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Economia

Febraban: para os bancos, Copom fez ajustes adequados à Selic

De acordo com pesquisa feita pela federação, 94,1% avaliam que a decisão do comitê sobre a taxa de juros foi adequada

Data de publicação:06/07/2021 às 12:07 -
Atualizado um ano atrás
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O setor bancário acredita que a decisão de juros tomada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), de alta de 0,75 ponto porcentual na Selic - taxa básica de juros do País -foi adequada, e que os juros devem chegar a 6,5% ao ano no final do atual ciclo de ajuste. As percepções estão na Pesquisa de Expectativas realizada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Foto: Arquivo
Para grande parte das instituições bancárias, BC tomou a decisão mais acertada sobre a Selic - Foto: Arquivo

Segundo o levantamento, 94,1% dos participantes avaliam que a decisão do Copom foi adequada. Além disso, 70,6% deles viram como adequada a deliberação do comitê de não antecipar uma alta maior da Selic na próxima reunião, mantendo a previsão de um ajuste de 0,75 p.p., o mesmo feito nos últimos encontros.

Ao todo, 18 bancos participaram do levantamento da Febraban, que é realizado a cada 45 dias, após as reuniões do Copom.

A pesquisa colheu também as percepções das instituições sobre os patamares em que a taxa básica de juros da economia deve chegar no final do atual ciclo de ajustes. Todos os participantes acreditam que o Copom deve levar a Selic ao menos até o chamado patamar neutro, estimado em 6,5% ao ano pelo Banco Central.

Inflação e PIB

Para 76,5% dos entrevistados, a atual pressão da inflação deve contaminar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022, mesmo com a elevação dos juros pelo Copom, mas 64,7% deles acreditam que um ajuste dos juros até 6,5% será suficiente para conter a alta de preços.

Para 58,8%, o impacto da alta atual sobre a inflação futura será modesto. Apenas 17,6% acreditam que o choque será muito intenso, e que vai demandar uma maior elevação da Selic.

Também são maioria - 94,1% - os que acham que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 5% ou mais neste ano, sendo que 58,8% veem como mais provável um crescimento próximo a este número, e outros 35,3% acreditam que os sinais positivos na economia permitem prever um crescimento ainda maior.

Carteira de crédito

Isso, no entanto, não significa que a carteira de crédito crescerá no mesmo ritmo observado até aqui: 46,7% dos entrevistados pela Febraban acreditam que a carteira de crédito para empresas deve ter mais desacelerações no crescimento, e 40,4% acreditam que o crescimento do PIB deve ajudar a sustentar as altas.

Para o time dos "pessimistas", pesam o fim de programas públicos de crédito, o aquecimento do mercado de capitais e o caixa forrado das grandes empresas.

Na carteira total, a pesquisa da Febraban aponta a expectativa de crescimento de 10,3% neste ano, ante os 8,2% esperados na pesquisa de maio. O BC prevê alta de 11,1%, e no momento, a carteira tem se expandido a um ritmo de 16,1% em base anual, o que, segundo a federação, indica que há espaço para novas revisões positivas.

Pequenas e médias empresas

A reedição do Pronampe, programa de crédito para pequenas e médias empresas, pode ter motivado a melhoria nas projeções. A maior revisão para cima, segundo a Febraban, foi na carteira de crédito direcionado, que passou a ter previsão de alta de 8,2%, ante os 5,2% observados em maio. A resiliência dos créditos imobiliário e rural também contribuiu para a alta.

Na carteira livre, os bancos projetam em média alta de 11,2%, ante os 10,1% apontados na pesquisa de maio. A alta veio tanto das projeções para a carteira de empresas quanto para a de pessoas físicas, e em ambas, as expectativas aumentaram devido à previsão de que a recuperação da economia será mais sustentável no segundo semestre.

Inadimplência

Na carteira livre, a projeção da inadimplência para 2021 caiu 0,1 p.p. em relação à pesquisa anterior, para 3,5%, e para 2022, ficou estável em 3,7%, ambos os números menores que os de antes da pandemia, de 4%. Já na carteira total em 2022, espera-se inadimplência de 7,7%, ante os 6,9% da pesquisa anterior. / com Agência Estado

Sobre o autor
Julia Zillig
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