Inflação sobe para 5,90% e taxa de juros para 6,50%, segundo Focus
Projeções para o IPCA ficam cada vez mais longe da meta estipulada de 5,25% pelo BC
As projeções para a inflação e taxa de juros básica do País (Selic) para 2021 seguem subindo, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 21. A estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano aumentou de 5,82%, na última semana, para 5,90%, se afastando da meta do Banco Central de 5,25%.
Para os anos de 2022 e 2023, o índice foi mantido em 3,78% e 3,25%, respectivamente.
Os economistas do mercado também ajustaram para cima a taxa Selic para este ano, segundo o documento. De 6,25%, nos últimos sete dias, foi elevada para 6,50%. Nas últimas quatro semanas, o índice era de 5,50%. E continuou em 6,50% para os próximos dois anos.
O Produto Interno Bruto (PIB) deve ser maior para 2021, segundo o Focus. De 4,85%, na última semana, subiu para 5,00%, atingindo o patamar máximo previsto pelos analistas do mercado. Há um mês, a estimativa era de 3,52%.
Para o ano seguinte, os economistas reduziram o PIB de 2,20%, no boletim anterior, para 2,10%. E para 2023, ficou estável em 2,50%.
As expectativas sobre o câmbio para este ano seguiram o mesmo movimento de queda das últimas quatro semanas, quando a moeda americana foi estipulada em R$ 5,30 para este ano. De R$ 5,18, na última semana, caiu para R$ 5,10.
As projeções para o IPCA 5 dias úteis também sofreu nova variação altista para 2021. De 5,85%, na última semana, ficou em 5,93%. Há um mês o índice era de 5,36%. No entanto, para o ano seguinte caiu de 3,80%, nos últimos sete dias, para 3,74% e foi mantida em 3,25% em 2023.
IGP-M e balança comercial
Já o Índice Geral de Preços – Médio (IGP-M), considerada a inflação do aluguel, para 2021 vem subindo nos últimos boletins Focus. De 18,87%, na última semana, foi elevado para 19,09%. Há um mês a taxa era de 16,82%. Para 2022 e 2023 ficou no mesmo patamar da última edição? 4,56% e 4,00%, respectivamente.
A balança comercial também sofreu variação positiva para este ano, de acordo com os economistas. De um superávit de US$ 68 bilhões, na última semana, aumentou para US$ 68,70 bilhões.
No ano seguinte, o valor também foi ajustado para cima: de US$ 60 bilhões, nos últimos sete dias, acelerou sutilmente para US$ 60,35 bilhões. E foi mantida em US$ 63,38 bilhões para 2023.
Dívida
Já a participação da Dívida Líquida do Setor Público no PIB para 2021 foi mantida, segundo o Focus, em 62,10%, patamar da última semana. Em 2022, esse montante deve ser um pouco menor: de 64,32%, nos últimos sete dias, foi reduzida para 64,22%. O mesmo movimento de queda também foi feito para as projeções de 2023: baixou de 66,60% para 66,50%.