Boletim Focus: mercado sobe as projeções para a inflação de 5,60% para 5,65% em 2022
Já para o PIB, as apostas dos economistas é de um crescimento maior para o País no período
Em meio aos reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia, os economistas do mercado revisaram pela oitava semana consecutiva as projeções para a inflação em 2022. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 7, as estimativas para o IPCA em 2022 subiram de 5,60%, na última semana, para 5,65%.
Em relação à 2023, as expectativas ficaram em 3,51%, mesmo patamar dos últimos sete dias. E em 3,10% para 2024.
Mesmo sem ajustes, os especialistas apontam sinais de desancoragem da inflação no próximo ano – pelo segundo período consecutivo - cuja meta do BC para o indicador é de 3,25%, com intervalo entre 1,75% e 4,75%. E para 2024, é de 3,0% com margem de 1,5 ponto porcentual – 1,5% e 4,5%.
As previsões para a Selic, taxa básica de juros, deste ano não sofreram revisão ante ao boletim anterior, ficando em 12,25% ao ano para 2022 – atualmente está em 10,75%. Há 30 dias, eram de 11,75%.
Para o ano seguinte, o movimento de estabilidade foi o mesmo, mantendo a taxa de juros em 8,25% - ante 8,00% nas últimas quatro semanas. Em 2024, segundo os economistas, a Selic deve ser um pouco maior – de 7,25%, as estimativas foram elevadas para 7,28%, ante 7,00% no último mês.
Crescimento um pouco maior para 2022
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, os especialistas que participaram do Focus mostraram um pouco mais de otimismo. De 0,30%, nas últimas semanas, as projeções subiram para 0,42%. E foram mantidas em 1,50% e em 2,00% para 2023 e 2024, respectivamente.
O movimento ocorreu após o IBGE divulgar que o País cresceu 4,6% em 2021, totalizando R$ 8,7 trilhões, e avançou 0,5% - ante 0,1% esperado pelo mercado - no quarto trimestre do ano passado.
Câmbio: dólar em retração
Em relação ao dólar, as estimativas seguiram um movimento de retração já apontado no documento anterior. As apostas para a moeda americana para este ano caíram de R$ 5,50 para R$ 5,40. Já para 2023, recuaram marginalmente de R$ 5,31 para R$ 5,30 e ficaram estacionadas em R$ 5,30 para 2024.
Inflação do aluguel segue IPCA
Considerada a inflação que mede o aluguel, o IGP-M seguiu a trajetória de alta nas expectativas para 2022, segundo o Focus. De 8,54% subiram para 8,66%. Para o ano seguinte, avançaram residualmente de 4,08% para 4,09%, e foram preservadas em 4,00% para 2024.