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Mercado
Economia

Dirigente do Fed quer ver período sustentado de inflação sob controle nos EUA

Há ainda mais aperto monetário “por vir” admite o dirigente

Data de publicação:12/08/2022 às 15:18 -
Atualizado 2 anos atrás
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Richmond, Tom Barkin, afirmou nesta sexta-feira que almeja ver um "período sustentado" de inflação sob controle nos Estados Unidos. Durante entrevista à emissora CNBC, ele comentou que o Fed continua a ter de subir os juros para controlar a trajetória dos preços, no quadro atual.

Fed
Fed: dirigente não descarta possibilidade de recessão nos EUA

Sem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, o dirigente disse que as leituras do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e do índice de preços ao produtor (PPI) nesta semana foram "bem-vindas", ao indicar que a inflação está caindo.

Ao mesmo tempo, ressaltou que deseja ver o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) na meta de 2% do Fed.

Ao ser questionado sobre a próxima reunião de política monetária, de setembro, Barkin disse que primeiro deseja ver os próximos dados, como novas leituras do CPI e do PCE, para então decidir sobre o que defenderá no encontro.

Há mais aperto monetário, diz Fed

De qualquer modo, ele adiantou que "ainda há mais aperto por vir" até que a política monetária entre em território "restritivo". O dirigente do Fed disse que começa a ver uma desaceleração na demanda, mas também considerou que a economia ainda parece estar em uma posição "sólida".

Barkin afirmou que deseja ver os juros reais em território positivo ao longo da curva. Ele defendeu ainda que o Fed não mude muito a política rapidamente, com altas e cortes nos juros em intervalos curtos. Questionado sobre a redução do balanço do Fed, ele comentou que isso tem "algum efeito" de aperto, mas considerou que é consistente com o que o BC já está fazendo ao subir juros.

O dirigente não descartou que os EUA possam enfrentar uma recessão, mas comentou que "nem toda recessão precisa ser severa". Além disso, enfatizou em vários momentos a importância de se conter a inflação, lembrando que ela desagrada os consumidores, que a veem como "injusta" e geradora de incertezas.

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