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Economia

Retorno aos escritórios: centros financeiros estão longe da “normalidade”

A atividade no local de trabalho está abaixo de 50% em grandes cidades internacionais

Data de publicação:23/06/2021 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Desde o início das medidas de restrição de circulação em todo o planeta, situação trazida pela pandemia de covid-19, há aproximadamente 15 meses, o home office foi introduzido na vida de milhões de trabalhadores de serviços considerados não essenciais. Com os números da crise sanitária caindo em várias partes do mundo e o processo mais acelerado de vacinação, a perspectiva era a de que o retorno aos escritórios chegasse a níveis mais próximos do período pré-pandemia, em 2019.

No entanto, a realidade é outra. De acordo com dados de mobilidade do Google, que rastreia a localização de seus usuários, a atividade no local de trabalho em alguns dos principais centros financeiros internacionais ainda está abaixo de 50%.

retorno aos escritórios
Principais centros comercias do mundo ainda têm escritórios vazios

Esse é o caso com as cidades de Nova York, São Francisco e Londres. Embora tenham os maiores índices de vacinação dentre os principais centros comerciais do mundo, essas regiões ainda enfrentam algumas dificuldades para o completo retorno aos escritórios. Respectivamente, essas cidades já vacinaram, com pelo menos uma dose, 54%, 55% e 73% de suas populações.

Movimentação nas cidades

Em Nova York, os bairros residenciais e os estabelecimentos como bares e restaurantes voltaram a ser frequentados com mais intensidade após o afrouxamento das medidas restritivas. Enquanto isso, os centros financeiros permanecem vazios.

Nos metrôs, que são responsáveis por boa parte da movimentação na cidade, a média das viagens mensais ainda está 58% abaixo do período pré-pandemia. Ao mesmo tempo, as estações que levam aos distritos comerciais também estão em níveis mais baixos. Esses dados são da Autoridade de Transporte Metropolitano da cidade.

Já em São Francisco, um levantamento da Kastle Systems, empresa de segurança, mostra que há uma semana, em 16 de junho, apenas uma parcela dos trabalhadores (19%) foi presencialmente aos escritórios.

Outro número que sugere que o retorno aos escritórios ocorrerá de forma lenta é o de vagas de imóveis comerciais disponíveis. A Savills, provedora global de serviços imobiliários, estima que o espaço de locação disponível em Nova York é maior até do que os níveis observados após a grande crise financeira de 2008. O número está em torno dos 2 milhões de metros quadrados, 62% a mais que antes da pandemia.

O cenário é parecido em São Francisco. Na cidade, há mais de meio milhão de metro quadrado disponível para locação. Esse é o maior nível desde 2005.

No caso da capital inglesa, a população se preparava para o fim das medidas restritivas no último dia 21. Mas, o primeiro-ministro Boris Johnson teve de adiar a reabertura com o aumento dos casos de covid-19 advindos da variante delta, primeiramente encontrada na Índia. Uma pesquisa da Câmara de Comércio e Indústria de Londres com 520 empresários mostra que os próprios ingleses se sentem inseguros com a possibilidade de pegar a doença no trajeto para o trabalho.

Nas semanas que antecederam o anúncio de Johnson, houve uma leve recuperação nos índices de transportes públicos e tráfego rodoviário. No entanto, essa nova restrição de circulação pode impactar a lenta retomada econômica observada em Londres nos últimos meses.

Trabalho em regime híbrido

Além do receio pelas novas variantes do vírus, outros aspectos deverão ser observados dentro da nova realidade. Nova York, São Francisco e Londres devem começar a lidar, também, com o modelo híbrido de trabalho.

Especialistas do setor coorporativo acreditam que a presença dos funcionários no escritório fortalece a cultura da empresa. Mas, o que tem se visto é diferente. Algumas gigantes internacionais como Google e Unilever, por exemplo, estudam implementar uma forma de trabalho com maior flexibilidade, permitindo aos funcionários o modelo remoto algumas vezes na semana. De acordo com o site americano Bloomberg, a pressão por esse modelo vem dos próprios colaboradores.

Outros centros financeiros importantes ao redor do mundo, como Cingapura e Hong Kong, também observam essa tendência. Nas duas regiões, o número de casos de covid-19 está praticamente controlado, com pouco crescimento no dia a dia. Mas, segundo especialistas locais, os empresários estão tendo de lutar contra a vontade dos funcionários de continuar no regime home office. A tendência é que o regime híbrido esteja presente daqui pra frente após uma reformulação de ideais pós-pandemia.

Sobre o autor
Bruna Miato
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