resultado foi de alta de 0,67%, uma aceleração frente à maio, quando o indicador subiu 0,47%.

Apesar da aceleração, o IPCA de junho veio abaixo das projeções dos economistas e analistas, que apontavam para uma alta de 0,70%. Já no cenário internacional, as bolsas americanas operam em baixa, assim como as commodities, o que impacta negativamente o mercado brasileiro. Às 15h50 desta sexta-feira, 8, o Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa, registrava baixa de 0,52%, aos 100.207 pontos.

Sede da B3, a Bolsa de Valores brasileira | Foto: B3/Divulgação

No exterior, permanece a cautela com a possibilidade de que o mundo atravesse uma crise econômica mais forte nos próximos meses. O minério de ferro tem desvalorização, na esteira das expectativas de que a demanda pela commodity seja reduzida. Com isso, as ações da Vale, empresa com maior peso na composição do Ibovespa, recuava 1,32% no mesmo horário, puxando o índice para baixo.

O dólar também opera em baixa durante a manhã. Nas primeiras horas do dia, a moeda americana chegou a cair abaixo do patamar dos R$ 5,30, refletindo o IPCA abaixo do esperado e dados positivos de emprego nos Estados Unidos. Às 14h45, o dólar era cotado a R$ 5,21, com queda de 1,21%.

Inflação de junho

De acordo com especialistas ouvidos pela Mais Retorno, embora o IPCA do último mês tenha ficado abaixo das expectativas do mercado, a composição do índice no mês continua desfavorável.

"Em 12 meses tanto o headline quanto os núcleos mostram alta na margem, ainda que com menor ímpeto, ainda não conseguimos observar o ponto de inversão da trajetória. As incertezas quanto o resultado do IPCA de julho tornam difícil seu ajuste na margem, ao passo que grande parte da calibragem dependerá do poder judiciário ao longo desse mês."

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos

O BTG Pactual afirma que, para o curto prazo, há vetores altistas e baixistas para os preços. "Na esfera altista, entendemos que o fortalecimento do mercado de trabalho, com a melhora na margem do rendimento mensal das famílias e o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 pode aumentar a demanda por serviços, que podem resultar em novas pressões inflacionárias", explicam.

Em contrapartida, os analistas destacam que a forte desaceleração nos preços das commodities nas últimas semanas, resultado das perspectivas de recessão econômica, "pode promover novos vetores baixistas para os preços".

O dia na Bolsa

Maiores altas da Bolsa

EmpresaCódigoVariação
AzulAZUL4+4,95%
3R PetroleumRRRP3+4,23%
IRB BrasilIRBR3+3,18%
PetroRioPRIO3+2,83%
GolGOLL4+2,65%
Fonte: B3 | Dados atualizados às 11h

Maiores baixas da Bolsa

EmpresaCódigoVariação
Raia DrogasilRADL3-1,70%
YduqsYDUQ3-1,44%
WegWEGE3-1,16%
CSNCSNA3-1,03%
SLC AgrícolaSLCE3-0,97%
Fonte: B3 | Dados atualizados às 11h

Mercados internacionais

Os mercados globais operam sem direção definida nesta sexta-feira, com uma série de fatores no radar dos investidores. Nos Estados Unidos, o relatório de empregos (payroll) de junho foi divulgado e os resultados surpreenderam positivamente: no último mês, foram criadas 372 mil novas vagas de trabalho, enquanto as expectativas do mercado apontavam para 265 mil. O nível de desemprego foi de 3,6%, em linha com as projeções.

Apesar dos bons números de emprego, o mundo todo permanece receoso com as chances de que a maior economia do mundo passe por um período de recessão econômica. Na véspera, James Bullard e Christopher Waller, dois dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), afirmaram que a economia dos Estados Unidos caminha para um "pouso suave", não para uma recessão.

Na Europa, em dia de agenda esvaziada, o mercado reflete as informações vindas do país norte-americano e também a renúncia de Boris Johnson do cargo de primeiro-ministro do Reino Unido na manhã desta quinta-feira, 7.

Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em alta. A única exceção foi a China, que vou suas bolsas caíram em um movimento de realização de lucros nas ações do setor automotivo. No Japão, as bolsas subiram bastante ao longo do dia, mas devolveram a maior parte das altas com a notícia de que que o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu após ser baleado durante um discurso.

Desempenho das bolsas americanas

  • Dow Jones: baixa de 0,11%
  • S&P 500: baixa de 0,17%
  • Nasdaq 100: baixa de 0,09%

Dados atualizados às 14h41

Fechamento das bolsas europeias

  • Stoxx 600 (Europa): alta de 0,47%
  • FTSE 100 (Inglaterra): alta de 0,10%
  • DAX (Alemanha): alta de 1,34%
  • CAC 40 (França): alta de 0,44%

Fechamento das bolsas asiáticas

  • Xangai Composto (China): baixa de 0,25%
  • Shenzhen Composto (China): baixa de 0,35%
  • Hang Seng (Hong Kong): alta de 0,38%
  • Nikkei (Japão): alta de 0,10%
  • Kospi (Coréia do Sul): alta de 0,70%
  • Taiex (Taiwan): alta de 0,89%

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