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Bolsa em queda
Mercado Financeiro

Mercado abre a semana de olho em projeções e dados da inflação

Hoje saem as estimativas para a economia no Boletim Focus e na quarta-feira, a inflação oficial do IPCA

Data de publicação:07/06/2021 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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O mercado financeiro inicia a semana com a atenção voltada a dados sobre estimativas de crescimento econômico e inflação. O boletim Focus, que o Banco Central divulga às 9h desta segunda-feira, 7, atende em boa medida a esse interesse, com projeções tanto do PIB quanto da inflação.

A expectativa em relação ao PIB foi reforçada após o IBGE anunciar, semana passada, que a economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior, bastante acima das projeções  de analistas.

A última previsão estampada no Focus foi 3,96%, mas o desempenho acima do esperado no PIB trimestral, não obstante o impacto da pandemia, estimulou uma onda de revisões para cima do PIB em 2021, algumas apontando crescimento acima de 5%.

Outro dado bastante aguardado pelo mercado no boletim Focus é a inflação estimada para este ano, que vem de oito revisões seguidas para cima. A última previsão apontou 5,24%, acima da meta inflacionária central de 3,50% que o Banco Central mira para calibrar a taxa Selic.

O interesse pela dinâmica da inflação aumenta à medida que se aproxima o próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que se reúne daqui uma semana, nos dias 15 e 16, para decidir sobre o rumo da taxa Selic, que está em 3,75% ao ano.

A previsão é de nova alta de 0,75 ponto porcentual, já sinalizada pelo BC, o que elevaria o juro básico da economia para 4,50% ao ano.

Expectativas em relação ao desempenho do PIB e da inflação, que afeta a dosagem de calibragem da Selic, influenciam diretamente o ânimo do mercado financeiro, que não disfarça o sentimento positivo com a perspectiva de recuperação da atividade econômica.

Movida por esse sentimento e influenciada pelo cenário sem surpresas em relação à inflação e aos juros nos Estados Unidos, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, superou a marca inédita de 130 mil (130.125,78) pontos na sexta-feira, após sucessivos recordes nominais em número de pontos.

Cenário é positivo para o mercado

O cenário global e doméstico considerado positivo que dá sustentação ao avanço da bolsa (coleciona sete valorizações consecutivas) enfraquece o dólar, que já encosta em R$ 5 – fechou na última sexta-feira cotado a R$ 5,04.

Fora os dados estimados no boletim Focus, a agenda da semana prevê a divulgação de dois índices fechados de inflação.

Amanhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anuncia o IGP-DI de maio e no dia seguinte, na quarta-feira, 9, o IBGE divulga a inflação oficial, calculada pelo IPCA, também de maio, estimada pelos especialistas em amplo intervalo entre 0,2% e 0,5%.

CPI da Covid: Pfizer e Carlos Bolsonaro

Os investidores mantêm a atenção nos desdobramentos dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

A comissão pretende convocar o vereador Carlos Bolsonaro para questioná-lo sobre o "gabinete paralelo", afirmou o relator da comissão, senador Renan Calheiros.

Segundo Renan, a presença do filho do presidente em uma reunião com a Pfizer sobre oferta de vacinas "é um fato que embasará a qualquer momento, em qualquer circunstância, a convocação do vereador".

A participação de Carlos Bolsonaro na reunião foi confirmada pelo gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, após ser questionado sobre o tema em seu depoimento na CPI.

O senador Randolfe Rodrigues afirmou, no Twitter, na última sexta-feira que, ao todo, a gestão Jair Bolsonaro deixou de responder 53 e-mails da farmacêutica Pfizer enviados para pedir um posicionamento sobre a compra de vacinas para a covid-19. A informação faz parte das investigações feitas pela CPI da Covid no Senado, da qual é vice-presidente.

Em uma sequência de mensagens, o senador afirmou que a "omissão na aquisição de vacinas da Pfizer acontecia ao mesmo tempo que o nosso Itamaraty pressionava a Índia para liberar cargas de hidroxicloroquina a uma empresa brasileira".

Além disso, classificou a ação do Ministério das Relações Exteriores no caso como "advocacia administrativa" - patrocinar interesse privado por meio da administração pública, crime previsto no Código Penal.

Futuros em Wall Street operam em baixa

Os contratos futuros negociadas nas bolsas de Nova York operam em baixa com os investidores analisando os últimos dados do mercado de trabalho e olhando para a próxima leitura da inflação, que acontece na próxima quinta-feira, 10.

O relatório de empregos da última sexta-feira mostrou que a taxa caiu de 6,1% para 5,8% e que 559 mil empregos foram adicionados em maio.

O relatório foi considerado forte o suficiente para manter a confiança dos investidores na economia. Por outro lado, fraco para evitar que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) se apresse em mudar suas políticas de estímulo.

O principal evento de dados desta semana será o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de maio, com anúncio previsto par a quinta-feira, 10. Em abril, o IPC subiu 4,2% em relação ao ano anterior, o aumento mais rápido desde 2008. Se os preços continuarem a subir, isso pode fazer com que o Fed recue em suas políticas de estímulo econômico.

No último final de semana, foi divulgada a decisão do G7 apoiar regras para tributar empresas multinacionais com um imposto de pelo menos 15%. Além disso, estão no aguardo dos desdobramentos sobre os novos avanços do pacote de infraestrutura proposto pelo presidente Joe Biden.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que a implementação do "imposto mínimo global", protege a soberania nacional dos países. A proposta é considerada um passo significativo em direção a um acordo global que entregaria a taxa mínima exigida proposta por Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

Bolsas asiáticas fecham mistas

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única e com variações modestas nesta segunda-feira, à medida que investidores digeriram dados mais fracos do que se esperava da China e dos EUA.

O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,27% em Tóquio, aos 29.019,24 pontos, e o sul-coreano Kospi avançou 0,37% em Seul, ao nível recorde de 3.252,12 pontos.

Por outro lado, o Hang Seng caiu 0,45% em Hong Kong, aos 28.787,28 pontos, e o Taiex recuou 0,37% em Taiwan, aos 17.083,91 pontos.

Na China continental, os mercados tiveram ganhos contidos: o Xangai Composto se valorizou 0,21%, aos 3.599,54 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,26%, aos 2.413,90 pontos.

Em maio, tanto as exportações quanto as importações chinesas deram novos saltos em relação a um ano antes, favorecidas por uma base de comparação fraca influenciada pelos efeitos da pandemia de covid-19. Ambos os resultados, no entanto, vieram abaixo das expectativas.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, após encerrar os três pregões anteriores em níveis recordes. O S&P/ASX 200 caiu 0,19% em Sydney, aos 7.281,90 pontos. / com Júlia Zillig e Agência Estado

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.

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