Lojas Americanas: prejuízo 231% maior no 1º trimestre
A Lojas Americanas registrou no primeiro trimestre de 2021 prejuízo líquido consolidado de R$ 163 milhões uma alta de 231% em relação ao mesmo período de…
A Lojas Americanas registrou no primeiro trimestre de 2021 prejuízo líquido consolidado de R$ 163 milhões uma alta de 231% em relação ao mesmo período de 2020.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 461,5 milhões, queda de 21,5% na comparação anual.
Entre janeiro e março, o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 297,7 milhões, uma piora de 5,7% na comparação com o mesmo período de 2020. A receita líquida no intervalo avançou 29% ante o ano anterior, para R$ 5,232 bilhões.
No primeiro trimestre deste ano, a base de clientes ativos alcançou 48 milhões, um aumento de 8 milhões.
Foram conectados 9,1 mil novos revendedores no marketplace (sellers), chegando a um total de 96,3 mil, com 99 milhões de itens oferecidos (alta de 212%). O número de transações realizadas nas plataformas alcançou 104 milhões entre janeiro e março, um crescimento de 37,4%.
Em comentários que acompanham seu informe de resultados, a varejista destacou a aquisição do Grupo Uni.co. "Esse foi mais um passo em direção à criação da plataforma de franquias do Universo Americanas, iniciada com o anúncio da joint-venture com a BR Distribuidora para integração das lojas Local e BR Mania", diz o diretor-presidente da Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, reforçando que a aquisição vai aumentar o sortimento das marcas próprias.
Melhora no futuro, diz Ativa Investimentos
Para Pedro Serra, gerente de Research da Ativa investimentos, a Lojas Americanas apresentou forte crescimento nas plataformas digitais e vem mostrando cada vez mais resultados em suas estratégias O2O (Operação para Operação, em português), fato que promete ser potencializado após a fusão com a B2W.
Por outro lado, Serra destaca que as margens vieram, de forma geral, abaixo das expectativas para o trimestre, sinalizando a necessidade de melhor controle das despesas com vendas por parte da companhia.
"Além disso, as vendas dos canais físicos foram prejudicadas pelas restrições sanitárias, apresentando queda significativa nos resultados das lojas de shoppings", complementa.
Com a retomada da economia e com o progresso da vacinação no país, Serra acredita que a performance da Lojas Americanas tende melhorar, além da multicanalidade (diversos canais de vendas) aparecer como um grande catalisador de crescimento para as vendas da companhia.
Combinação com B2W
No último dia 28, a Lojas Americanas e a B2W divulgaram fato relevante sobre a proposta de combinação de negócios, criando a Americanas S.A. A proposta ainda será votada nas Assembleias Gerais Extraordinárias em 10 de junho. Na mensagem da administração, assinada por Gutierrez, a varejista afirma que a combinação das operações é uma oportunidade única de acelerar a evolução dos negócios.
"O mundo, o cliente e o papel das empresas mudaram. Transformações, que antes levariam décadas, aconteceram em apenas um ano. Os clientes sempre estiveram no centro da nossa estratégia e é para eles que estamos em constante evolução”, destaca a empresa. /com Agência Estado