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Bolsa
Renda Variável

Conheça as ações do Ibovespa que mais subiram e as que mais caíram em maio e por quê

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, acumulou valorização de 6,16% em maio. Esse porcentual reflete a variação média das ações que formam a…

Data de publicação:02/06/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, acumulou valorização de 6,16% em maio. Esse porcentual reflete a variação média das ações que formam a carteira do Ibovespa, composta por 84 ações atualmente. Muitas subiram mais que o principal índice de referência da B3, outras menos, além das que caíram, como mostra o levantamento de Felipe Leão, analista da Valor Investimentos.

“Maio foi um mês muito positivo para a bolsa brasileira”, comenta o analista, que destaca que as percepções sobre o País têm se tornado mais positivas, à medida que a fase mais aguda da segunda onda de coronavírus vai ficando para trás e a economia reabre.

Maio foi um mês bom para a bolsa com a percepção de que fase aguda da 2ª onda de covid-19 ficou para trás

Ele afirma também que a melhora do quadro fiscal, pela volta do crescimento econômico e do aumento de arrecadação de impostos, gerou alívio ao endividamento do País, com reflexos positivos sobre o mercado financeiro, principalmente a bolsa de valores. “Estimativas anteriores indicavam uma relação dívida/PIB próxima de 100% no fim de 2021, mas as projeções atuais indicam algo em torno de 85%.”

É nesse ambiente de melhora de expectativas com a economia que o mercado de ações ganhou tração e surpreendeu muitos analistas e especialistas em maio. Confira como foi o desempenho, na carteira do Ibovespa, das melhores e piores ações em maio.

Ações que mais subiram

Eneva (ENEV3)                                                               25,84%

BRF (BRFS3)                                                                   23,91%

Ciel (CIEL3)                                                                     23,10%

Ambev (ABEV3)                                                              20,15%

Hering (HGTX3)                                                              19,99%

Eletrobras (ELET3)                                                           19,16%

Eletrobrás (ELET6)                                                           17,85%

Iguatemi (IGTA3)                                                             17,53%

brMalls (BRML3)                                                              17,44%

Qualicorp  (QUAL3)                                                         16,06%

Por que subiram

Dentre as maiores altas de maio, o destaque é a Eneva, com valorização de 25,84%, uma das beneficiárias do atual cenário de crise energética, já que a empresa tem exposição à energia térmica que deve ser acionada diante dos baixos níveis de reservatórios de água.

A BRF, alta de 23,91%, se beneficiou da aquisição de 24% da companhia pela Marfrig, na expectativa de que possíveis sinergias dos negócios possam impulsionar a empresa.

A valorização da Cielo, 23,10%, refletiu a mudança de comando para Gustavo Souza, considerado nome experiente para a condução da companhia.

A Ambev (20,15%) deu continuidade ao resultado forte do trimestre, superando o consenso do mercado, e Hering (19,99%) subiu na esteira de compra de sua operação pelo Grupo Soma, com a expectativa de transformar a combinação do novo negócio em uma das cinco maiores companhias do setor de varejo de vestuário, considerando métricas como receita líquida e número de lojas.

Ações que mais caíram                                                    

Suzano (SUZ3)                                                                   - 11,56%

Usiminas (USIM5)                                                             - 11,49%

B2W Digital (BTOW3)                                                        - 11,24%

Locaweb (LWSA3)                                                              - 9,07%  

Grupo Ultra (UGPA3)                                                         - 8,57%

Sabesp (SBSP3)                                                                  - 8,53%

Marfrig (MRFG3)                                                                 - 5,26%

Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3)                     - 4,96%

Lojas Americanas (LAME4)                                               - 4,65% 

Braskem (BRKM5)                                                              - 4,63%  

Razões das quedas

Os piores desempenhos dentre as ações do Ibovespa em maio foram Suzano, baixa de 11,56%, como consequência da valorização do real perante o dólar; Usiminas, queda de 11,49%, refletiu os efeitos da correção dos preços das commodities e da decisão da CSN de desfazer-se das ações da siderúrgica mineira; B2W Digital, perda de 11,24%, sofreu o ajuste negativo da fusão das operações com as Lojas Americanas, considerada positiva em grande parte para os acionistas controladores; Locaweb, baixa de 9,07%, acompanhou o desempenho negativo das empresas de tecnologia internacionais.

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.