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Mercado Financeiro

Mercado ao vivo: Bolsa retoma os 114 mil pontos com exterior, Vale e bancos; dólar cai mais de 1,2%

Investidores digerem os últimos dados econômicos locais e externos

Data de publicação:15/10/2021 às 10:42 -
Atualizado 2 anos atrás
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Partindo para o fechamento da semana, a Bolsa iniciou o pregão entre perdas e ganhos, porém, virou o sinal e opera em alta nesta sexta-feira, 15, acompanhando o exterior e refletindo a valorização das ações da Vale - mais de 1,6% - e dos bancos. O IFNC, índice da B3 que engloba os gigantes financeiros subia 2,84%, às 14h.

No mesmo horário, o Ibovespa operava com avanço de 1,16%, retomando o patamar dos 114 mil pontos – 114.449. Na contramão, o dólar à vista cai 1,29%, cotado a R$ 5,445. Resultado encorpado pelas altas das bolsas americanas: a Dow Jones subia 0,82% e S&P 500, 0,59%. Já a Nasdaq caía 0,1%

Foto: B3
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

O mercado vive mais um dia de agenda econômica cheia, tanto no exterior quanto no Brasil. Nos Estados Unidos, após a divulgação de números atualizados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e do payroll – que, segundo os analistas do BTG Pactual, foram bem digeridos pelo mercado – os investidores adicionaram mais um dado econômico em seu pacote de análises.

As vendas do varejo no país subiram 0,7% em setembro ante agosto, somando US$ 625,4 bilhões, segundo dados sazonais divulgados durante a manhã pelo Departamento do Comércio. O resultado surpreendeu analistas, que previam uma queda de 0,2%.

Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano tiveram expansão de 0,8% no confronto mensal de setembro. Neste caso, a projeção era de acréscimo de 0,5%.

Ainda no país, o índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, caiu de 34,4% em setembro para 19,8 em outubro, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). Analistas previam baixa do indicador a 26,5.

Já na Europa, a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia comunicou que as exportações da zona do euro avançaram 0,3% pelo segundo mês consecutivo em agosto, exibindo uma modesta alta em meio à lenta recuperação global. Já as importações aumentaram em ritmo mais forte, de 1,6%, no mesmo período.

O superávit da balança comercial da zona do euro ficou em 11,1 bilhões de euros em agosto, também no cálculo com ajustes sazonais, diminuindo em relação ao saldo positivo de 13,5 bilhões de euros de julho.

No cenário local, os destaques ficam por conta do IGP-10 de outubro, que registrou queda de 0,31%, após ter recuado 0,37% em setembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). A deflação anunciada pelo instituto veio menos intensa do que a mediana negativa de 0,38% projetada pelos analistas.

Conhecido como uma “prévia do PIB”, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,15% em agosto ante julho, na série livre de influências sazonais, interrompendo a sequência de altas obtidas nos últimos dois meses, segundo a autoridade monetária. Em julho, o avanço havia sido de 0,23% (dado revisado).

O resultado veio em linha com o intervalo estimado pelos especialistas do mercado, que esperavam um dado dentro da faixa de queda de 0,99% a avanço de 0,25%.

O IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2021 é de crescimento de 4,7%. Esta estimativa foi atualizada no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), no mês passado.

No último Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC, a projeção é de crescimento de 5,04% do PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.

Juros futuros

A alta dos juros dos Treasuries, juntamente com o cenário local marcado por incertezas no âmbito político e fiscal, colabora para colocar os juros futuros em trajetória de alta nesta sexta-feira no mercado doméstico. Porém, o movimento é bem limitado, com avanço de até 3 pontos-base.

Às 9h32, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 subia para 9,18%, de 9,15% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 subia para 10,09%, de 10,06%, e o para janeiro de 2027 ia para 10,47%, de 10,46% no ajuste do dia anterior. O juro da T-note de 10 anos subia a 1,551%%, ante 1,515%.

Sobe e desce da B3

Nesta sexta-feira, as ações das commodities operam mistas. Enquanto a Vale e as siderúrgicas têm seus papéis em alta no pregão, a Petrobras recua, com baixa de 0,20%, às 14h10.

O destaque do pregão ao longo da manhã são as ações do GPA, que chegaram a disparar mais de 17%, com a notícia sobre a venda de 71 pontos comerciais da marca Extra para o Assaí. A transação envolve um valor estimado de R$ 5,2 bilhões. No entanto, na contramão, os papéis da rede de atacarejo caía 6,16%. às 14h15, os papéis ainda sustentavam alta expressiva de 14,7%.

Em mais uma leva de divulgação de prévias operacionais do terceiro trimestre das companhias do setor de construção civil, empresas como Direcional e Tenda avançam no pregão, às 14h13, com altas de 3,07% e 1,31%, na sequência.

