Eletrobras: ações sobem com a indicação de Rodrigo Nascimento para a presidência

A recomendação de Rodrigo Nascimento, atual secretário do ministério das Minas e Energia, para a presidência da Eletrobras, divulgada na noite de ontem pela empresa, causou reflexos positivos no mercado financeiro nesta quinta-feira, 25. Os papeis da companhia (ELET3) seguem subindo desde o início do pregão.

Por volta das 11h10, as ações da Eletrobras estavam sendo vendidas a R$ R$ 32,85 e R$ 33,55, com alta de mais de 3%.

Após a renúncia do ex-presidente da empresa, Wilson Ferreira, no final de janeiro deste ano, a Eletrobras contratou a assessoria Korn & Ferry para fazer a seleção do novo presidente. No entanto, a indicação de Nascimento partiu da União, o que causou a renúncia do conselheiro Mauro Gentile Rodrigues Cunha ao colegiado da estatal.

Em manifestação, Cunha destaca que o Conselho da Eletrobras "desviou do processo sucessório com o qual este conselho se comprometeu" ao acatar a indicação da União, desconsiderando a opinião da Korn & Ferry, que não recomendava Rodrigo ao cargo.

"Faço votos para que as sementes de governança plantadas persistam e voltem a florescer, levando a Eletrobras a novos voos para cumprir seu propósito de dar energia para o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade", escreveu Gentile. / com Agência Estado

No entanto, a Eletrobras ressaltou, por meio de fato relevante, que “Nascimento foi avaliado e recomendado pelo Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração, entrevistado e aprovado, por maioria, pelo Conselho de Administração, e atende aos requisitos legais e de qualificação técnica necessários para o cargo”.

Formação no setor de energia

Formado em Direito pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), Rodrigo Nascimento é pós-graduado em Gestão em Empresa de Energia Elétrica pela FGV, em Direito Regulatório de Brasília pela UNB, tem MBA Executivo em Administração e é mestre em Economia do Setor Público pela UNB.

Rodrigo Nascimento também já foi diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). / com Agência Estado