Economia

Banco Mundial eleva previsão de alta do PIB brasileiro de 2022

Para o ano seguinte, a entidade cortou a projeção para o indicador de 2,7% para 0,8%

Data de publicação:07/06/2022 às 12:25 - Atualizado 2 anos atrás
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O Banco Mundial revisou levemente para cima a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, a 1,5%, de acordo com o relatório "Prospectos Econômicos Globais", divulgado nesta terça-feira, 7.

Na edição de janeiro do mesmo documento, a instituição havia projetado que a maior economia da América Latina cresceria 1,4% este ano.

Banco Mundial sobe projeção para o PIB brasileiro em 2022, mas cortou drasticamente a estimativa para o indicador em 2023 - Foto: Envato

A entidade, por outro lado, cortou drasticamente a estimativa para a expansão econômica do Brasil em 2023, de 2,7% a 0,8%. Para 2024, a expectativa é por um avanço de 2%.

Segundo a análise, após um começo de ano "sólido", o País deve registrar enfraquecimento das condições, à medida que a inflação elevada pressiona a renda das famílias. A estagnação de investimentos de empresas e incertezas políticas também são citadas como responsáveis pelo cenário.

O documento ressalta que programas extraordinários para permitir o saque de fundos de seguro contra desemprego trarão alívio às famílias, mas podem impulsionar a inflação.

"Em 2023, o impulso fraco e os efeitos em curso da política monetária apertada nos investimentos e na atividade devem limitar o crescimento".

Banco Mundial, em relatório

Emergentes afetados por guerra na Ucrânia

O Banco Mundial ressaltou ainda que a guerra na Ucrânia pesa sobre a atividade em grande parte dos países emergentes.

A instituição diminuiu a previsão para crescimento dessas economias em 2022, de 4,6% a 3,4%, e em 2023, de 4,4% a 4,2%. Projeta ainda que o avanço em 2024 será de 4,4%.

China

Para a China, a entidade reduziu a projeção para crescimento este ano em 0,8 porcentual, a 4,3%, e em de 2023, de 5,3% a 5,2%, com leve desaceleração esperada para 2024, a 5,1%. O país asiático enfrenta desaceleração induzida por surtos de covid-19, que levam à imposição de restrições em várias cidades.

Segundo o Banco, as medidas de política fiscal e monetário do governo devem promover apoio maior que o esperado anteriormente.

"Repetidos surtos de covid-19 e rigorosos lockdowns nas principais cidades reduziriam a recuperação da atividade de consumo e serviços, prejudicaria as cadeias de suprimento e pesaria sobre a confiança de investidores", ressalta o documento, acrescentando que o mercado imobiliário residencial chinês segue em "estresse financeiro". / com Agência Estado

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