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Mercado Financeiro

Vale, Arezzo, Itaú... Entre as 8 ações mais recomendadas, quais se destacaram e quais decepcionaram em 2022

Vale, Petrorio e Itaú Unibanco apareceram em quase todos os meses nas principais casas de análise

Data de publicação:19/12/2022 às 10:22 -
Atualizado um ano atrás
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Entre as carteiras recomendadas pelos analistas para cada mês do ano, algumas ações brilharam mais ao longo de 2022. Entre elas, a Vale teve cadeira cativa e foi unanimidade todos os meses, mas além do gigante da siderurgia e mineração, ações de outros setores foram representados. com Itaú Unibanco, Arezzo, Lojas Renner,  PetroRio, Petrobras, Weg e Suzano. Mas nem todas encerram o ano na posição de destaque.

As oito ações estiveram entre as eleitas para atravessar um ano de turbulências no País, com alta da inflação e juros, disparada nos preços dos combustíveis, eleições presidenciais, e, para finalizar, expansão nos gastos do governo, que levou à explosão do risco fiscal.

Ações commodities
Ações da mineradora Vale foram as mais recomendadas em 2022 | Foto: Reprodução

Não menos desafiador, o cenário externo também exigiu ações defensivas e cautelosas, com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, no leste europeu dominando a agenda nos primeiros meses do ano. Como consequência a economia global foi impactada por menor oferta de commodities e uma crise energética na Europa, que acabaram por desembocar em uma inflação recorde em diversos países, inclusive os Estados Unidos.

Entre as oito ações mais badaladas, duas fecharam no vermelho e perderam para a média de mercado referenciada no Ibovespa: Lojas Renner e Suzano. Acompanhe o desempenho de cada uma delas no ano, até o dia 9 de dezembro, em gráfico elaborado pelo Comparativo de Ativos da Mais Retorno.

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Commodities na liderança

As três primeiras colocações do ranking são ocupadas por papeis do setor de commodities. Mas o forte deles não foi apenas a rentabilidade, mas também a proteção contra os riscos internos e também diante do aumento de juros e inflação em nível global. São setores conhecidos como “defensivos” e, por isso, se tornam uma opção mais viável na visão dos analistas. 

O Brasil é um dos países que mais exporta commodities no mundo e as empresas se beneficiam com a cotação desses insumos no exterior. O fato de Vale, Petrorio e Petrobras estarem entre as mais recomendadas está diretamente ligado com a cotação do petróleo e do minério de ferro, que sofreram pressões e alta de preços ao longo deste ano. 

Além disso, Vale e Petrobras são papéis que têm muita liquidez no mercado, facilitando a venda das ações no caso do investidor querer sair da posição.

As campeãs de 2022

A seguir, os fatores que influenciaram o comportamento de cada ação na opinião de analistas.

Vale 

Embora a ação seja a terceira mais rentável, o ano não foi nada fácil para a empresa, principalmente por conta do cenário chinês, aponta Lana Santos, especialista de renda variável e sócia da Acqua Vero Investimentos. “A política de covid zero do governo chinês desacelerou a economia, fazendo com que o país não atingisse sua meta de crescimento do PIB. Tal desaceleração afetou diretamente a Vale, uma vez que a empresa possui grande parte de suas exportações para a China.”

Mesmo com as dificudades, a Vale pagou bons dividendos em 2022, e até o terceiro trimestre, apresentou bons números operacionais, afirma Lana. “As consequências do cenário chinês começaram a ficar em evidência após o resultado do terceiro trimestre, que veio bem abaixo das expectativas, e fez com que o papel perdesse parte do bom desempenho ao longo do ano.” 

Dentro do setor de mineração, a Vale continua sendo a empresa com operação mais robusta para enfrentar períodos de instabilidade, pondera a especialista. Mas, além disso, a Vale é o papel com maior liquidez dentro da Bolsa, e existe a crença entre os analistas de que o preço dos papeis está descontado diante dos fundamentos da companhia. 

Em relatório, analistas do BTG Pactual ressaltam que a empresa continua sendo um dos nomes preferidos para exposição à reabertura da economia chinesa

PetroRio x Petrobras

O ano de 2022 foi um ano favorável para o setor de petróleo em geral, uma vez que os preços dos barris, pressionados com a guerra e redução de oferta, se mantiveram elevados. Movimento que favoreceu as petroleiras no Brasil, mas a PetroRio foi a que surfou melhor nessa onda, o risco político e de comando trouxe restrições à recomendação de Petrobras. 

Lana explica que a PetroRio se beneficia de um Brent alto, já a Petrobras, por ser uma estatal e possuir um viés social no Brasil, acaba sendo impactada por interferências políticas, mesmo que indiretamente. 

Pedro Queiroz, assessor de renda variável da SVN Investimento, esclarece que as duas empresas se beneficiaram do cenário macro, com um Brent mais elevado, só que a PetroRio está ganhando cada vez mais eficiência por conta das aquisições. 

