Inflação sobe para 5,44% e Selic fica em 5,75% para 2021, aponta Focus
Estimativa do IPCA sofre mais um ajuste para cima e supera o teto da meta da inflação para 2021
As novas projeções dos economistas do mercado apontam para uma inflação mais alta em 2021, acima do teto da meta. Segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira, 7, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do País, subiu para 5,44%. Na semana anterior, a expectativa era de 5,31%.
Para 2022, o IPCA também foi ajustado para cima. De 3,68%, na última semana, para 3,70%. E se manteve em 3.25% para o ano seguinte.
Já as estimativas do PIB em 2021 seguiram nova tendência de elevação, conforme vem sendo apontada pelos especialistas do mercado. Subiu de 3,96%, na última semana, para 4,36%, transitando na faixa esperada entre 4% e 5% entre os analistas.
Em 2022, de acordo com os economistas, o PIB também deve ser maior. Foi elevado para 2,31%, contra 2,25% na semana anterior. E ficou na faixa de 2,50% para 2023.
As projeções para a Selic, considerada a taxa de juros do País, para 2021 e próximos dois anos foram mantidas. Para 2021, ficou estável em 5,75% e em 6,50% para 2022 e 2023.
As expectativas dos economistas do mercado sobre o desempenho do câmbio se mantiveram no mesmo patamar da semana anterior. Para este ano, o dólar deve ficar em R$ 5.30, sendo o mesmo valor projetado para 2022, e R$ 5,20 para 2023.
5 dias
O IPCA de 5 dias úteis para 2021 também foi alterado. De 5,49%, na última semana, a estimativa foi puxada para 5,51%. Para o ano seguinte, o índice saiu de 3,66%, na última semana, para 3,70%, e ficou estável em 3,25% para 2023.
IGP-M mais alto
O IGP-M, considerado a inflação do aluguel, também deve ficar mais alto em 2021, de acordo com o Focus. A projeção para o índice aumentou de 18,52%, na última semana, para 18,81%. Para o ano seguinte, subiu de 4,35%, de acordo com o último boletim, para 4.50%. Em 2023, foi mantida em 4,00%.
Balança comercial e dívida líquida
Nesta edição do Focus, os economistas não fizeram ajustes na projeção da balança comercial para este ano, ficando em US$ 68 bilhões, mesmo montante apontado na última semana.
No entanto, puxaram para cima as estimativas para 2022: aumentou de US$ 60 bilhões, na última semana, para US$ 60,35 bilhões. E de US$ 57 bilhões para US$ 60 bilhões em 2023.
A participação da dívida líquida do setor público no PIB também deve ser maior para 2021, de acordo com o Focus. Foi elevada de 63,20%, no último boletim, para 62,48%. Para o ano seguinte e 2023, o montante foi revisado para baixo. De 65,65% caiu para 64,40% para 2022, e de 67,10% foi ajustada para 66,60%.