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Mercado Financeiro

Estrangeiro aumenta posição ‘vendida’ em taxa de juros

Juros têm forte queda na curva mais longa com resultados do 1º turno das eleições

Data de publicação:04/10/2022 às 12:24 -
Atualizado 2 anos atrás
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Os investidores estrangeiros aumentaram na segunda-feira, 3, suas posições aplicadas no mercado de juros, em termos líquidos.

O estoque de contratos em abertos vendidos em taxas/comprados em PU desses players passou de 1.155.410 para 1.860.966, uma diferença de 705.556 contratos. As informações são da B3.

Juros

Os investidores locais reduziram a posição líquida vendida em taxa, passando de 4.559.431 para 4.488.142 contratos em aberto, com menos 71.289 contratos.

Já os bancos aumentaram a posição líquida comprada em taxa, com o estoque passando de 5.554.377 para 6.265.926 contratos em aberto, uma alta de 711.549 contratos.

Efeito eleição nos juros

Na véspera, houve uma forte queda dos juros futuros com o desenho do primeiro turno das eleições e o clima de apetite ao risco no exterior. O destaque foi a forte devolução de prêmios na ponta longa onde normalmente estão alocados os riscos externo e fiscal.

Além do fato de a corrida presidencial não ter sido definida em primeiro turno, trouxe alívio aos ativos a configuração do Congresso, com maioria à direita e de perfil conservador, vista como um freio a eventuais opções heterodoxas na política econômica caso vença o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que segue favorito para levar a Presidência. Dólar e rendimento dos Treasuries em baixa também favoreceram a trajetória das taxas, a despeito do salto do petróleo.

Apesar do exterior ter ajudado, a repercussão do primeiro turno foi o principal evento para o mercado de juros nesta sessão inicial de outubro. "Bolsonaro pode até não ganhar, mas o bolsonarismo certamente venceu", resume um economista para explicar a reação dos ativos, referindo-se ao crescimento das bancadas consideradas conservadoras no Congresso e a competitividade dos candidatos aliados ao governo nas disputas nos Estados.

André Alírio, operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos, afirma que o quadro legislativo alimenta a ideia de um governo menos expansionista do ponto de vista fiscal e pró-privatizações, ponderando que o rótulo de que a direita é conservadora nem sempre é válido. "No frigir dos ovos, o que ficou é que não foi uma eleição ganha de lavada e o Congresso conserva o perfil mais à direita", resumiu./Agência Estado

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