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Fundos de previdência: aplicar em PGBL ainda neste ano permite redução do IR em 2023; confira os 10 campeões no ano

Fundos de Previdência de crédito privado têm rentabilidade média de CDI mais 1%, aponta Valora

Data de publicação:30/11/2022 às 05:00 - Atualizado 2 anos atrás
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Os fundos de previdência, para aposentadoria complementar no longo prazo, ficam em evidência nessa época do ano tanto por ser opção para emprego da renda extra do décimo terceiro, como por permitir um planejamento tributário com redução do imposto de renda de 2023, pelos incentivos fiscais oferecidos pelos Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Para ter uma ideia de até quanto pode render esse tipo de ativo, veja o ranking dos 10 líderes no ano.

Toda aplicação em PGBL feita até 29 de dezembro, último dia útil do ano, poderá ser usada para abater até 12% da renda bruta no cálculo do imposto de renda na declaração de 2023. Na prática, isso reduz a base de cálculo e, portanto, o imposto a pagar. Ou aumenta os valores da restituição. Um bom motivo para pensar em iniciar uma poupança para o futuro.

Foto: Envato

Os 10 fundos de previdência mais rentáveis no ano

No ano, até o dia 25 de novembro, os líderes em rentabilidade não decepcionam, superam não só a inflação como os principais benchmarks da renda fixa, o CDI, e da renda variável, o Ibovespa.

Como podem assumir posições em diferentes mercados, os fundos de previdência da classe de multimercado conseguem neutralizar a volatilidade dos ativos, tirar proveito tanto de sua valorização quanto de queda, e superar os referenciais de cada segmento.

São desempenhos que mesmo depois do desconto do imposto de renda garantem um generoso ganho real ao investidor, quando comparado com o IPCA acumulado no período, de 5,19%.

Mas esses 10 fundos fazem parte de um grupo seleto dentro do segmento. Segundo Alexandre Brito, sócio e analista da Finacap Investimentos, aproximadamente 70% de todo esse mercado de aposentadoria no País rende abaixo do CDI

FundoRend. 2022 até 25/11
BZ Previdência Local FIM IE121,03%
BTGP Absoluto LS B PREV FIFE FIM CP25,43%
Itaú Flexprev Macro Opportunities Multimercado FI22,88%
Vinland Macro II PREV MASTER FIM22,20%
Itaú Flexprev Optimus Titan Multimercado FI21,39%
SPX Lancer Previdenciário FIM20,89%
Kapitalo K10 Previdência Master FIM20,86%
Prev SPX B Lancer FIC FIM19,50%
SPX Lancer XP Seguros PREV FIC FIM19,48%
GAP Absoluto FIFE FIM18,81%
CDI10,96%
IPCA 5,19%
Ibovespa 4,86%
Fonte: Rastreador de fundos Mais Retorno

O retorno em 2 anos

No período mais esticado, de 24 meses, o ranking se altera entre os fundos, mas todos eles continuam superando a inflação, o CDI, e o Ibovespa.

Fonte: Comparador de Ativos da Mais Retorno

O que considerar na escolha do plano

Escolher um fundo para sua segurança futura também é uma responsabilidade, o ativo pode entregar muita rentabilidade e ao mesmo tempo pode ser extremamente volátil. É por isso que o primeiro passo é reconhecer o seu perfil como investidor e pensar qual é o seu objetivo com a previdência. Especialistas explicam que ainda existe muito potencial de crescimento neste setor e pode, inclusive, ser vantajoso em questões tributárias no Brasil. 

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o mercado de previdência privada alcançou a marca de R$ 1,14 trilhão de patrimônio líquido em setembro, montante que representa o dobro do valor de 5 anos atrás. O sócio da Valora Investimentos, Rodrigo Mendonça, afirma que há uma demanda muito grande por bons ativos no mercado de previdência e que o crescimento de fundos neste mercado está associado à sofisticação dos produtos e à entrega de retorno ao investidor.

Além da quantidade de novos fundos ter sido grande nos últimos anos, ele destaca também que a modalidade de produtos dessa indústria cresceu, com uma gama maior na quantidade de ativos que podem ser alocados no fundo. Pelo menos em fundos de previdência de crédito privado, Mendonça explica que a média é de rentabilidade CDI mais 1%, que seria um retorno próximo à taxa Selic mais 1%.

Alexandre Brito, sócio e analista da Finacap Investimentos, explica que o mercado de previdência privada no Brasil totaliza cerca de R$ 1 trilhão e desse montante 90% dos produtos ainda estão nas mãos dos grandes bancos.

Antes de qualquer escolha, o sócio e analista da Nord Research, Luiz Felippo, diz que o investidor precisa olhar qual a estrutura do plano que ele quer: PGBL, VGBL, regressivo ou progressivo. Em seguida, de acordo com Felippo, é necessário escolher o tipo de fundo analisando o histórico, a equipe de gestão, o retorno e as métricas do ativo.

“O investimento em previdência conceitualmente é de longo prazo e na hora da seleção dos fundos, a pulverização de estratégia é muito importante. O investidor vai balancear, em alguns momentos se voltar a fundos de equities, em outros momentos como agora faz sentido rodar mais com crédito, com CDI lá em cima, mas de fato é aquela velha história, nunca colocar todos os ovos em uma cesta só, sempre balancear de acordo com o momento do ciclo macroeconômico no Brasil”.

Rodrigo Mendonça, sócio da Valora Investimentos

Além de poder diversificar o fundo de previdência com renda fixa, investimento internacional e renda variável, uma vantagem destacada por Alexandre Brito, sócio da Finacap, é a eficiência tributária desse ativo. De acordo com ele, o fundo previdenciário não tem o chamado “come-cotas”, imposto pago duas vezes ao ano. O analista reforça que o produto também é extremamente interessante quando se fala em sucessão, já que é um produto que não entra no inventário na maioria dos estados brasileiros.  

“A estrutura de um fundo de previdência é fantástica, em termos de planejamento sucessório e tributário. Existe um mar de oportunidades, onde o investidor pode sair de um produto ruim e partir para um ativo com gestor profissional”, afirma o analista da Finacap, referindo-se à portabilidade dos fundos de previdência.

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Sobre o autor
Mari GalvãoRepórter de economia na Mais Retorno