Crise hídrica

Durante participação na Conferência Global 2021 – Millenium, no dia anterior, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai determinar ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a reversão da bandeira “escassez hídrica”, taxa adicional cobrada sobre a conta de luz dos brasileiros.

"Dói a gente autorizar o ministro Bento decretar bandeira vermelha, sabemos as dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele... Pedir, não, determinar a ele que volte à bandeira normal a partir do mês que vem", disse o chefe do Executivo

A bandeira escassez hídrica foi anunciada pelo governo em 31 de agosto como forma de financiar o acionamento de usinas térmicas em meio à crise hídrica, que compromete os reservatórios.

 "Deus nos ajudou agora com chuva, estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade", disse o presidente, no evento, sobre a situação.

Para os analistas do BTG Pactual, essa medida deve estar sendo vista como negativa pelas distribuidoras de energia, pois seus reflexos podem impactar no capital de giro dessas companhias.

Incertezas fiscais e políticas

Ainda no ambiente doméstico, o clima ainda é de apreensão e cautela por conta das incertezas fiscais, principalmente se haverá extensão do auxílio emergencial e sobre a acomodação dos gastos do Auxílio Brasil, novo nome do Bolsa Família.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos precatórios segue na atenção do presidente da Câmara, Arthur Lira, que nesta sexta-feira voltou a demonstrar otimismo sobre sua votação, que deve ocorrer na próxima semana – primeiro na comissão especial e depois no plenário da Casa.

De acordo com Lira, a proposta está “bem consolidada” e o texto final está “próximo do original”. "Chegamos a um texto muito bom", disse em entrevista à Globonews, citando que o projeto propõe previsibilidade dos pagamentos, assim como estabelece a obediência ao teto de gastos.

A expectativa do presidente da Câmara é que na terça-feira, 19, o texto seja votado na comissão especial que analisa o tema e deve ser levado ao plenário da Casa na quarta-feira, 20, ou quinta-feira, 21.

Outro assunto que está na crista da onda é a mudança na cobrança do ICMS dos combustíveis, que enfrenta resistência por parte dos Estados, que devem perder cerca de US$ 24 bilhões em arrecadação. O projeto está no Senado para votação.

De acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, será levado em conta os questionamentos dos governadores e secretários de Fazenda dos Estados a respeito do assunto.

"É algo que interfere ali no dia a dia e na previsibilidade do orçamento dos Estados. Então, vamos considerar essas informações, vamos permitir esse diálogo inclusive com os governadores de Estado e do Distrito Federal para que possamos ter a melhor conclusão possível", disse Pacheco em entrevista coletiva no Senado.

Mais sobre o mercado internacional

Com os balanços corporativos em evidência, os investidores no exterior estão atentos aos novos resultados de empresas que chegam nesta sexta-feira, o que traz otimismo para as bolsas de Nova York, cujos futuros operam em alta.

A temporada de resultados robustos, principalmente dos gigantes do setor financeiro, que divulgaram seus números nos dois últimos dias, estão tirando a luz mais evidente de cima dos comentários dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a inflação e a retirada de estímulos da economia.

Ao longo do dia, novos representantes da autoridade monetária ao redor dos Estados Unidos devem se pronunciar sobre esses temas. Na véspera, o chefe da distrital de Atlanta do BC, Raphael Bostic, disse que é inadequado definir o nível de inflação atual como "breve".

Outro a expressar preocupação com a trajetória dos preços nos EUA foi o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que disse não ter certeza de que o núcleo da inflação - que exclui setores voláteis como alimentos e energia - vai moderar nos próximos seis meses.

Já a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou que a entidade está em posição para reduzir o volume de suas compras de bônus, mas não para elevar a taxa de juros.

O líder da distrital de Richmond, Thomas Barkin, reforçou o compromisso de começar o tapering – retirada de estímulos da economia - em breve, algo já dado como certo pelo mercado, especialmente após a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) na quarta-feira, 14.

Do outro lado do mundo, as bolsas asiáticas fecharam em alta nesta sexta-feira. O japonês Nikkei subiu 1,81% em Tóquio nesta sexta, aos 29.068,63 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 1,48% em Hong Kong, a 25.330,96 pontos, depois de ficar dois dias sem operar.

O sul-coreano Kospi valorizou 0,88% em Seul, aos 3.015,06 pontos, e o Taiex saltou 2,40% em Taiwan, aos 16.781,19 pontos, após a fabricante de semicondutores local TSMC (+4,71%) anunciar lucro trimestral recorde.

Na China, os ganhos foram mais contidos: o Xangai Composto subiu 0,40%, a 3.572,37 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto garantiu alta marginal de 0,05%, a 2.400,52 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana também acompanhou Wall Street, e o S&P/ASX 200 avançou 0,69% em Sydney, aos 7.362,00 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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