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Economia

Desaceleração econômica mundial para reduzir a inflação é positiva, segundo Panamby Capital

Para a Alaska Asset, o desempenho negativos dos ativos de risco está ligado ao movimento de elevação de juros por parte dos BCs mundiais

Data de publicação:12/07/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Em carta aos investidores, gestoras fazem uma reflexão sobre o cenário econômico que serviu de base para o mês de junho. A Pananby Capital acredita que haverá uma desaceleração econômica mundial e o avanço na batalha contra a inflação global é “positiva para esse ambiente”.

inflação
Para a Panamby, o movimento de frear a inflação será desafiador - Foto: Reprodução

Já a Alaska Asset Management destacou alguns pontos importantes que ocorreram no período, como a correção de preços dos ativos de risco, com a queda das bolsas e do preço das commodities, enquanto o dólar se fortaleceu contra seus principais pares.

“O principal motivo para esse desempenho negativo se deve ao receio de uma desaceleração global ou até mesmo uma recessão, em consequência do aumento de juros promovido pelos Bancos Centrais para conter a inflação”.

Alaska Asset Management

Para os gestores da Panamby, o Fomc, comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi o maior indutor desse movimento que veio crescendo ao longo do ano, “deixando claro o foco no objetivo de baixar os preços em um horizonte razoável”.

No mês passado, a autoridade monetária elevou a taxa básica de juros dos EUA em 0,75 ponto porcentual e alguns dirigentes, como Christopher Waller, membro do Fomc, passaram a defender outra elevação dessa magnitude na reunião deste mês.

Em sua carta, a Panamby destaca que, apesar da resiliência da atividade econômica mundial, a persistência inflacionária, aliada à política de combate ao avanço dos preços, “aumentou a sensação e as probabilidades de recessão em 2022 e 2023”.

Desafios para derrubar a inflação

No mês passado, os BCs mundiais demonstraram sua preocupação com o avanço da inflação e a disposição de elevar as taxas de juros para frear esse movimento.

De acordo com a gestora Panamby, isso gerou alguns efeitos, como o aprofundamento da queda das commodities, reversão na inclinação da curva de juros, redução da expectativa de crescimento econômico mundial, fortalecimento do dólar, queda nas bolsas e em outros ativos de risco.

“Parte desse movimento se reverteu durante o mês e, ao mesmo tempo que a tendência se consolida, é importante estudar caso a caso, avaliando o cenário à luz desses últimos eventos”, destaca.

Os gestores da casa ressaltam que as condições financeiras estão bem mais apertadas do que no início do ano, “porém, ainda não está claro se no patamar suficiente para derrubar a inflação”.

Juros e risco fiscal

No ambiente interno, a Alaska destacou em seu documento aos investidores o aumento do risco fiscal. “Os desempenhos dos ativos locais foram amplificados pelos receios fiscais quanto aos gastos extra-teto da PEC dos Combustíveis, que deve ficar perto de R$ 40 bilhões”.

Outro movimento importante foi a elevação da taxa de juros do País, a Selic, em 0,50 ponto porcentual pelo Banco Central. “Em seu comunicado, o Banco Central indicou que o ciclo de alta deverá ser encerrado na próxima reunião com uma alta de igual ou menor magnitude”, ressaltou.

China

No mês de junho, outro movimento que chamou a atenção e foi citado na carta da Panamby foi a queda das commodities, após uma onda de alta nos preços. Para os gestores da casa, a expectativa de menor crescimento deveria levar à redução da procura por metais e combustíveis. ´

“A expectativa de melhor clima contribuiu para a queda no preço de produtos agrícolas. Além disso, a China também posicionou estrategicamente, forçando uma certa acomodação nos preços. Porém, ainda não se pode ter certeza dos desdobramentos nos mercados de insumos básicos, que continuam com gargalos significativos na oferta”, diz a gestora.

Panamby Capital

Segundo a Panamby, a evolução da economia chinesa é “um fator crucial na análise da economia em breve”.

Commodities

Mesmo com a expectativa de melhora marginal da economia chinesa, os gestores da Panamby enfatizaram que as exportadoras brasileiras de commodities “sofreram com a correção dos preços”.

“Empresas produtoras de aço e alumínio acumularam quedas próximas de 20%, consequência de estoques maiores e desaceleração da atividade. As petrolíferas recuaram devido às incertezas regulatórias brasileiras nos lucros do setor”, pontua.

Sobre o autor
Julia Zillig
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