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Bolsa de Valores
Mercado Financeiro

Em setembro, especialistas indicam as aplicações defensivas; veja quais são

Opções são mais voltadas à proteção do capital do que à busca obstinada por rendimento

Data de publicação:01/09/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Setembro chega com as mesmas incertezas e preocupações que influenciaram o ânimo dos investidores em agosto. Um cenário de tensões políticas e preocupações fiscais, temperado por inflação em persistente alta, que deve produzir efeitos sobre o mercado financeiro. Um caminho minado por onde o investidor transitará, sujeito a riscos e percalços, e fará de setembro um mês desafiador para a gestão de capital ou patrimônio. É hora de buscar as aplicações defensivas.

São opções, sugeridas por especialistas, mais voltadas à proteção do capital do que à busca obstinada por rendimento. A estratégia consistem em expor o investimento a menos riscos em momentos de estresse, como se projeta para setembro.

Ações de empresas dolarizadas, que vendem ao exterior, estão entre as mais indicadas

Onde encontrar proteção nas ações

Na bolsa de valores, os especialistas associam as aplicações defensivas, em geral, aos papeis de empresas grandes, geradoras de crescimento consistente, com previsibilidade de receitas e lucros. Este é o ponto inicial, a partir do qual é feita uma reclassificação em que a atratividade é avaliada de acordo com o segmento em que atua, do produto que fabrica ou vende, serviço que presta, em que moeda recebe o faturamento, dentre outros.

Em cenário de acirramento de crise, de instabilidade e turbulências na economia e nos mercados, ações de companhias de alguns segmentos contam com a recomendação de praticamente todos os analistas e especialistas. Um deles é o de empresas dolarizadas, as que vendem ao exterior e têm receita em dólar, como as de celulose e mineração.

São companhias menos expostas às crises domésticas e podem até ser beneficiadas por elas se levarem à alta do dólar. “É o caso da Vale, que exporta minério de ferro e recebe em dólar o que vende lá fora”, comenta Filipe Fradinho, analista técnico da Clear Corretora. “Quanto mais o dólar sobe, mais a Vale recebe em reais.” Outra ação classificada como defensiva por ter a receita em dólar é a da Suzano e Klabin, companhias exportadoras de celulose.

Setor elétrico está entre os indicados

Um setor bastante lembrado também como proteção para um cenário de estresse é o elétrico, apesar da crise hídrica. A recomendação é para as ações de companhias que atuam na transmissão de energia. “São empresas que têm a receita corrigida pela inflação, com uma rentabilidade fixa e previsível, em contratos de longa duração”, afirma Adriano Rondelli, especialista em Renda Fixa da Valor Investimentos.

A estabilidade de receitas que protegem contra a inflação, por estar atreladas a um índice de preços, em geral ao IPCA, torna as empresas de transmissão de energia mais blindadas às crises, defensivas, reforça Felipe Leão, especialista de Renda Variável da Valor Investimentos. Empresas em que o investidor não vai encontrar muitas surpresas nos balanços, afirma.

Estão no grupo das transmissoras de energia recomendadas por especialistas companhias como Transmissão Paulista, Taesa, Engie, Energia Brasil. “Além de fortes geradoras de caixa e de receitas, são boas distribuidoras de dividendos”, complementa Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.

As ações de empresas do setor financeiro também são incluídas na categoria de defensivas. Bertotti pontua que o setor financeiro continua bastante atraente e resiliente, com previsibilidade de receita, e prevê aumento de ganhos de spread com a elevação dos juros. Para ele, todos os grandes bancos têm atratividade, até mesmo o Banco do Brasil, que “está com o preço bastante descontado em relação aos demais.”

O setor financeiro faz parte também das escolhas de Fradinho, da Clear, como ações defensivas. Para ele, com crise ou sem, os bancos não deixarão de obter receitas porque os clientes não deixarão de usar cartão, cheque especial, tomar créditos. E tampouco de consumir remédios e alimentos, citando empresas como Drogaraia, Pão de Açúcar e Assaí, também no grupo das ações classificadas de proteção.

Aplicações defensivas na renda fixa

Roberto Nemr, analista da Ohmresearch, plataforma de análises independentes, entende que a melhor posição defensiva é caixa. Uma ideia compartilhada por Rondelli, especialista da Valor Investimentos, que entende que é uma forma de aproveitar as oportunidades, de compra de ativos mais baratos, que costumam surgir em momentos de estresse. Um dinheiro que pode permanecer por pouco tempo no Tesouro Selic, que oferece liquidez com rendimento a qualquer momento.

No segmento de renda fixa, Rondelli vê rentabilidade atraente e proteção em títulos como Tesouro IPCA 2026 e CDBs atrelados ao IPCA com prazo de três ou quatro anos. Ele afirma que “a renda fixa passou a entregar boa rentabilidade”, mas faz ressalvas. Primeiro, não recomenda aplicação nesses títulos por prazos muito longos e, segundo, que é preciso levar esses títulos até o vencimento, porque há risco de perda em resgates antecipados, antes do prazo final.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.
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