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Mercado Financeiro

Bolsa cai 0,82% com exterior e temor de alta mais forte dos juros americanos; dólar sobe 1,73%

Sinalizações do Fed de que juros podem subir de modo mais acentuado espalharam temor pelos mercados internacionais

Data de publicação:31/08/2022 às 17:52 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa de Valores do Brasil bem que tentou se segurar em terreno positivo e sustentar o suporte aos 110 mil pontos do Índice Bovespa, mas não conseguiu nesse último de agosto. Na última hora de pregão, a B3 passou a cair e fechou apresentando uma queda de 0,82%, aos 109.522 pontos. Já o dólar, em sentido contrário, subiu 1,73% e ficou cotado a R$ 5,20.

A abertura dos negócios por aqui aconteceu em ritmo firme, após a divulgação da queda do desemprego no País. A taxa de desocupação caiu de 9,3% para 9,1% em julho, segundo dados da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O que indica uma certa vitalidade da economia.

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Foto: Marco Ankosqui/Agência O Globo

"Foi a menor taxa de desemprego dos últimos 15 anos. Isso trouxe um alento positivo para o Brasil e mostra que estamos conseguindo gerar emprego" diz Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, empresa de educação financeira.

No entanto, o mau-humor nos mercados internacionais atingiu as negociações na bolsa doméstica. Nos Estados Unidos, segundo Cohen, houve a divulgação de relatório de criação de vagas de emprego nos EUA que veio muito abaixo do esperado. "A expectativa eram 300 mil vagas criadas e vieram 132 mil. Com isso, tivemos volatilidade muito grande".

Outro fator que influenciou os mercados nesta quarta-feira foi a queda dos preços do petróleo, de 2,7%. Comportamento que não chegou afetar o desempenho das ações de Petrobras, que se descolaram do exterior e fecharam com alta de 2,50%.

Cohen lembra que "hoje teve o anúncio de distribuição de dividendos. Essa distribuição trimestral é o recorde histórico da Petrobras. Então, é interessante que o investidor pode estar pegando os dividendos para comprar mais ações da Petrobras".

Como explica Antônio Sanches da Rico Investimentos, embora os dados de emprego nos EUA e também de recuo das cotação do petróleo tirem pressão sobre a inflação americana, e também mundial, "os mercados mudaram de direção na parte da tarde, influenciados pela postura mais dura do Federal Reserve, recalibrando a perspectiva de alta das taxas de juro no país."

Leonardo Neves, especialista em renda variável da Blue3 destaca que ganha corpo a corrente de investidores do mercado dos EUA que apostam em elevação de 0,75 ponto porcentual nos juros básicos da economia americana, e não mais 0,50 pp, como previsto inicialmente. O que levou a uma queda das bolsas americanas.

Dow Jones fechou com queda de 0,88%, S&P500, de 0,78%, e o Nasdaq de 0,56%.

A inflação ao consumidor (CPI) de agosto na Zona do Euro, que ficou em 9,1% e bateu novo recorde, também acendeu o temor de elevação de juros mais reforçada pelo Banco Central do Europeu (BCE), e fez a maioria das bolsas da Europa fechar em queda.

Já o dólar, segundo Cohen da Escola de Investimentos, ficou volátil no dia, mas majoritamente para cima se descolando do dólar index, da cesta de moedas, o DXY. "O motivo dessa alta é devido aos temores de recessão e de mais altas de juros no mundo. Isso faz com que o investidor busque porto seguro. Hoje também é vencimento do dólar. Temos players fazendo essa rolagem. Possivelmente, posições compradas também fizeram o dólar subir", esclarece ele.

Mesmo com a queda de hoje, Sanches da Rico ressalta que a Bolsa de Valores do Brasil pode fechar agosto com alta em torno de 6%.

"No mês de setembro, a corrida presidencial deve acelerar, se mantendo no radar dos investidores. Com a inflação entre as principais preocupações dos eleitores, discuros e e medidas para estímulos à economia podem voltar a impactar no mercado brasileiro às vésperas da eleição, diz o analista da Rico.

Sobre o autor
Regina Pitoscia
Editora do Portal Mais Retorno.

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