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Empresa

Governo embolsará R$ 37,3 bilhões da Petrobras após lucro recorde em 2021

União detém 36,75% das ações da companhia e é a maior acionista

Data de publicação:18/04/2022 às 00:30 -
Atualizado um ano atrás
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A Petrobras irá pagar um total de R$ 37,3 bilhões para o Governo Federal em dividendos. O montante, reflexo do lucro recorde registrado pela petroleira de R$ 106,668 bilhões em 2021, foi bem mais expressivo e quase 12 vezes superior aos R$ 3,2 bilhões distribuídos para a União no ano anterior.

Os recursos vão direto para os cofres do Tesouro Nacional e utilizados de acordo com as demandas da União.

Governo recebe R$ 37,3 bilhões da Petrobras após lucro recorde em 2021
Governo receberá R$ 37,3 bilhões de proventos da Petrobras - Foto: Reprodução

De acordo com informações da petroleira, o governo detém 36,75% das ações da companhia, 42,5% estão nas mãos de investidores estrangeiros e 20,46% com investidores brasileiros, o que torna o governo o maior acionista da Petrobras.

Reforço dos proventos

Em novembro do ano passado, a Petrobras confirmou, por meio de comunicado, a informação de que prevê distribuir entre US$ 60 bilhões e US$ 70 bilhões em dividendos entre 2022 e 2026, meta que faz parte do Novo Plano de Negócios a Investidores.

Por outro lado, a estatal atualmente está sendo pressionada pelo governo a baixar os preços dos combustíveis em um momento no qual o preço do petróleo segue em alta, pressionado pelos efeitos da guerra na Ucrânia.

E o pagamento de dividendos está no centro de discussões entre representantes do governo, especialistas e o mercado. Alguns acreditam que a empresa seguirá distribuindo fortes proventos, entre eles, o Goldman Sachs.

Em relatório, o banco projeta que a estatal pode, além dos dividendos já anunciados, incluir proventos extras na ordem de US$ 10 bilhões pagos ainda no primeiro trimestre.

Já outros especulam a possibilidade de a empresa interromper esses pagamentos para poupar dinheiro e segurar a alta dos combustíveis, seguindo na linha da vontade do governo.

Para Flavio Oliveira, especialista da Zahl Investimentos, a interferência do governo na estatal pode fazer o investidor perder a confiança e reduzir seus investimentos na companhia.

"É uma situação delicada. Se o governo começar a esculhambar o preço dos combustíveis, a Petrobras perderá sua capacidade produtiva. Agora se a União começar a intervir, o dólar sobe e o investidor deixa de confiar no bom andamento da empresa".

Flavio Oliveira, da Zahl Investimentos

De acordo com Oliveira, é possível mudar as regras do jogo, mas para isso o governo teria que fechar o capital da empresa, algo que é difícil de se tornar realidade pela falta de condições de sustentar uma gigante como a Petrobras.

Dividendos e o estatuto da companhia

O estatuto da petroleira vincula o montante de dividendos ao endividamento bruto: se os compromissos financeiros forem inferiores a US$ 60 bilhões, a Petrobras poderá distribuir aos acionistas uma quantia maior que o normal em proventos — e, ao menos ao fim de 2021, a dívida bruta da companhia era de US$ 58,7 bilhões.

Sobre o autor
Julia Zillig
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