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Citi reforça que Magalu e Via não cometem os mesmos erros da concorrente Americanas

Banco durante ligações com ambas as empresas na semana passada, em que reforçaram que as operações são registradas em seus balanços

Data de publicação:17/01/2023 às 11:11 -
Atualizado 2 anos atrás
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Comentando que recebeu várias perguntas de investidores sobre como operações são apresentadas nas demonstrações financeiras de outras varejistas, após o caso da Americanas, o Citi fornece detalhes em relação à Magazine Luiza e à Via

O banco diz que, durante ligações com ambas as empresas na semana passada, elas reforçaram que todas as operações são registradas em seus respectivos balanços, incluídas na conta de fornecedores e que todas as despesas financeiras relacionadas a essas operações são refletidas no Lucro e Perdas.

Americanas
Citi diz que é difícil rastrear custos financeiros nos balanços - Foto: Divulgação

“Em termos de itens pouco claros, preferíamos ter uma divulgação maior na linha de 'outras despesas financeiras' do P&L, esse é o nosso principal ponto negativo. Outras preocupações dos investidores incluem o impacto indireto deste evento - como as repercussões no relacionamento geral dos mercados de crédito/bancos com os varejistas, uma vez que transações risco-sacado (forfait) dessa natureza podem ser restringidas até que a investigação da Americanas seja concluída”, diz.

No caso do Magazine Luiza, o risco-sacado representou quase metade de todas as contas a pagar/fornecedores no terceiro trimestre de 2022 (R$ 3,9 bilhões de R$ 8,6 bilhões de fornecedores), enquanto para a Via representou quase um terço (R$ 2,5 bilhões de R$ 9,6 bilhões).

“Com base em nossas conversas com ambas as empresas, a lógica por trás dessas transações é essencialmente uma ‘transferência de propriedade’ em que os fornecedores antecipam seus recebíveis dos bancos e os varejistas transferem a obrigação para as instituições financeiras”, afirma o Citi, acrescentando que isso normalmente não cria despesas financeiras incrementais.

No entanto, em alguns casos, os varejistas muitas vezes precisam estender ainda mais os pagamentos, levando a despesas financeiras adicionais/incrementais, para as quais as empresas acordam novos prazos de pagamento com os bancos forfait - estes são contabilizados em “outras despesas financeiras”. 

“Portanto, é difícil rastrear os custos financeiros exatos por trás dessas extensões. Esta é a nossa principal resistência”, opina o banco.

Desde o quarto trimestre de 2020, o Citi observa um aumento gradual das operações forfait e confirming, com o respectivo aumento de outras despesas financeiras, o que pode significar que as empresas estão tendo que recorrer a ciclos de pagamento mais longos aos seus respectivos fornecedores. 

Outro ponto é que a Magalu tem sido aparentemente mais ativa do que a Via, pelo menos durante a amostra coletada pelo banco.

O Citi tem preço-alvo de R$ 4,80 para Magazine Luiza, o que representa um potencial de alta de 39,9% ante o último fechamento, e considera a ação de alto risco com base em seu modelo quantitativo, mas não está atribuindo uma classificação de alto risco devido ao seu “perfil de alta governança, gerenciamento consistente, excelente crescimento de primeira linha, balanço patrimonial premium e execução geral”.

Os riscos de alta/baixa para Magalu incluem: indicadores macro melhores/piores do que o esperado (renda disponível, desemprego, inflação); pressão competitiva mais forte/suave do exterior; mudanças na regulamentação do setor; e incentivos fiscais mais baixos/mais altos.

Já para Via, o banco definiu preço-alvo de R$ 3, um potencial de valorização de 26,5% ante o fechamento de sexta-feira, classificando a ação como alto risco com base na falta de visibilidade na monetização dos créditos tributários somada à incerteza relacionada a processos trabalhistas.

Os principais riscos de alta/baixa da Via incluem, segundo o banco: falha no aumento de suas iniciativas em andamento (por exemplo, omnichannel, aplicativo móvel) e uma eventual deterioração das taxas de inadimplência, impactando os resultados da empresa. / Agência Estado

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