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Economia

Ativa Investimentos: inflação de agosto pode ficar em 0,65% e o acumulado para 2021 deve chegar a 7,5%

Custos com energia elétrica são os principais responsáveis pela revisão do índice pela casa da análise

Data de publicação:25/08/2021 às 16:32 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Ativa Investimentos ajustou sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) cheio do mês de agosto após a prévia da inflação do mês – IPCA-15 – acima das expectativas e divulgada nesta quarta-feira, 25, pelo IBGE.

Os analistas da casa elevaram marginalmente a projeção de inflação fechada para este mês de 0,63% para 0,65%.

Foto: envato
Custos com energia elétrica levaram a Ativa Investimentos a ajustar as projeções do IPCA cheio do mês de agosto - Foto: Envato

Segundo IBGE, o IPCA-15 sofreu variação positiva de 0,89% em agosto, contra 0,72% em julho. O índice veio acima do esperado pelos analistas, que apostavam em uma mediana de 0,83%.

Essa foi a maior variação para um mês de agosto desde 2002, quando o índice bateu os 1,00%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,81% e de 9,30% em 12 meses. Em agosto do ano passado, o índice foi positivo em 0,23%.

Energia elétrica

De acordo com a Ativa, a revisão da inflação completa do mês de agosto foi impulsionada, principalmente, pela possibilidade de um novo reajuste da bandeira tarifária de energia elétrica.

“A Aneel deve corrigir o patamar mais alto do sistema vermelho 2, vigente atualmente, de R$ 9,49 MWh (Megawatt/hora), para, no mínimo, R$ 15/100 MWh”, aponta a casa.

Com esse avanço do preço da energia elétrica, que pressiona fortemente a inflação, a Ativa também ajustou sua projeção anual para o índice em 2021. Segundo relatório, os analistas da casa passaram a apostar em uma inflação de 7,5%, ante 7,0%.

No próximo ano

Para 2022, a Ativa ressalta que as projeções devem sofrer um alívio por conta da normalização climática, “o que deixaria a bandeira tarifária em patamar inferior ao atual”.

“De todo modo, como a inflação do ano que vem ainda é horizonte relevante de política monetária, a autoridade terá a possibilidade de uma condução menos austera do juro em decorrência da convergência das expectativas de 2022 para algo próximo da meta de 3,5%, avaliam os especialistas.

Com esse cenário, a casa mantém sua projeção para o IPCA do próximo ano em 3,5%. Já em relação à Selic, taxa básica de juros do País, a perspectiva para 2022 foi ajustada para 8,5% - a estimativa anterior era para 9,5%.

“A Selic deverá permanecer estável em 8,5% ao longo de todo 2022, convergindo para 6,5% apenas em 2023”, enfatizou a casa.

Sobre o autor
Julia Zillig
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