“Petrobras, foi um caso diferente, aproveitou do cenário macro mais elevado e teve uma geração de caixa absurda, então se colocar a valorização junto com os pagamentos de dividendos, o ganho é muito maior”, pondera Queiroz.

Analistas do BTG Pactual afirmam que a PetroRio “está agora em uma posição única no setor brasileiro de Óleo e Gás: forte curva de crescimento da produção, espaço para reduzir ainda mais os custos e bem capitalizada, o que deve permitir aproveitar oportunidades que ninguém mais pode no setor.

Itaú Unibanco

O ciclo de alta de juros beneficiou o setor de bancos, pelos produtos como crédito, empréstimo, entre outros. Entre as companhias do setor bancário, no entanto, os papeis do Itaú Unibanco foram os mais citados em 2022 e estão sofrendo menos que seus pares.

“Quando falamos sobre as recomendações, o Itaú hoje é o melhor player privado, de um setor com valuation extremamente atrativo, o setor financeiro. É claro que o setor está sofrendo, basta olhar Santander e Bradesco, mas Itaú está mostrando uma resiliência maior nos resultados, por isso resulta na recomendação e na própria performance”, diz o analista da SVN. 

Mesmo diante das expressivas e recentes quedas da Bolsa, todo o setor também sofreu, "mas Itaú caiu menos que os outros e o resultado do terceiro trimestre da empresa também veio melhor”, reforça Queiroz.

Na avaliação do BTG Pactual, a maior exposição do Itaú aos segmentos de varejo de alta renda e grandes empresas oferece maior proteção no ambiente atual. 

Mas não é só isso, traz o relatório do BTG. Segundo seus analistas, "o Itaú parece estar superando seus pares privados praticamente em todos os lugares que você olha. Tem administrado melhor sua carteira de crédito e ALM (gerenciamento de risco evitando descasamento entre ativo passivo) crescendo as taxas e seguros em ritmo mais acelerado (plataformas abertas, novas equipes/modelo de
parceria)".

Weg

A Weg ganhou espaço pela forte geração de caixa apresentada em 2022 e por mostrar crescimento em praticamente todos os seus segmentos. A Guide Investimentos afirma que a companhia tem apresentado desempenho consistente nos últimos anos, com interessante crescimento de receita. 

Tudo isso aliado à evolução do Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC), com resiliência aos efeitos da pandemia devido à diversificação geográfica de sua atuação e em seu portfólio de produtos, segundo a Guide.

Arezzo

Os analistas concordam que, embora a Arezzo esteja no setor de varejo que sofreu com inflação e juros altos, a empresa mostrou resiliência.

“A Arezzo conseguiu entregar um desempenho positivo principalmente por possuir um público alta renda, que é menos afetado pelo cenário macroeconômico de juros e inflação em alta”, pondera Lana, da Acqua Vero.

Nessa mesma linha, o especailista da SVN diz que a empresa “tem uma capacidade de repassar a inflação em seus preços, diferente da grande maioria das empresas do setor. Isso graças ao poder de sua marca e pelo público alta renda, que sofre menos no poder de compra.” 

Suzano

A queda da Suzano, segundo analistas do BTG Pactual, está ligada a uma dissociação entre o preço da celulose e o dos papeis. O mercado passou a precificar uma queda forte da commodity, que vive um ciclo de alta, e as ações da empresa, foram arrastadas nessa previsão.

Mas para o BTG, “a precificação do mercado sobre o valor da celulose foi irreal e não justificava a queda dos papéis da Suzano. O banco segue otimista com a tese, e enxerga uma empresa com boa qualidade, baixa alavancagem e ótimos fundamentos”.

A Suzano, empresa líder no setor de Papel & Celulose, maior produtora global de celulose de eucalipto. Sua receita é dolarizada, o que pode favorecê-la num cenário de desvalorização do real.

Em relatório, analistas do Santander afirmam que "devido ao nosso cenário de preços de papel e celulose para 2022 e 2023, acreditamos que Suzano pode ter uma grande geração de caixa, exposição ao dólar e possibilidades de expansão por conta da sua rápida desalavancagem."

Lojas Renner

O mesmo cenário macro, de inflação e juros em alta e queda do poder aquisitivo da população, impactou os papeis da Renner. 

“No caso de Lojas Renner, o desempenho foi mais atrelado à questões macroeconômicas, uma vez que o cenário altista de juros e de um ciclo inflacionário persistente afetaram diretamente o setor de consumo, principalmente o voltado para rendas mais baixas”, afirma Lana. 

Segundo ela, por mais que a empresa possua uma estrutura robusta e sólida operação, os papéis da empresa não escaparam dos receio de uma degradação do cenário macro. / Mari Galvão e Regina Pitoscia

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