Bolsas da Europa fecham em alta, acompanhando NY, após PIB dos EUA e ata do Fed
Investidores esperam por redução na pressão sobre os juros americanos o que favorece as bolsas
As bolsas da Europa fecharam em alta robusta nesta quinta-feira, 26, ampliando os ganhos da quarta-feira. Os mercados no Velho Continente seguiram a tendência de Wall Street, após a ata da última reunião monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) confirmar as expectativas de investidores quanto ao aperto monetário nos EUA.
A leitura do documento foi reforçada pela contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no primeiro trimestre, segundo revisão divulgada nesta quinta.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão em alta de 0,78%, aos 437,71 pontos.
O bom humor nas bolsas da Europa refletiu o movimento das bolsas nova-iorquinas na quarta, pós ata do Fed, e nas primeiras horas do pregão desta quinta em Wall Street, que reagiu à queda anualizada de 1,5% do PIB americano no primeiro trimestre.
Segundo a Oxford Economics, a leitura mostra que os risco de uma recessão nos EUA estão aumentando. Para o mercado em geral, o dado reforça a percepção de que o Fed vai apertar sua política monetária gradualmente.
"O Fed se comprometeu a fazer dois aumentos de taxa de juros de meio ponto porcentual antes do Simpósio em Jackson Hole, e isso eliminou o risco de um aperto agressivo de curto prazo", diz o analista da Oanda Edward Moya.
Entre os principais mercados europeus nesta quinta, o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou em alta de 1,59%, aos 14.231,29 pontos, enquanto o parisiense CAC 40 avançou 1,78%, aos 6.410,58 pontos.
Já o índice londrino FTSE 100 subiu menos, em alta de 0,56%, aos 7.564,92 pontos.
Segundo a Capital Economics, o mercado acionário britânico não deve superar o momento negativo recente antes de meados de 2023, mesmo se a economia do Reino Unido evitar uma recessão. A consultoria espera que o FTSE 100 caia para cerca de 6,8 mil pontos até o período citado, prejudicado pela alta inflação, desaceleração econômica e aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Não só o BC inglês deve seguir com seu aperto, como também o Banco Central Europeu (BCE) deve iniciar seu próprio ciclo de retirada de estímulos, de acordo com a Capital. A casa prevê alta de 50 pontos-base do juro em julho.
Entre outros mercados europeus, o FTSE MIB, de Milão, avançou 1,22%, aos 24.54650 pontos. Nas praças ibéricas, o madrilenho IBEX 35 teve alta de 1,47%, aos 8.888,80 pontos, e o lisboeta PSI 20 fechou com ganhos de 1,95%, aos 6.305,14 pontos./Agência Estado