Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quinta-feira, 30 de dezembro
Mercado Financeiro

Bolsa cai 0,55% com Petrobras, bancos e cenário político; dólar sobe 0,61%

Bolsa opera em alta com dados econômicos locais, tensão política e expectativa sobre ata do Fomc

Data de publicação:05/07/2021 às 10:44 -
Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

A Bolsa fechou em queda nesta segunda-feira, 5, puxada por Petrobras e bancos, que também encerraram o dia no vermelho, e sem a interferência das bolsas americanas que não operaram por causa do feriado de 4 de julho. O Ibovespa caiu 0,55%, aos 126.920,05 pontos; o dólar subiu 0,61%, cotado a R$ 5,088.

Os investidores aumentaram a dose de cautela com projeções mais altas de inflação por conta da crise hídrica, e também com a elevação de temperatura em Brasília. Agora as atenções estão voltadas para a ata da última reunião do Fomc (Copom Americano), que será divulgada na próxima quarta-feira, 7.

bolsa
Sede da B3 em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

A Petrobras e os grandes bancos registraram recuo em suas ações. Os papéis da petroleira caíram 1,13% (PETR4), após as notícias sobre mais um adiamento da reunião da Opep+, prevista para ter seu desfecho nesta segunda-feira.

De acordo com o analista da Toro Investimentos, Victor Lima, a notícia sobre a suspensão da reunião da Opep+ estressa o mercado. " O fato de não haver uma data para a retomada das discussões sobre a política do preço do petróleo está gerando muita volatilidade no mercado, principalmente na Petrobras".

Já no setor bancário, o Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander(SANB11) fecharam em baixa de 3,58%, 1,17% e 0,86%, na sequência.

Inflação mais alta para 2021

Nesta segunda-feira, o Banco Central divulgou as novas estimativas dos economistas do mercado no Boletim Focus. Segundo eles, a projeção para a inflação segue aumentando e cada vez mais longe do teto da meta de 5,25% estipulada pela autoridade monetária.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação do País, subiu de 5,97% para 2021, na última edição do Focus, para 6,07%. Já a Selic, taxa básica de juros, foi mantida em 6,50%.

O Produto Interno Bruto (PIB) para este ano também se manteve com viés altista. De 5,05%, na última semana, a projeção foi elevada para 5,18%, o que demonstra confiança na retomada econômica do País.

Cenário político

Além dos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado que se mantém na pauta de atenção dos investidores, os últimos acontecimentos envolvendo o presidente Jair Bolsonaro também estão ajudando a azedar o humor do mercado.

A analista da Clear Corretora, Pietra Guerra, afirma que o investidor da B3 segue repercutindo as decisões da segunda fase da reforma tributária e também as tensões políticas.

Operadores afirmam que estão sendo monitoradas notícias como as gravações que envolvem o presidente Bolsonaro em esquema de "rachadinha" antes da ascensão à Presidência da República e novas denúncias que revelam o esquema da compra de vacinas pelo governo federal.

Não bastasse tudo isso, o governo de Jair Bolsonaro voltou a disponibilizar recursos via orçamento secreto, caso do "Tratoraço", e autorizou o repasse de R$ 2,1 bilhões em emendas do relator-geral do Orçamento para fundos municipais de saúde.

A transferência das verbas está prevista em 28 portarias assinadas na semana passada, entre 28 e 30 de junho, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

De acordo com a, analista da Trademap, Sandra Peres, o temor no mercado é com relação ao risco político pois, "querendo, ou não", a eleição de 2022 está se aproximando. "Tem de ficar de olho nessas questões, como será o desenrolar de todos esses ruídos", afirma.

Outro embate do governo está relacionado à reforma tributária, cuja articulação governista promete a votação de forma rápida, antes do recesso parlamentar.

Contra a reforma e uma célere discussão dos detalhes da proposta, a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo marcou posição. "Há claro aumento da complexidade e do custo tributário brasileiro", diz nota da frente.

Sobe e desce da B3

Nesta segunda-feira, as ações das mineradoras e siderúrgicas fecharam majoritariamente em alta por conta do avanço no preço do minério de ferro. As ações da CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) avançaram 1,09% e 0,51%, respectivamente. A Gerdau (GGBR4), depois de passar a maior parte do pregão em alta, caiu até o mesmo nível do último fechamento, sem variação. Já a Vale (VALE3), descola do bloco e teve baixa de 0,36% em seus papéis.

Na contramão, as varejistas reportam queda em suas ações. Magazine Luiza (MGLU3), Via (VVAR3) e B2W (BTOW3) contabilizaram perdas de 1,34%, 0,77% e 1,06%, na sequência.

Dólar em alta

Após abrir com viés de baixa, em meio à alta das commodities – petróleo e minério de ferro – o dólar mudou o sinal e opera em alta, em meio a uma liquidez reduzida por conta do feriado nos Estados Unidos, que mantém os mercados fechados em Nova York, além da instabilidade política no Brasil.

Segundo Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, "as denúncias de corrupção envolvendo a compra de vacinas pelo Governo Federal seguem gerando maior estresse no mercado", o que levou a moeda americana a registrar a máxima do dia de R$ 5,091, às 12h20.

A moeda americana à vista apontou elevação de 0,61% neste pregão, comercializada a R$ 5,088.

