Após tombo do petróleo, ações da Petrobras sobem 1,33% na B3
Papéis da empresa acompanham o movimento da commodity
Após iniciar o pregão desta terça-feira, 20, em leve queda, a Petrobras virou o sinal e passou a operar em alta. No fechamento a alta foi superior a 1%. Os papeis (PTR4) ficaram cotados R$ 26,59.
No início desta semana, o petróleo brent, referência para a política de preço da estatal, desvalorizou mais de 6%, como reflexo das incertezas sobre um possível descompasso entre oferta e demanda após a Opep+ anunciar um acordo para o aumento da produção da commodity.
Nesta terça-feira, o petróleo chegou a cair mais de 1,5%, mas acabou zerando as perdas e passou a subir. Às 15h14, o preço do barril do petróleo brent subia 0,70% e estava cotado a US$ 69,12.
Preço mais estável
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) estabeleceu um acordo para aumentar a produção de petróleo em 400 mil barris por dia (bpd) a cada mês, a partir de agosto, até chegar a 2 milhões de bpd no fim do ano.
A notícia pegou em cheio as petroleiras, incluindo a estatal brasileira, por conta do descompasso entre oferta e demanda, que preocupa por conta do avanço da variante Delta do coronavírus pelo mundo. Esse movimento coloca em dúvida a recuperação econômica global.
Na análise da Capital Economics, o acordo firmado pelos membros da Opep+ deve ajudar a estabilizar o preço do Brent entre US$ 70 e US$ 75 nos próximos seis meses.
Para 2022, porém, a consultoria britânica prevê uma queda para o intervalo de US$ 60 a US$ 70, à medida que a oferta global aumenta.
A visão é corroborada pelo JPMorgan, que acredita que o tratado pode trazer mais "disciplina" no fornecimento do petróleo no próximo ano e elevar as previsões do banco sobre os preços. Para o final de 2022, o preço-alvo estipulado pelo JPMorgan é de US$ 62 por barril no Brent.
Na contramão, porém, o Julius Baer avalia que o acordo não irá restaurar o equilíbrio no curto prazo, uma vez que a demanda voltou aos níveis pré-pandemia e continua a superar a oferta da commodity. / Agência Estado