Economia

EUA: inflação sobe 1,3% em junho ante maio e atinge maior alta anual desde 1981

Resultado ficou acima do esperado pelo mercado, que projetava alta de 1,1%

Data de publicação:13/07/2022 às 10:51 - Atualizado um ano atrás
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O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 1,3% em junho ante maio, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 13, pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou acima da mediana projetada pelo mercado, de alta de 1,1%.

Inflação dos Estados Unidos atingiu o maior pico desde novembro de 1981 na comparação anual - Foto: Wirestock

Na comparação anual, o CPI dos EUA deu um salto de 9,1% em junho, o maior desde novembro de 1981 e ficou acima da estimativa dos analistas de avanço de 8,8%. Em maio, o avanço ante igual mês do ano passado havia sido de 8,6%.

Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,9% no último mês, superando a previsão de alta de 5,7%.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,7% na comparação mensal de junho. Neste caso, o consenso do mercado era de acréscimo de 0,5%.

Opinião do mercado sobre o CPI de junho

Para Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, o CPI dos EUA saiu "representando um número atrasado".

“Sabemos que a inflação é um indicador atrasado. Logo, vemos o mercado reagindo com pânico porque a Casa Branca já tinha falado que o CPI viria alto. Na verdade, esse número fala do passado. Agora, os investidores vão começar a digerir, a Bolsa vai virar e os ânimos vão se acalmar”, analisa..

Segundo Oliveira, o preço das commodities está em queda, ou seja, “essa pressão não existe mais”.

“Queremos ver quando a inflação vai começar a ceder porque hoje, por ora, o pior ficou para trás. Temos, portanto, uma reação no mercado, que está disfuncional, em pânico. Porém, digerindo os números, vemos que a pressão maior foi em energia e petróleo. E a commodity já recuou”, ressalta.

Na opinião do especialista, “o pior da inflação parecer ter ficado para trás”. / com Agência Estado

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