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Mercado Financeiro

Bolsa fecha a semana em baixa de 3,72% e dólar em alta de 2,66%

Desempenho positivo da Petrobras, com a alta do petróleo, ajudou a impulsionar o Ibovespa para o terreno positivo

Data de publicação:15/07/2022 às 17:34 -
Atualizado 2 anos atrás
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Após uma semana marcada pela volatilidade, a Bolsa fechou a semana nesta sexta-feira, 15, em queda de 3,72% e o dólar em alta de 2,66%. No dia, que foi de vencimento de opções sobre ações na B3, o Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,45%, aos 96.551 pontos, e a moeda americana em baixa de 0,52% cotada a R$ 5,40.

Além de ter seguido na esteira do otimismo no exterior, o principal índice da Bolsa foi influenciado positivamente pela alta das ações das petroleiras, incluindo a Petrobras, que refletiu o dia de alta no preço do petróleo e fechou o pregão com valorização de 1,96% (ações ON) e de 2,02% (ações PN).

Bolsa
Foto: Reprodução

A alta só não foi maior porque o mercado local se manteve cauteloso com o elevado risco fiscal do País, por conta da promulgação da PEC Kamikaze, que prevê gastos de mais de R$ 41 bilhões fora do teto com uma série de auxílios sociais às vésperas das eleições.

Em um dia de agenda econômica local esvaziada, as atenções se voltaram para os dados econômicos de fora, principalmente dos Estados Unidos, que nesta semana registrou uma inflação ao consumidor de 1,3% em junho e anual de 9,1%, batendo o maior pico dos últimos 40 anos.

Entre os novos números que foram reportados durante esta manhã o desempenho das vendas do varejo em junho, que subiu 1%, acima do esperado, e o sentimento do consumidor de julho, foram os destaques positivos.

Segundo a Oanda, eles relembraram investidores do "quão forte está a economia americana", apesar das especulações sobre uma possível recessão.

Para dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), como Mary Daly e James Bullard, está é uma possibilidade improvável, mesmo diante do forte aperto monetário conduzido pelo BC.

Além da política monetária americana, o destaque desta sexta-feira ficou por conta dos balanços dos bancos Wells Fargo, e Citigroup, que segundo Rafael Azevedo, especialista de renda variável da Blue 3, "apesar de impactados com aumento de reservas devido ao grande número de inadimplência, respectivamente, tiveram valorização na sessão".

Na Europa, os investidores se mantiveram atentos à inflação acentuada ao redor do continente, e os impactos do possível aumento da taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).

Adicionado à isso, tiveram atenções voltadas ao desfecho da manutenção do principal gasoduto Nord Stream, no qual paira o medo do fechamento por parte da Rússia.

O dia na Bolsa

Maiores altas

EmpresaTickerVariação
GerdauGGBR4+5,90%
Gerdau MetalurgiaGOAU4+5,35%
BB SeguridadeBBSE3+4,93%
YduqsYDUQ3+4,17%
BraskemBRKM5+4,39%

Maiores baixas

EmpresaTickerVariação
HapvidaHAPV3-5,22%
Magazine LuizaMGLU3-4,81%
CVCCVCB3-4,40%
BRF BRFS3-3,88%
ViaVIIA3-4,03%
Fonte: B3

Petróleo fecha a semana em queda

O petróleo fechou em alta de nesta sexta-feira, 15, de cerca de 2% tanto no mercado futuro de Nova York quanto o de Londres. Um dólar fraco ante moedas rivais e a perspectiva de produção global ainda apertada impulsionaram os preços.

A commodity, no entanto, não conseguiu evitar o forte recuo semanal de 5% a 6%, puxado por temores de recessão econômica em meio ao aperto monetário do Fed.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega prevista para agosto subiu 1,89% (US$ 1,81) hoje, mas recuou 6,87% na semana, a US$ 97,59 por barril.

Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para setembro teve alta de 2,08% (US$ 2,06) nesta sexta-feira, mas acumulou baixa semanal de 5,48%, a US$ 101,16.

Hoje, os contratos se beneficiaram do movimento no mercado cambial, que viu o dólar perder força ante moedas de economias desenvolvidas, após seguidas altas em sessões recentes.

Ao mesmo tempo, a notícia de que a Arábia Saudita não deve elevar sua produção reforçou a perspectiva de que a oferta global da commodity siga apertada no curto prazo.

Do outro lado do globo, a China registrou indicadores mais fracos que o esperado. "Os dados econômicos enfraquecidos da China e uma possível melhora da situação da covid-19 manterão suas perspectivas de demanda de petróleo como um grande ponto de interrogação", diz a Oanda.

Além dos riscos de recessão da economia global, o Julius Baer credita o recuo semanal do petróleo a um movimento de ajuste diante do "desaparecimento" do prêmio de risco relacionado à guerra na Ucrânia.

Apesar do boicote europeu, o petróleo da Rússia tem conseguido se mover para a Ásia, e os temores de déficit de abastecimento não se materializaram, explica o banco suíço. / com Agência Estado

Fechamento das bolsas americanas

  • S&P 500: +1,87% (384,86 pontos)
  • Dow Jones: +1,93% (31.222 pontos)
  • Nasdaq 100: +1,83% (11.983 pontos)

Fechamento das bolsas europeias

  • Stoxx 600 (pan-europeu): +1,79% (413,78 pontos)
  • DAX (Frankfurt): +2,76% (12.864 pontos)
  • FTSE 100 (Londres): +1,69% (7.159 pontos)
  • CAC 40 (Paris): +2,04% (6.036 pontos)
Sobre o autor
Julia Zillig
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