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Economia

Funchal: muito da questão fiscal é ruído, diz secretário de Tesouro

Governo prepara medidas que reforçam o colchão de liquidez para enfrentar a volatilidade

Data de publicação:03/09/2021 às 16:20 -
Atualizado 3 anos atrás
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O secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, avaliou nesta sexta-feira que uma das fontes de volatilidade do mercado atualmente é a questão fiscal. Ele ponderou, no entanto, que "muito dessa questão fiscal é ruído".

Durante evento virtual Scoop Day, com transmissão pela TC Rádio e pelo YouTube do TC, o secretário Funchal disse que o governo está se preparando com medidas que reforçam o colchão de liquidez para momentos de maior volatilidade.

ministério da economia
Fachada do Ministério da economia na Esplanada dos Ministérios

"O Tesouro tirou um pouco o pé do acelerador das emissões, mas sabemos que precisamos captar. O trabalho tem sido bem feito", avaliou Funchal.

Agora, questão fiscal está melhor

O secretário especial afirmou que o quadro fiscal brasileiro está melhor do que no passado, apesar de alguns indicadores financeiros não estarem acompanhando essa evolução. Funchal destacou, em especial, o comportamento das curvas de juros ao longo de 2021, principalmente depois de julho. Segundo ele, houve um crescimento acentuado, especialmente na ponta longa, que traz incerteza.

"Se olhamos dados bimestrais, vemos melhora fiscal consagrada", disse ele.

A melhora da arrecadação vista recentemente, conforme o secretário, tem impacto nas contas do governo. "Isso melhora nossa perspectiva fiscal e reflete também na dívida", pontuou. "Tudo isso é positivo, mas temos que lidar com as expectativas e com os principais problemas: precatórios e auxílio Brasil são os que estão no 'pipeline' no momento."

Eleições 2022

O secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia disse também que acredita que os eventuais candidatos à Presidência da República no pleito eleitoral de 2022 não vão querer desorganizar as contas públicas.

De acordo com ele, desde a instituição do teto de gastos está ficando claro os benefícios da consolidação fiscal, cujo teto é o principal instrumento. "O teto de gastos é um dos principais pilares da consolidação fiscal e não creio que os candidatos vão querer desmontá-lo e desorganizar as contas públicas", disse acrescentando que isso traria mais inflação.

Investidor estrangeiro olha a questão fiscal

Funchal afirmou que os investidores, sejam eles domésticos ou estrangeiros, têm questões muito similares em relação às áreas fiscal e política. "Político e fiscal estão alinhados com as dúvidas internas. Para o estrangeiro, tem também o meio ambiente", citou.

Ele lembrou que no Programa Anual de Financiamento (PAF), o Tesouro Nacional incorporou a pauta ESG em seus parâmetros. A sigla em inglês trata de padrões de sustentabilidade, social e de governança. "Pretendemos fazer emissão de um bond soberano ESG", repetiu.

O secretário salientou, no entanto, que, depois que o Brasil perdeu sua classificação de grau de investimento, houve uma queda "bastante grande" do volume de estrangeiros que investem em títulos brasileiros. "Nosso foco é local, mas não deixamos de olhar para fora", ponderou, explicando que as conversas com esses investidores continuam a ocorrer.

Controle de gastos

Funchal disse ainda que mesmo com a arrecadação crescendo, como vem acontecendo, se faz necessário o governo continuar a bater a tecla de que é preciso controlar os gastos.Para o secretário, que participou do evento virtual Scoop Day, organizado pela plataforma TC, alguns destaques são sempre preciso serem feitos.

"Independente da fonte do crescimento da arrecadação, a gente sempre tem que bater na mesma tecla. A melhora de resultado é porque estamos controlando despesas e dado que controla despesas a partir do teto, vai virar resultado na arrecadação e impactos na dívida", disse o secretário.

Sobre quanto da arrecadação é preço (inflação) e quanto é quantidade (crescimento), Funchal disse que, por uma regra de bolso, um terço é crescimento, que este ano vai ser de um pouco mais de 5%, e que dois terços vêm de preços, tanto de commodities quando de diferencial de deflator de índice de inflação, no caso o IPCA.

"Esse diferencial de deflator em IPCA positivo, ou seja, o deflator maior que o IPCA, tem um impacto positivo na redução da dívida. E é claro que o efeito preço se propaga pela arrecadação. Então a rega de bolso que uso é essa: dois terços são preços e um terço é quantidade", disse o secretário do Tesouro. /Agência Estado

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