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Mercado Financeiro

Bolsa sobe aos 108 mil pontos pela primeira vez em 2022 com Vale; dólar cai a R$ 5,44

Confira as movimentações do mercado nesta quarta-feira, 19

Data de publicação:19/01/2022 às 19:08 -
Atualizado 2 anos atrás
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Mais uma vez na contramão do exterior, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, fechou em alta de 1,26%, aos 108.013 pontos, nesta quarta-feira, 19, puxada pelas ações ligadas ao minério de ferro e do setor varejista. Essa é a primeira vez que o Ibovespa fecha acima dos 108 mil pontos em 2022. A Vale, empresa com maior peso na composição da B3, registrou um avanço acentuada de 2,20%, na esteira da valorização do minério nos mercados internacionais.

O minério de ferro, assim como outras commodities, vive um movimento de alta nos últimos dias puxada pela cotação do petróleo, em decorrência da crescente perspectiva do mercado de que a demanda global por esses produtos deve seguir bastante elevada, enquanto a oferta ainda não foi totalmente normalizada.

mercado bolsa
Foto: Envato

Além disso, conflitos geopolíticos entre a Ucrânia e a Rússia e no Oriente Médio, locais onde há grandes reservas de petróleo e gás natural, causam um maior receio entre analistas e investidores de que a oferta desses produtos pode ser comprometida, o que contribui para a elevação do preço do petróleo, que, por sua vez, acaba puxando uma valorização em cadeia de outras produtos.

Petrobras

Embora a tendência seja de uma valorização nas ações da Petrobras, acompanhando a alta do petróleo, a companhia fechou o pregão da Bolsa em baixa de 0,47%, invertendo o sinal positivo em que operou na maior parte do dia. Essa queda, de acordo com os especialistas, reflete a preocupação do mercado com a inflação no Brasil e nos outros países.

"O aumento do preço do petróleo pressiona a Petrobras por mais uma alta nos preços dos combustíveis no mercado interno brasileiro. A empresa anunciou um aumento de 5% na gasolina no início deste mês, mas de acordo com nossos cálculos, os patamares atuais do petróleo e do câmbio já justificariam outro aumento de 12%. O movimento de alta intensifica a preocupação com a inflação não só aqui, mas no mundo todo".

Antônio Sanches, especialista da Rico Investimentos

Dólar

O dólar fechou em forte baixa de 2,30% nesta quarta-feira, cotado a R$ 5,44, o menor patamar desde 11 de novembro de 2021. De acordo com o economista da Valor Investimentos, Piter Carvalho, o movimento de alta observado nas commodities nos últimos dias, o que favorece ações de empresas exportadoras desses produtos, caso da Vale e da Petrobras, ajuda a explicar a desvalorização da moeda americana frente o real.

Com mais dólares entrando no mercado acionário e maior oferta da moeda no País, o real ganha força e se valoriza. Cristiane Quartarolli, economista e especialista em câmbio do Banco Ourinvest, pontua que "o comportamento das empresas ligadas às commodities, que têm mostrado valorização nos últimos dias, contribuiu para aumentar o fluxo de dólar que circula no mundo, o que é benéfico para o comportamento das moedas emergentes".

Taxa de juros e varejistas

Acompanhando o movimento do dólar, a curva de juros futuros fechou majoritariamente em baixa neste pregão. As quedas mais expressivas vieram dos contratos com vencimento para setembro de 2024 e março de 2026, ambos com uma variação negativa de 0,26%. Na sequência, os contratos com vencimento para março de 2025 e janeiro de 2030 recuaram 0,25%.

Com os juros futuros em baixa, empresas ligadas ao consumo doméstico, como as varejistas e as construtoras, além das companhias mais ligadas à tecnologia, que dependem de juros mais baixos para financiar seu crescimento no longo prazo, fecharam o pregão desta quarta-feira com altas expressivas.

O dia na Bolsa

Maiores altas da Bolsa

EmpresaCódigoVariação
LocawebLWSA3+12,65%
AmericanasAMER3+9,90%
Lojas AmericanasLAME4+9,41%
Banco InterBIDI11+8,70%
Magazine LuizaMGLU3+7,13%
Fonte: B3

Maiores baixas da Bolsa

EmpresaCódigoVariação
EmbraerEMBR3-2,79%
CognaCOGN3-2,22%
AzulAZUL4-1,33%
MinervaBEEF3-1,30%
Banco BradescoBBDC4-1,26%
Fonte: B3

Mercados internacionais: cautela com a inflação

"Lá fora, os mercados seguem digerindo a retirada de estímulos econômicos dos bancos centrais dos principais países desenvolvidos. A inflação segue no centro das atenções e agora foi a vez do Reino Unido apresentar seu dado de inflação que veio acima do esperado, fechando o ano de 2021 com o maior nível dos últimos 30 anos. O mercado começa a projetar uma política monetária mais restritiva à frente por parte do Banco Central do país".

Antônio Sanches, especialista da Rico Investimentos

De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), o índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido subiu 5,4% em dezembro de 2021 ante igual mês do ano anterior, cujo indicador contabilizou 5,1%. O resultado mensal - o mais alto desde janeiro de 1997 - superou a expectativa dos analistas, que previam ganho de 5,2%, e afastou ainda mais a inflação britânica da meta do Banco da Inglaterra (BoE), de 2%.

Na Alemanha, o CPI atingiu 5,3% em dezembro do ano passado, ante 5,2% registrado no mês anterior, segundo dados publicados pela Destatis, agência de estatísticas do país. Em 2021, a inflação alemã teve alta média de 3,1% ante 2020, considerada a maior desde 1993.

Com a inflação alta e as perspectivas de que a valorização das commodities, sobretudo o petróleo, podem elevar ainda mais os preços pelo mundo, os principais índices americanos fecharam em baixa, na expectativa de que os bancos centrais dos países devem iniciar um ciclo de aperto monetário, o que prejudica os ativos de risco, como os mercados acionários.

Fechamento dos principais índices americanos

  • Dow Jones: baixa de 0,96%
  • S&P 500: baixa de 0,97%
  • Nasdaq 100: baixa de 1,07%
  • NYSE Composite: baixa de 1,56%
Sobre o autor
Bruna Miato
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