Braskem afirma não ter conhecimento sobre oferta ações para saída de acionistas
Empresa pede esclarecimentos à Novonor e Petrobras a respeito da informação divulgada
A Braskem comunicou que não tem conhecimento sobre a realização de uma oferta pública de ações da companhia como uma possível estratégia de saída dos acionistas, segundo informações do O Estado de S.Paulo.
A empresa diz que "não é parte de eventuais discussões de seus acionistas sobre a venda das suas participações acionárias", segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como esclarecimento de notícia veiculada na mídia.
A petroquímica afirma que solicitou esclarecimentos sobre a informação aos seus acionistas Novonor (novo nome da Odebrecht) e Petrobras.
Retornos
"A Novonor está considerando uma potencial transação envolvendo a participação da Novonor S.A. na Braskem e, nesse contexto está avaliando potenciais estruturas para tal transação. No entanto, não há elementos suficientes para assegurar a concretização de qualquer transação e tampouco foi definida qualquer estrutura para tanto. Desta forma, no momento, não há qualquer informação adicional a ser prestada sobre o tema", apontou a ex-Odebrecht.
Já a Petrobras informou que "não há qualquer definição ou decisão sobre a forma de alienação da sua parte na Braskem, sendo importante ressaltar que, conforme informado em 09/08/2021, contratou o JP Morgan para assessoramento financeiro da eventual e futura transação referente à sua participação na companhia."
Entenda a questão
Além da fatia que detém na Braskem, a Petrobras tenta vender seus outros ativos na área petroquímica, como a Deten, líder no mercado brasileiro na produção de insumos para detergentes biodegradáveis de uso doméstico e institucional, onde possui 27,8%.
A empresa contratou o Santander para fazer a operação, anunciada em junho. Estão também na fila Copenor e FCC, mas ainda sem anúncio de venda.
Para desinvestir a fatia de 47% de ações de controle que detém na Braskem, a estatal contratou o JPMorgan, informou a companhia, enquanto a Novonor, controladora com 50,1%, trabalha com o Morgan Stanley para a venda.
Esse processo vem encontrando dificuldade porque os investidores têm se interessado por ativos da empresa no Brasil, México e Estados Unidos separadamente. / com Agência Estado