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Bolsa
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Lucro de ações internacionais segue alto e ativos brasileiros têm boas perspectivas, mas cenário macro preocupa, diz Dahlia

Desaceleração mais forte da economia global deve manter a volatilidade alta nos mercados

Data de publicação:11/07/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Em sua edição de julho da carta escrita pelos gestores para os investidores, a Dahlia Capital afirma que, apesar da forte queda observada nos principais índices acionários americanos e nos papeis de empresas listadas nos Estados Unidos, as expectativas de lucro para as ações continuam bastante elevadas por lá. 

Os cálculos da gestora revelam que, se as curvas de juros americanas fossem estabilizadas em seus atuais patamares, a relação entre preço e lucro (P/L) do índice S&P 500 - um dos principais daquele país - seria de 16 vezes.

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Foto: Reprodução

No caso do Brasil, o cenário é um pouco diferente, mas também se mostra promissor. A Dahlia Capital destaca que “parece haver quase um consenso de que os ativos brasileiros estão baratos”. A Bolsa de Valores do País, a B3, tem uma relação P/L de 5,5 vezes, enquanto o juro real está em 6,1% e a moeda brasileira, muito descontada, tem uma taxa de câmbio acima de R$ 5,25 ante o dólar. Dessa forma, a gestora ressalta que os preços parecem atrativos.

A carta pontua, em contrapartida, que o risco de uma desaceleração mais forte da economia global deve manter a volatilidade alta nos mercados. “Permanecemos, portanto, com os níveis de riscos dos nossos fundos próximos ao neutro”, comentam os gestores.

Perspectivas macro seguem pessimistas para a Dahlia Capital

De acordo com a Dahlia Capital, embora os números atuais revelem que as estimativas para os lucros continuam positivas, uma eventual recessão econômica pode causar um impacto negativo nos resultados. 

“O crescimento de lucro é historicamente o principal fator determinante para o desempenho de longo prazo de uma ação. No caso do S&P 500, os lucros estão intrinsecamente ligados ao ciclo econômico.”

Os gestores explicam que, no último mês, a principal preocupação do mercado migrou da inflação para as perspectivas de que o mundo passe por um período de recessão econômica, especialmente os Estados Unidos e a Europa. Na carta, a Dahlia afirma que, em conversas com um economista estrangeiro, as previsões para que a maior economia do mundo enfrente uma crise no próximo ano já chegam a 50%.

Estados Unidos

Um dos principais índices acompanhados pelo mercado e pelo próprio Federal Reserve (Fed, o banco central americano) é o de desemprego. Conforme explica a gestora, atualmente, o mercado de trabalho dos Estados Unidos “continua bastante apertado”, mesmo após o avanço da vacinação e controle da pandemia de covid-19, com mais vagas ofertadas do que pessoas procurando trabalho.

A Dahlia ressalta, ainda, que o Índice de Confiança da Universidade de Michigan, que é considerado um indicador antecedente dos dados de emprego no país, tem caído em suas últimas medições. “Historicamente, quando esse índice cai, o desemprego aumenta”, pontua o documento. 

“Com taxas de juros mais altas, um impulso fiscal menor (menos gastos do governo) e desemprego subindo, como mostra o índice de confiança acima, parece ser difícil de se evitar uma desaceleração na economia americana.”

Europa

No continente europeu, também há risco de uma recessão econômica, mas os fatores de impacto negativo estão além da redução de estímulos monetários e elevação das taxas de juros. 

“A redução do fornecimento de gás e petróleo da Rússia pode levar ao racionamento de energia no inverno europeu. A parada para manutenção do gasoduto Nordstream no final de julho aumenta ainda mais essa incerteza. No verão, os estoques de gás têm que ser reabastecidos. Uma menor oferta de gás russo agora pode fazer falta no final do ano.”

Visão da Dahlia Capital para o Brasil

Em relação ao Brasil, a maior cautela da gestora e do mercado com um todo continua sendo um ponto já amplamente conhecido pelos investidores nacionais: o risco fiscal. As preocupações com os gastos do governo, especialmente neste período pré-eleitoral, têm afetado negativamente a Bolsa e a moeda brasileira nas últimas semanas.

Já sobre a inflação, outra preocupação no País, os gestores ressaltam que a escalada dos preços continua expressiva. Entretanto, o Banco Central já foi muito mais agressivo com a política de elevação de juros no cenário interno do que as instituições do exterior, o que tende a provocar uma desaceleração dos índices inflacionários nos próximos meses. 

“Resta saber se a inflação consegue de fato cair com o desemprego também caindo”, finaliza a Dahlia Capital.

Sobre o autor
Julia Zillig
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