Fomc

Na próxima quarta-feira, 7, às 15h, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) divulga a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) ocorrida há quase duas semanas - em 16 de junho. O assunto tem a atenção global dos mercados.

Na ocasião, o Fed não decidiu alterar o juro de curto prazo – a taxa dos fed funds ficou mantida entre zero e 0,2% ao ano - mas surpreendeu com uma sinalização de que antecipará para 2023 o aumento de juros previsto inicialmente para 2024.

Acenou também que pretende ajustar o juro em duas rodadas de alta daqui a dois anos. A justificativa, segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, seria a inflação que pode ser mais persistente que o esperado.

Um sinal de alta dos juros americanos causa desconforto aos mercados, sobretudo ao de ações, porque um aumento de atratividade da renda fixa americana atrai capitais alocados em mercados de outros países, especialmente em bolsas de valores.

NY: bolsas fechadas

No cenário externo, as bolsas de Nova York não operaram nesta segunda-feira por conta do feriado. No entanto, há a espera sobre a divulgação da ata do Fomc na próxima quarta-feira, que pode sinalizar alguns indícios de ações do Fed sobre a política monetária do país.

Segundo publicação da Capital Economics, analistas e o mercado voltarão suas atenções sobre qual será a postura do Fed para a retirada de estímulos, com alguns especulando que o movimento possa ocorrer de forma adiantada, diante do quadro de recuperação.

No último final de semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que o país já administrou mais de 300 milhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus, e que seu programa de pagamentos de US$ 1,4 mil para cidadãos adultos já alcançou mais de 169 milhões de norte-americanos.

Em postagem no Twitter, Biden também afirmou que o país adicionou mais de três milhões de empregos à sua economia. "Percorreremos um longo caminho. Isso é apenas o começo".

De acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal The Washington Post e divulgada na véspera, Biden conta hoje com aprovação de 50% dos norte-americanos. Em abril, 52% aprovavam o governo de Biden. Entre os ouvidos em junho, 42% disseram desaprovar a administração atual, mesmo porcentual de abril.

Sobre a condução da situação da pandemia de covid-19 no país, 62% dos entrevistados disseram aprovar a política do governo, ante 64% em abril, enquanto 31% afirmaram desaprová-lo. 

CPI da Covid: Barros e Bolsonaro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado segue com novos desdobramentos de sua investigação e acompanhada de perto pelo mercado.

O colegiado irá votar na próxima terça-feira, 6, a quebra de sigilo do líder do governo Ricardo Barros. O deputado federal teria sido citado pelo presidente Jair Bolsonaro como responsável por um suposto esquema de corrupção na aquisição da vacina indiana Covaxin, de acordo com o deputado Luis Miranda (DEM-DF).

Na terça-feira, os senadores também irão decidir se Miranda terá seu sigilo quebrado. A pauta da comissão na próxima terça-feira inclui também o depoimento da servidora Regina Célia Silva Oliveira, que foi apontada como indicada por Barros para seu cargo na Saúde. 

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de mandado de segurança, que seu depoimento ao colegiado seja mantido na próxima quinta-feira, 8.

Pelo Twitter, Barros afirmou estar sendo "impedido" de exercer sua ampla defesa por "abuso de poder da CPI" para atacar sua honra. "Quero falar à CPI e ao Brasil o quanto antes", disse ele.

Na noite da última sexta-feira, 2, a ministra Rosa Weber, do STF, autorizou a abertura do inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro cometeu crime de prevaricação por supostamente não ter comunicado aos órgãos de investigação indícios de corrupção nas negociações para a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

Em uma decisão de sete páginas, a ministra afirma não ver 'óbices' à instauração da investigação. "Estando a pretensão investigativa lastreada em indícios, ainda que mínimos, a hipótese criminal deve ser posta à prova", escreveu.

Bolsas asiáticas fecham em alta

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, num dia de liquidez reduzida por conta do feriado nos EUA e apesar de dados fracos da atividade econômica chinesa.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,44%, aos 3.534,32 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,74%, aos 2.414,40 pontos, com ganhos liderados por ações de setores industriais.

O apetite por risco se manteve nos mercados chineses mesmo após pesquisa mostrar que o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços chinês diminuiu para 50,3 em junho, tocando o menor nível em 14 meses e ficando bem próximo da marca de 50, que indica estagnação.

A queda veio em meio a um aumento em novos casos de covid-19, o que prejudicou a demanda por viagens. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,35% em Seul hoje, aos 3.293,21 pontos, e o Taiex registrou ganho mais expressivo em Taiwan, de 1,18%, aos 17.919,33 pontos.

Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,64% em Tóquio, aos 28.598,19 pontos, pressionado por ações de telefonia móvel e da área farmacêutica, enquanto o Hang Seng recuou 0,59% em Hong Kong, aos 28.143,50 pontos, influenciado por papéis de tecnologia.

O volume de negócios na Ásia e em outras partes do mundo tende a ser menor nesta segunda devido à comemoração do feriado da Independência nos EUA, que manterá os mercados locais fechados.

Investidores da região asiática também acompanham discussões de produtores de petróleo da Opep+, que desde a semana passada está num impasse sobre seus planos de oferta para este e o próximo ano. As conversas vão ser retomadas hoje.

Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão em alta marginal, sustentada por ações de petroleiras. O S&P/ASX 200 avançou 0,09%, aos 7.315,00 pontos. / com Tom Morooka e Agência Estado

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!