Apesar do valor baixo da ação, ingerência em BB não vale o risco do investimento, diz Genial

O anúncio da renúncia de dois vice-presidentes do Banco do Brasil, na última terça-feira, refletiu diretamente nos papeis da empresa e colocou os investidores de olho nas ações. Segundo o estrategista da Genial Investimentos, Filipe Villegas,  apesar do valor baixo da ação, a ingerência do governo no Banco do Brasil não vale o risco do investimento.

“O valulation do BB ficou mais barato (0,61 x P/VP para 2021), após a troca do presidente do banco pelo presidente Bolsonaro. Entretanto, acreditamos que o preço baixo não compense os riscos de novas ingerências e mudanças na estratégia de ganho na companhia”, afirma Villegas.

O valuation é um processo que analisa o valor de um ativo, determinando o seu preço justo e o seu retorno potencial.

Nesta quarta-feira, 14, os papeis do banco (BBAS3) seguem com leve valorização. Às 12h06, as ações da companhia registravam elevação de 0,44%, com a ação comercializada a R$ 29,69.

O que aconteceu no BB?

Na ocasião, Carlos André pediu desligamento do cargo de vice-presidente da área de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, por motivo de aposentadoria.

Já Mauro Ribeiro Neto renunciou ao cargo de vice-presidente Corporativo, por motivos pessoais.

As saídas ocorrem logo após a renúncia do diretor comercial de varejo, Julio Cesar Rodrigues, e da posse de Fausto Ribeiro, novo presidente do banco.

Em fato relevante, a empresa informou a indicação de José Ricardo Fagonde Forni, atualmente diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio, e Ênio Mathias Ferreira, atual diretor de Governo, para os cargos de vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores e de vice-presidente Corporativo

O banco acrescentou ainda que as indicações iniciam o processo de aprovação, nas instâncias competentes, de governança do BB, com vistas à eleição pelo conselho de administração. / com Agência Estado