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taxa de administração
Fundos de Investimentos

Quais as diferenças entre taxa de administração máxima e mínima?

Você já percebeu que alguns fundos de investimentos possuem uma divisão da taxa de administração entre máxima e mínima? O que significa isso para o investidor…

Data de publicação:04/05/2021 às 11:34 -
Atualizado 3 anos atrás
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Você já percebeu que alguns fundos de investimentos possuem uma divisão da taxa de administração entre máxima e mínima? O que significa isso para o investidor na prática?

A verdade é que muitas pessoas focam seus esforços apenas na análise de rentabilidade, ignorando outros fatores como os custos dos fundos de investimentos. E, neste processo, acabam aceitando pagar caro pelos produtos do mercado financeiro — muitas vezes, sem necessidade.

Seguindo com o nosso propósito de auxiliar o pequeno investidor no mercado financeiro, hoje nós vamos te explicar tudo que você precisa saber sobre as taxas de administração.

O que é a taxa de administração?

Vamos começar pelo básico, caso você ainda esteja aprendendo as nomenclaturas relacionadas aos fundos de investimentos. Em primeiro lugar, a taxa de administração é o custo que o investidor assume para contar com todos os benefícios de ter um gestor especializado trabalhando com o seu dinheiro.

Em resumo, podemos dizer que é a forma pela qual os cotistas do fundo vão remunerar o trabalho do time de gestão. Ou você pensou que toda essa especialidade seria compartilhada de forma gratuita? Pois é: para ter a comodidade de terceirizar a tomada de decisão sobre os nossos investimentos, nós precisamos assumir esse custo.

Em muitos casos, há também uma cobrança adicional chamada de taxa de performance. Esse é um custo aplicável somente caso o resultado do fundo supere a sua meta, geralmente atrelada a um benchmark como CDI ou IPCA, por exemplo.

Importante mencionar que, ao analisar a rentabilidade de um fundo de investimento, você já terá os resultados apresentados com o desconto desses custos.

Entendendo a taxa de administração na prática

Para que a taxa de administração fique ainda mais fácil de compreender, vamos a um exemplo. Geralmente, as taxas básicas são cobradas como um percentual do patrimônio gerido pelo fundo, enquanto que a taxa de performance é aplicável sobre o seu benchmark definido.

O uso das alíquotas depende diretamente da classificação do fundo. Estratégias mais simples, como investimentos em títulos públicos ou a replicação de um índice (como temos nos ETFs) são mais baratas. Já aquelas mais complexas, como um fundo de ações de gestão ativa, oferecem maiores custos.

Vamos usar esse segundo grupo para um exemplo. Geralmente, fundos de ações com gestão ativa cobram 2% ao ano como taxa de administração e 20% de taxa de performance sobre o que exceder o seu benchmark que, idealmente, seria o Ibovespa.

Suponha agora que você invista R$10.000 nesse fundo. Em relação à taxa de administração, isso significa que você precisa pagar R$200 por ano para ter acesso ao serviço da gestão do seu capital. Ou, se preferir, um custo mensal de aproximadamente R$16,67.

Já na taxa de performance, isso dependeria do resultado do fundo escolhido. Suponha que ele rendeu, ao longo de um determinado período, 5%. Já o Ibovespa, neste mesmo período, rendeu 3%. Essa diferença de 2% (5% - 3%) teria um desconto de 20% pela taxa de performance. Já se o resultado fosse inferior a 3%, não haveria a cobrança na medida em que o fundo não superou o seu benchmark.

Taxa de administração máxima ou mínima: qual é a diferença?

Agora que você já entendeu os custos tradicionais dos fundos de investimentos, podemos retomar a pergunta que fizemos logo no começo deste artigo: qual é a diferença entre a taxa de administração máxima e mínima?

O que acontece é que um fundo pode investir em outro fundo de investimentos. E, como sabemos, cada um deles possui suas próprias taxas de modo que, nesta prática, você terá que lidar com um custo duplo: a taxa de administração do fundo que você investiu e também a taxa de administração do fundo que o gestor aportou o seu capital.

É por isso que, na apresentação do produto, você terá uma taxa de administração mínima (correspondente ao custo do produto no qual você investiu) e uma taxa de administração máxima (que é o valor máximo de custo que o produto pode assumir com esses investimentos em outros fundos).

Embora seja algo que assuste o investidor, a taxa de administração máxima é muito importante em termos de transparência e credibilidade. É desta forma, afinal, que você pode ter clareza dos seus custos com o investimento.

Outro ponto importante é que nem sempre a gestão vai utilizar a taxa de administração máxima. Esse é um limite para que não ocorra um exagero no uso de outros produtos que poderiam prejudicar a rentabilidade do cotista. Caso os gestores do seu capital não realizem qualquer investimento em outros fundos, optando por ativos individualmente, o investidor pagará apenas a taxa mínima.

Como analisar a taxa de administração máxima de um fundo?

Embora seja um conceito relativamente simples, não são raras as pessoas que não conhecem ou se confundem ao analisar as taxas de administração dos fundos de investimentos. Para ajudá-lo nessa tarefa, podemos deixar algumas dicas.

A primeira delas é sempre comparar fundos de investimentos similares e seus respectivos custos. Como explicamos, as taxas devem refletir o desafio estratégico para o time de gestão. Não faz sentido que um fundo de renda fixa de juros cobre os mesmos valores do que um fundo de ações ativo, como vimos no exemplo anterior.

Da mesma forma, não significa que o fundo de ações é caro. Ele apenas possui uma estratégia de maior risco que, consequentemente, exige maior qualificação por parte dos gestores. É natural, portanto, que as taxas dessa abordagem sejam mais altas do que outros produtos mais simples. No entanto, elas devem estar em linha com fundos do mesmo segmento e com estratégias similares.

Outro ponto importante é verificar não apenas a taxa de administração mínima do fundo, mas principalmente qual é a sua taxa de administração máxima. Isso porque, em alguns casos, um fundo pode parecer barato, mas ter muitas taxas de outros fundos "escondidas". Assim, é essencial entender quais são os limites em termos de custos aos quais o seu capital estará exposto.

Por fim, passando para a taxa de performance, verifique se o benchmark escolhido faz sentido para a estratégia. Alguns fundos multimercados investem a enorme maioria do seu capital em ações, mas utilizam o CDI como referência. Não faz muito sentido, considerando que uma parte considerável do patrimônio estará em ativos de risco, facilitando a superação do benchmark para aplicação desta taxa adicional.

Seguindo essas dicas, estamos certos de que você poderá filtrar por fundos de investimentos que ofereçam custos justos e adequados para os seus cotistas. Lembrando que a taxa de administração é apenas um dos fatores que devem ser analisados antes de um aporte financeiro. Utilize a nossa ferramenta de comparação de fundos para avaliar outros aspectos e tomar uma boa decisão de investimento.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.
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