Pão de Açúcar diz que Casino não colocou operação à venda no Brasil
Em nota, empresa tenta afastar notícias de que franceses procuram comprador para varejista; ações do GPA dispararam na véspera
Após uma segunda-feira agitada na Bolsa, o GPA, dono da marca Pão de Açúcar, tenta imprimir uma rotina um pouco mais tranquila para seus papéis nesta terça-feira, 22. Antes mesmo da abertura do mercado, a empresa já buscava afastar os rumores de que teria parte de seus ativos colocados à venda pela controladora da empresa, o grupo francês Casino, detentor de 41,2% das ações da companhia, que é listada na B3.
Em comunicado, a diretora de relações com investidores da empresa, Isabela Cadenassi, afirma que entrou em contato com o Casino questionando a empresa sobre uma reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo, que afirma que os franceses teriam contratado o banco brasileiro BR Partners para estruturar a venda de sua fatia do GPA.
Ainda de acordo com Isabela Cadenassi, o Casino teria respondido que "nenhum banco foi contratado e que não há processo de venda em curso".
Com isso, a empresa espera retomar o controle sobre a volatilidade de seus papeis. Ontem, a ações ordinária do GPA dispararam 7,88% após o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, noticiar que Michel Klein, da família fundadora das Casas Bahia, e Abílio Diniz, que já presidiu o Pão de Açúcar, estavam montando posições para assumir o controle da GPA.
Esses movimentos de Klein e Diniz estariam acontecendo em um momento no qual o varejo vive uma onda de fusões e aquisições, em uma busca para se reposicionar no mercado. Isso significa crescer, promover fusões e sinergias, além de preparar o terreno para briga de gigantes.
Como quase todo o varejo alimentar em 2021, o GPA está surfando um bom momento. No 1º trimestre, a empresa teve um lucro líquido de R$ 127 milhões, ante prejuízo de R$ 119 milhões um ano antes.