No primeiro pregão de fevereiro, Bolsa sobe 0,97% e fecha no maior patamar desde outubro; dólar cai a R$ 5,27
Entrada de capital estrangeiro continua sustentando a alta do Ibovespa
A Bolsa de Valores, a B3, iniciou o mês de fevereiro no azul e, no pregão desta terça-feira, 01, fechou com alta de 0,97%, aos 113.228 pontos, maior patamar desde outubro. A valorização do Ibovespa foi puxada pelo avanço expressivo das empresas exportadoras de minério de ferro no pregão, refletindo o movimento de alta da commodity nos mercados internacionais. A Vale, que tem um peso de cerca de 15% na composição do índice, saltou 5,49%.
O dia de feriado na China manteve a negociação de diversos contratos do minério estáveis em patamares elevados - no porto de Qingdao, com uma alta acumulado de 22% desde o começo de 2022, o minério com teor de 62% de ferro está cotado a US$ 146,78. As fortes chuvas no sudeste brasileiro, combinadas a fatores climáticos adversos e avanço da ômicron na Austrália, dois dos países que mais exportam o produto, levaram a uma perspectiva de queda na oferta da commodity, elevando o seu preço.
No cenário interno, os investidores estão atentos, também, à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que teve início nesta terça e será finalizada amanhã, com a divulgação da nova Selic, taxa básica de juros, hoje em 9,25% ao ano. Em análise, o BTG Pactual Digital afirma que o mercado já tem como precificada uma elevação de 1,5 ponto percentual, levando a taxa a 10,75% ao ano.
Dólar e juros futuros
Já o dólar, refletindo a forte entrada de investimentos externos no mercado brasileiro neste pregão com a valorização das empresas exportadoras de commodities, fechou mais um dia em baixa, com variação negativa de 0,72% e cotado a R$ 5,27. Este é o sexto dia de queda consecutiva para a moeda americana, que chegou ao menor patamar desde 16 de setembro.
Acompanhando o movimento de desvalorização do dólar, os juros futuros também fecharam majoritariamente em baixa. O contrato que registrou a queda mais expressiva do dia foi o com vencimento para setembro de 2025, com variação negativa de 0,26%.
O dia na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Banco Inter | BIDI11 | +8,08% |
Vale | VALE3 | +5,49% |
CSN | CSNA3 | +5,05% |
Braskem | BRKM5 | +4,45% |
Usiminas | USIM5 | +3,88% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Alpagartas | ALPA4 | -6,91% |
Banco Pan | BPAN4 | -5,22% |
Minerva | BEEF3 | -5,03% |
Lojas Renner | LREN3 | -4,05% |
Iguatemi | IGTI11 | -3,60% |
Estados Unidos: balanços corporativos
No Estados Unidos, a temporada de balanços corporativos segue em curso, ganhando destaque entre os investidores. Até agora, das 172 empresas que integram o S&P que reportaram lucros no quarto trimestre de 2021, 78,5% superaram as estimativas dos analistas, segundo Refinitiv. Nesta terça-feira é a vez da Alphabet, controladora do Google, e a PayPal apresentarem seus números.
Refletindo os bons resultados das empresas, os principais índices acionários americanos fecharam em alta no pregão desta terça-feira:
- Dow Jones: alta de 0,78%
- S&P 500: alta de 0,69%
- Nasdaq 100: alta de 0,60%