Litecoin uma das maiores criptomoedas do mundo: saiba mais
O Litecoin é uma das criptomoedas com maior capitalização e liquidez do mercado, além de ser mais versátil e escalável do que o próprio Bitcoin. Saiba mais.
O universo das criptomoedas ainda não é tão conhecido por alguns investidores, principalmente por envolverem projetos tão novos. O Litecoin é um deles.
Fundado há quase 10 anos, essa altcoin, moeda digital alternativa ao Bitcoin (BTC), possui características úteis e realmente complementares ao BTC.
Leia o artigo completo para saber que funcionalidades são essas, como investir em Litecoin e se esse criptoativo é uma boa escolha. Vamos juntos?
O que é Litecoin?
O Litecoin (LTC) é uma criptomoeda criada em 2011 por Charles Lee, um ex-engenheiro do Google e é uma das principais do mercado.
O principal objetivo de Lee, com a criação desse criptoativo, foi o de cobrir algumas lacunas deixadas pelo Bitcoin.
Assim, esse projeto é considerado um fork (bifurcação), ou seja, a ramificação do projeto que originou o Bitcoin. Uma vantagem disso é que ela pode receber as mesmas atualizações da pioneira entre as moedas digitais.
Para Charles, as maiores limitações do Bitcoin eram o seu custo e a sua lentidão, como método de pagamento. Daí o lançamento do Lite, dois anos depois, com a proposta de ser um “Bitcoin atualizado” e complementar.
Hoje, o LTC é a 14ª maior criptomoeda do mundo e está cotado em R$ 813,35.
Vale pontuar que esse ranking diz respeito à capitalização, ou seja, o valor de mercado do criptoativo e sua liquidez. O que é diferente da valorização da moeda.
Quais as principais diferenças entre o Litecoin e o Bitcoin?
A versão “lite” ou leve do Bitcoin é semelhante a essa cripto justamente por também ser descentralizada e livre de qualquer controle estatal.
Mas ela difere em alguns pontos, como velocidade, quantidade de blocos ou moedas e o algoritmo de Prova de Trabalho (PoW). Confira.
Velocidade
Cada transação do LTC leva 2,5 minutos para ser concluída, diferente dos 10 minutos requeridos pelo Bitcoin.
Isso é útil para quem deseja utilizar a criptomoeda para fazer pagamentos diversos no comércio internacional e sem lidar com burocracias.
Custo
A mineração do LTC exige menos processamento que a do Bitcoin. Com isso, a rede possibilita um maior número de mineradores, o que reduz o custo das taxas por transação.
Dessa maneira, alguns investidores — que não querem pagar as altas taxas de transacionar BTC entre corretoras, por exemplo — trocam a moeda por LTC, fazem a transferência e depois trocam de volta para Bitcoin.
Suprimento
A “prata digital”, como também é conhecido o Litecoin, já que o Bitcoin seria o “ouro digital”, também foi projetado para produzir mais moedas.
O seu limite é de 84 milhões, enquanto o BTC se limita a 21 milhões.
Algoritmo
O algoritmo, chamado Proof of Work ou PoW, funciona como um “método de vigilância” das transações, já que não há o controle de uma entidade governamental nas criptomoedas.
Enquanto o Bitcoin usa o SHA-256, mais antigo e complexo, o Lite usa o Scrypt, que é mais eficiente durante a mineração.
Onde utilizar essa criptomoeda como meio de pagamento?
É possível gastar suas Litecoins, mas somente fora do Brasil.
Então se você vai viajar para o exterior e quer experimentar o LTC no lugar dos seus recursos em espécie ou cartão, veja as opções:
- PayPal: o sistema de pagamentos aceita praticamente qualquer tipo de negociação em LTC, como compra e armazenagem. Mas é restrito ao Reino Unido e aos Estados Unidos.
- Nexon America: a Nexon é uma empresa de jogos online e hoje ela aceita o Litecoin como forma de pagamento por itens dos games.
- AMC: é a maior rede de cinemas do mundo e ela permite o pagamento dos ingressos dos filmes com Litecoin, Bitcoin e Ethereum.
- Outras lojas: Travala (viagens), RE/MAX (empresa imobiliária), eGifter (vales-presentes) etc. também aceitam a prata digital.
Como investir em LTC?
Você pode comprar Litecoin tanto em corretoras, a exemplo da Binance, como no mercado P2P (ponto a ponto), nas redes de blockchain.
Uma vez adquiridas suas frações, você pode apenas armazená-las — com a segurança de ter um ativo protegido de crises políticas, por exemplo.
Mas também é interessante conhecer algumas opções de produtos financeiros, como:
Fundos de criptomoedas
O Grayscale é o maior fundo de cripto do mundo. Depois de uma grande compra, a gestora passou a deter mais de R$ 1,44 milhões de LTC, que se tornou a terceira maior reserva de moedas digitais da empresa.
No Brasil, existem quatro fundos de criptomoedas, incluindo Litecoin, disponíveis para investidores de varejo, como o BLP Crypto Assets FIM e o Hashdex 20 Nasdaq Crypto Ind.
Como todo fundo de investimento, é uma opção para quem deseja se expor ao mundo das criptos de forma passiva, delegando para um gestor profissional.
ETFs (Exchange Traded Fund)
Também é possível investir em Litecoin por meio de outro tipo de fundo, os fundos de índice.
O HASH11 foi o primeiro, da B3, a ser criado, mas hoje há várias outras opções, como QBTC11, BITH11, QETH11 e ETHE11. Mas vale destacar que esses outros quatro fundos investem apenas em Ethereum e Bitcoin, não em Lite.
Por serem ETFs, o gestor tenta replicar os indicadores de Bitcoin, como o Nasdaq Crypto Index (NCI), ou de altcoins — sendo que o próprio BTC geralmente conduz o comportamento das outras criptos.
Vale a pena investir em Litecoin?
Apesar de tantos benefícios e inovação nesse projeto — e sem histórico de fraudes — o Litecoin traz alguns riscos.
Existe uma carência de atualizações e de uma comunidade engajada em torno dele, o que o coloca mais vulnerável a ataques — apesar de Lee ainda estar a frente, com a Litecoin Foundation, depois de sair do cargo de Diretoria na Coinbase.
Além disso, o próprio fundador não tem LTC, o que leva os investidores a cogitarem que ele não crê suficientemente no próprio projeto. O engenheiro vendeu boa parte das que tinha e se supõe que isso aconteceu porque ele era acusado de manipular a cotação da moeda por meio dos seus tweets.
E você, gostou de entender sobre o Litecoin? A criptomoeda, sem dúvidas, está entre as cinco principais do mundo — principalmente pela sua versatilidade e escalabilidade. Mas o indicado, como de costume, é diversificar e ter diferentes criptos na carteira.